pastinha de edamame

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Encontrei um pacotão de edamames no congelador. Às vezes eu esqueço coisas lá dentro. Não sei como esqueci esse, pois eu adoro as edamames – a soja verde – e as devoro animalisticamente às colheradas, depois de fervê-las na água e sal, ou mesmo só na água. Desta vez tive uma idéia, baseada no pequeno trecho de um programa de culinária que vi na tevê, onde a chef Annie Somerville do restaurante vegetariano Greens em San Francisco preparava uma pastinha de favas verdes. Resolvi me inspirar nessa receita e usar as edamames no lugar das favas verdes.
Coloquei as edamames já cozidas só na água no food processor. Adicionei bastante tomilho – de três variedades diferentes, casca ralada e sumo de um limão meyer pequeno, sal marinho grosso e azeite. Triturei tudo até formar uma pasta. Comi com crackers, mas acredito que essa pasta fique boa como base de sanduíche, ou como acompanhamento para legumes crudités. O céu é o limite para essa delícia verde!

Pão de banana com coco

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Assim que eu vi essa receita, apressei o passo e sem delongas me pus a fazê-la. Imagina só que a Molly, dona do blog, está testando receitas para o seu livro de culinária – pressinto que na minha próxima encadernação chegarei lá também, escreverei um livro com minhas próprias receitas, testadas e aprovadas. Bom, essa é outra história. O negócio é que esse pão de banana é o que há! Fica pesado, mas com um sabor cremoso – não dá pra explicar – faça o seu, coma e me diga se o sabor não é mesmo cremoso.

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3 bananas bem maduras
2 xícaras de farinha de trigo
¾ colher de chá de fermento em pó
½ colher de chá de noz moscada ralada na hora
Uma pitada de sal
1 tablete de manteiga sem sal na temperatura ambiente
1 xícara de açúcar
1/8 colher de chá de vinagre
1 ½ colher de sopa de rum escuro
½ xícara de coco seco ralado
1 colher de sopa de açúcar demerara ou mascavo

Pré-aqueça o forno em 350ºF/180ºC.
Unte uma forma de pão com manteiga.
Amasse as três bananas com o garfo até formar um purê.
Numa vasilha separada misture a farinha, fermento, noz moscada e sal.
Na batedeira bata o açúcar com a manteiga até formar um creme. Adicione o rum e o vinagre. Adicione o purê de banana e a mistura de farinha alternadamente e batendo sempre. Ajude com uma espátula, pois a massa fica grossa. Misture o coco ralado e mexa bem com a espátula. Coloque a massa na forma e espalhe o açúcar demerara por cima. Asse por 50-60 minutos. O açúcar vai dar uma casquinha crocante ao pão e a mistura de coco e banana é simplesmente perfeita. Tire do forno e deixe esfriar bem antes de cortar e servir.

salada de inverno

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Essa é uma salada de inverno porque foi feita e consumida no inverno, mas se for feita e consumida no verão, pode ser chamada de salada de verão – isso é que é um prato versátil!
A verdade é que no inverno eu consumo muito menos salada, pois meu corpo pede, implora, suplica por uma comida substanciosa, encorpada e quente. Parece mentira, mas qualquer coisa quente – uma fatia de pizza, um bife com batatas, uma sopa cremosa, um pratinho de macarrão – qualquer coisa, desde que seja quente, faz milagres quando se está tiritando de frioooooooo….
Essa salada não é quente, mas é bem substanciosa, apesar de ser de folhas. Pra acompanhar e encorpar o verdinho da rúcula, cubinhos de double cream brie, nozes carameladas e figos cozidos no vinagre balsâmico. O tempero é um básico limão, laranja, vinagre de vinho branco, sal, pimenta e muito azeite.

earl grey pots de créme

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Ainda estou com a idéia do Caramel Pots de Créme na cabeça, mas folheando uma Martha Stewart Living de Maio de 2003, me deparei com essa receita fantástica dos Potes de Creme de Earl Grey. Esses potes são umas fofuras, geralmente parecendo uma mini-panela com tampinha. Na falta dos originais, fiz numa xícara de chá, mas pode ser feito em potinhos comuns de sobremesa, desde que possam ir ao forno. Gostei dessa receita também porque ela só faz quatro potinhos, o que é uma quantidade mais que suficiente para duas pessoas. Aqui em casa as sobremesas sempre sobram.

Earl Grey Pots de Créme
1 xícara de creme de leite fresco – heavy cream
1 xícara de leite integral
2 colheres de sopa de folhas de chá Earl Grey
4 gemas de ovos
1/2 xícara de açúcar
1/2 colher de chá de raspas de limão bem fininhas
1/8 de colher de chá de sal

Numa panela pequena misture o creme de leite, o leite e as folhas de chá. Leve ao fogo médio e deixe ferver. Apague o fogo, tampe e deixe descansar por no mínimo 30 minutos.

