com Maria e Franco, em Milão
Milão foi somente a nossa porta de entrada na Itália. Não planejamos ficar por lá, pois estávamos numa missão especial, que nos levaria à Veneza, Treviso e finalmente à San Zenone degli Ezzelini, a cidade de origem da família do meu marido. Mas o pouco tempo que tivemos em Milão foi precioso. Fomos recebidos pela Maria e Franco, que nos pegaram no aeroporto, nos levaram até o hotel e a Maria nos guiou num rolê à pé pelo centro da cidade. A Maria me deu tantas dicas—algumas nos salvaram de entrar no conto do turista. Nos ajudou a comprar as passagens de trem para Veneza, nos informou de todos os micro-detalhes de muita coisa que não tínhamos a menor idéia. Também fomos recepcionados com um jantar que foi sem dúvida o ponto alto da nossa visita à Itália. Não só pela comida deliciosa preparada pela Maria, mas também pelo papo super divertido que tivempos durante o jantar!
A Maria é leitora do Chucrute de muito tempo—mais tempo do que eu imaginava. Quando eu respondi a um comentário dela, ela fez uma coisa muito legal, que nem todo mundo pensa em fazer: ela se apresentou pra mim. Contou um pouco dela, da sua história, onde vivia, e tals. Eu me identifiquei com muito do que ela me contou. Quando o Uriel me falou que iríamos dar um pulo na Itália, avisei a Maria, para que pudessemos nos encontrar. Mas não imaginei a recepção que ela iria nos oferecer. Foi aconchegante, foi divertido, foi delicioso!
O jantar, todo composto de iguarias italianas, foi fantástico. Tive que pedir pra Maria me mandar o menu por escrito, pois no dia não memorizei muitos detalhes.
De entrada tivemos prosciuto di parma, copa e salame di culatello, o maravilhoso parmigiano reggiano, servidos com pãezinhos fresquinhos, um enrolado com azeitonas que adoramos, e taças de prosecco.
Os pratos principais foram ravioli de berinjela com molho de pimentão vermelho, que estava divino [já pedi a receita do molho e vou reproduzir em breve!], carciofi trifolati [alcachofras preparadas com alho, salsinha e oleo oliva extra virgem], piimentões amarelos recheado com farinha de rosca, alho, salsinha, azeitonas, alici, alcaparras [muito parecido com a receita da minha tia Dirce] e uma torta de batatas e tartufo nero recheada de queijo castelmagno. Tudo isso regado com um vinho tinto maravilhoso, que o Franco deixou arejando por algumas horas. A Maria vai ter que dizer que vinho era, pois eu esqueci.
De sobremesa tivemos doces com massa de amêndoas e pistachios, tacinhas de um moscato licoroso e laranjas vermelhas da Sicilia, que foi para mim o encerramento com chave de ouro do jantar. Fiquei realmente encantada com o hábito de se servir frutas como sobremesa nos restaurantes da Espanha e Itália, coisa que aqui simplesmente não existe, apesar de termos tantas frutas frescas excepcionais. Fazemos isso em casa, porque pra mim, fruta é sobremesa.
Depois dessa comilança pantagruélica, a Maria e o Franco nos levaram de volta ao hotel, onde dormimos o sono dos anjos. Maria e Franco, nunca vou conseguir agradecer o suficiente pela gentileza, cuidado, carinho, amizade, sorrisos, hospitalidade e generosidade. Grazie mille, amici!
»o Edu Luz foi outro felizardo que recebeu a recepção da Maria em Milão, com mais tempo para aproveitar a companhia dela e a cidade.
oggi in Italia
Estamos num pinga-pinga pela Itália. Visitamos Milão [grazie mille, Maria!], Veneza e agora estamos em Treviso. Em breve voltaremos para casa, o que já está me parecendo uma ótima idéia.