※ each kiss an inspiration ※

em maio em maio
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em maio em maio

na primavera temos

artichokes
alcachofras
delta-asparagus
aspargos [Delta]
fresh-garlic
alho fresco
ovos-caipiras
ovos caipiras
strawberries
morangos

[ new this week ]

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at the Woodland farmers market

foraged citrus

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Não sei se há uma palavra apropriada no português para o ato de fazer forage—que é basicamente buscar por alimentos pelos arredores onde vivemos. Isso é uma coisa que existe desde os primórdios da humanidade, como sempre tinha alguém para pegar frutos daquela árvore na beira da estrada ou colher cogumelos e frutas silvestres na floresta. Felizmente essa prática vem se espandindo e se popularizando, tanto que começou a ser adotada também para as áreas urbanas. Em muitas cidades já existem redes de pessoas que praticam o foraging e que se conectam para trocar produtos, listar os melhores lugares, as áreas com plantas comestíveis e árvores frutíferas. Eu tive o privilégio de conheçer dois famosos urban foragers—a brasileira Neide Rigo que pega plantas e frutas pelas ruas de São Paulo; e o americano Hank Shaw que colhe todo o tipo de ingrediente comestível na nossa prolífica região do norte da Califórnia. Eles são pra mim o melhor exemplo de como podemos tirar proveito da abundância de produtos que proliferam espontaneamente ao nosso redor. Eu infelizmente ainda não pratico o foraging com muito afinco, apesar de viver num ambiente mais do que propício. Mas quando algo simplesmente aparece na minha frente, eu não perco a oportunidade e depois guardo a informação para repetir a dose. Como por exemplo, os limoeiros de ninguém que ficam na minha ex-vizinhança e onde todo inverno desde sei lá quando eu colho os deliciosos limões rosa. E no campus da universidade já marquei as árvores de kinkãs que neste momento estão carregadas de frutinhas. No ano passado fiz geléia com elas. Neste ano ainda nem sei o que vou fazer com elas, mas já fui colher uma sacola cheia.

∴ pumpkin galore ∴

so manyso many
so manyso many
so manyso many
so manyso many

Elas estão onipresentes nesta época do ano. E vez e outra uma vira sopa, como essa da foto, que eu fiz batendo no liquidificador pedacinhos de abóbora já assados com caldo de cogumelo e temperando com azeite, sal, pimenta do reino moída na hora, ciboulettes e um pouco de half and half [1/2 creme de leite fresco—1/2 leite integral].

[new potatoes]

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Ao vencedor, as batatas!

Desde que elas sejam novas. Porque nada se compara à essas pequenas batatas colhidas ainda imaturas durante a primavera e o verão. Elas ficam ótimas apenas cozidas em água e depois temperadas ao gosto do freguês. Quanto menores, melhor. E não precisa descascar, porque a casca é praticamente uma película. Essas que comprei no dia seguinte de terem sido colhidas, cozinhei em bastante água e depois temperei com azeite, sal marinho, pimenta do reino moída na hora e um punhado de folhinhas de alecrim fresco. Embrulhei tudo num papel alumínio bem grosso [heavy duty] e levei à churrasqueira só para dar uma dourada.

açúcar de tâmara

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A Califórnia tem uma safra bem grande e variada de tâmaras. Elas aparecem no mercado no inicio do outono e são simplesmente deliciosas. Fresquinhas, elas são puro mel. Sendo assim tão doces, é muito natural que elas pudessem se transformar em algum tipo de adoçante. Tenho visto muitos tipos de açúcares diferentes, além dos usual suspects feitos de cana e de beterraba. No meu Co-op tem açúcar de palmeira de coco, de maple e de tâmara pra vender. Mas foi no Farmers Market que comprei esse açúcar de tâmara artesanal, na mesma banca da moça que aparece somente durante um período do ano, vendendo também as frutas frescas. Esse açúcar é feito da tâmara desidratada e depois picada. Ele não dissolve como um açúcar normal, mas é bem doce e dá pra usar em receitas de bolos e tortas e para polvilhar sobre saladas de frutas, iogurtes, misturado com a granola e o que mais a imaginação mandar.

the italian pantry I

Ingredientes fundamentais na cozinha italiana
segundo Marcella Hazan

Aliche/Anchovas/Anchovies
acciughe
Esse peixinho é um ingrediente básico em muitas receitas, geralmente escondida no meio de outros ingredientes, usados apenas para realçar o sabor. E como realça! As melhores anchovas são as grandonas, compradas inteiras, que você remove as espinhas, dessalga e põe de molho no azeite. Segundo Marcella, as em lata são aceitáveis, mas você deve escolher as de melhor qualidade. Quanto mais barato, maior será a quantidade de sal adicionada ao peixe e menor será o sabor. Então vale a pena investir num produto de qualidade, um pouco mais caro, mas que vai dar melhor resultado.

Vinagre Balsâmico/Balsamic
aceto balsâmico
Outro item que Marcella enfatiza que o mais caro é o melhor. Na década de 80 houve uma popularização desse tempero e o que se encontra hoje por aí à preços ridiculamente baratos é apenas um vinagre comum adicionado de açúcar mascavo para dar cor e sabor. Mas não tem nada a ver com o verdadeiro aceto balsâmico, que é um néctar que ficou envelhecendo por muitos anos e deve ser usado em gotas, apenas para realçar o sabor de alguns pratos.

Basilicão/Basil
basilico
Usar SEMPRE as folhas frescas, em temperatura ambiente. NUNCA as folhas secas ou em pó. O basilicão fresco tem um sabor especial, que o cozimento destrói. Acrescentar as folhas picadas com as mãos no último minuto ou imediatamente antes de servir. Se já não encontrar basilicão fresco, espere até a próxima temporada.

Louro/Bay
alloro
Um dos temperos mais versáteis da culinária italiana. Dá um sabor especial à pratos salgados e doces. Use sempre a folha inteira, quebrada com as mãos. Nunca use louro em pó.

Feijão/Beans
fagioli
Se não houver os feijões frescos, use os secos. Proceda deixando de molho e cozinhando lentamente, sem acrescentar sal.
* dicas para cozinhar feijão.

Farinha de pão/Breadcrumbs
pangrattato
Sempre feito em casa, sem temperos. Usar pão amanhecido, moer bem fininho e depois secar por alguns minutos no forno médio ou numa frigideira de ferro, no fogo.

Caldo/Broth
brodo
Fazer um caldo leve com legumes, carne e os ossos para dar substância. Não use carne de porco nem de carneiro. Use caldo feito com miúdos e ossos de frango com parcimônia, pois seu sabor interfere muito no resultado final do prato. O caldo italiano não é reduzido e pesado, como o francês, pois é apenas aromatizado com os legumes e a carne.




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