Pré-aqueça o forno em 325°F/165ºC.

Numa vasilha média bata bem as gemas com o açúcar, as raspas do limão e o sal. Aqueça novamente a mistura do chá e coe numa peneira bem fininha por cima da mistura de ovos. Bata bem, até ficar uma mistura bem cremosa.

Arrume os potinhos ou xícaras num refratário fundo. Coloque água fervendo até atingir metade dos potinhos. Distribua o creme igualmente nos quatro potinhos. Cubra com papel alumínio bem fechado. Faça dois furos no papel, para o vapor escapar. Asse nesse banho-maria por 30 minutos/

Remova o refratário do forno coloque os potinhos numa grade para esfriar. Deixe gelar bem e sirva.

*nota: o Earl Grey tem uma história peculiar na minha família. durante toda a sua adolescência, o Gabriel bebia esse chá com a maior abundância e pose por causa de um de seus ídolos, o Capitão Jean-Luc Picard. meu filho era [ainda é? não sei!] um trekkie.

salmão assado no papel

Fazia muito tempo que eu não preparava um peixe assado no papel. Fica ótimo, muito saboroso porque retém todos os liquidos e sabores, e é saudável. Hoje, dia perfeito para um prato desses, porque são três da tarde e eu já estou na frente da tevê, vendo as chatonildas da Joan e Melissa Rivers no Red Carpet em Los Angeles.

Da revista Martha Stewart Living de janeiro de 2005:
Salmon, spinach, and potatoes baked in parchment
1 colher de sopa de manteiga amolecida
1 colher de sopa de alcaparras escorridas, lavadas e picadas
1 colher de sopa de salsinha picada
1 dente de alho picado
1 batata grande ralada em fatias bem finas – eu usei 4 pequenas
Sal grosso e pimenta do reino moída a gosto
2 shallots em fatias finas – eu usei uma cipollini pequena, mas qualquer cebola vale
1 xícara de espinafre – a receita pede baby, mas eu não tinha, então usei cress
2 filés de salmão – usei o selvagem
1 limão amarelo cortado em fatias

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Pré-aqueça o forno em 400ºF/205ºC. Corte duas folhas de papel para assar – parchment paper – 40X50 cm.

Misture bem a manteiga, alcaparras, salsinha e alho. Reserve. Rale as batatas. Dobre o papel no meio e coloque metade das batatas forrando o meio de um dos lados. Tempere com sal e pimenta. Salpique com parte da cebola picada. Forre com metade do espinafre [ou outra folha verde], coloque o filé por cima e salpique com mais cebola picada. Cubra com algumas fatias de limao e coloque metade da mistura de manteiga sobre o limão. Feche o papel como se fosse um pastelzão. Vá dobrando o papel formando uma lua, tentando deixar o mais lacrado possível. Faça o mesmo procedimento na outra folha de papel com o outro filé. Asse por uns 20 minutos, ponha os pacotes nos pratos e abra cuidadosamente com uma faca ou tesoura, pois pode sair um vapor quente.

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Esse peixe fica delicioso, com uma caminha de batata perfeita, mais todos os outros temperos que misturam-se ao salmão de maneira super delicada. E o melhor de tudo é que não suja absolutamente NADA!

comprar, papear e coçar, é só começar

Parando pra pensar, é incrivel constatar que eu passei o dia de sábado fazendo coisas relativas à comida. Pela manhã fui ao Kim’s Market, que é a loja que simboliza a nossa Chinatown. São apenas três corredores abarrotados de ingredientes orientais. Comprei umas cumbuquinhas pra missô soup, que procurei na Chinatown de San Francisco e não achei. Dali fui para o Farmers Market, de onde achei que não sairia nunca mais, de tantos amigos que encontrei por lá. Com a minha cestinha em punho, fiquei horas caminhando e conversando e até que consegui comprar pão, tangerinas, morangos. À tarde fiz outra maratona, num outro mercado internacional, mais o supermercado normal. Fui comprar mais ervinhas para a horta também. Em todos os lugares em que estive, encontrei amigos ou gente conhecida e parei pra conversar! Davis é um small town mesmo.
No intervalo entre entre as saídas e papos, fiz um macarrão integral com abóbora assada, rúcula, tomate seco e azeitona preta pro almoço. E pizza calabresa pro jantar. Derrubei um tupperware cheio de sopa de cebola na geladeira, que se espatifou e melecou geladeira e chão da cozinha numa sujeirada simplesmente atroz! Felizmente alguém limpou pra mim, num ato de incrível delicadeza e bondade.
Hoje, domingo, não vou sair de casa e tudo vai ser muito simples, pois às três da tarde vou subir para a sala de tevê carregando o meu laptop para poder conversar com o Moa e comentar os micro-detalhes de tudo. Hoje é aquela noite que todos já sabem: não posso ser perturbada, pois vou estar entretida assistindo ao Oscar!