aspargos grelhados
com molho de alcaparras

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Neste primavera eu realmente me empanturrei de aspargos. Esse legume tem uma temporada curta, então quando eles aparecem tem que aproveitar. Fiz algumas receitas, muitas delas déjà vus do passado. E fiz muitos deles apenas grelhados na churrasqueira. Aspargos grelhados foram a base de muitos almoços, jantares e marmitas. Essa receita do Ottolenghi publicada pelo NYT foi uma das inéditas que fiz este ano. E ficou muito gostosa.

3 maços de aspargos [usei orgânicos]
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem
Sal kosher e pimenta do reino moída na hora a gosto
1/4 xícara de alcaparras, escorridas e secas com uma folha de papel
Raspas da casca de 1 limão
2 colheres de chá de suco de limão
1 dente de alho pequeno [*omiti]
1/3 de xícara de folhas de salsinha picadinhas
1/2 xícara de queijo de cabra macio como chèvre, esmigalhado

Encha uma panela de tamanho médio com água fria e coloque em fogo alto. Quando a água ferver, adicione os espargos, e deixe cozinhar por 1 minuto. Escorra os espargos e lave imediatamente com água fria. Escorra os espargos novamente e coloque em uma tigela média, tempere com 1 colher de sopa de azeite, uma pitada de sal e pimenta do reino. Misture delicadamente e reserve. Adicione os aspargos em em uma grelha ou churrasqueira e deixe por cerca de 2 a 3 minutos, virando algumas vezes, transfira para uma travessa. Faça o molho, misturando as alcaparras com a colher de sopa restante de azeite, as raspas e o suco de limão, o alho e a salsinha. Adicione o queijo de cabra à mistura, mexa delicadamente e despeje sobre os espargos.

panzanella de primavera

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A salada italiana panzanella protagoniza muitos almoços e jantares durante a primavera e o verão aqui em casa. Essa versão primaveril não tem nada a ver com a original, mas fica realmente deliciosa [e é bem substancial]. Já fiz de tantas maneiras diferentes, essa foi mais uma. As sobras guardam muito bem e são potencial candidatas às marmitas. Nesta usei aspargos, ervilhas tortas e tomilho. Tostei cubinhos de pão amanhecido numa frigideira, com azeite, alho espremido, um pouquinho de sal e folhinhas de tomilho. As ervilhas tortas eu grelhei rapidamente na churrasqueira. Mas isso pode ser feito numa grelha ou frigideira. É jogo rápido, porque elas precisam ficar crocantes, não podem amolecer. Os aspargos eu usei cru, fatiei diagonalmente usando um mandoline. Numa saladeira fiz o molho com raspas da casca e suco de um limão [usei o Meyer], vinagre de vinho tinto, sal, pimenta do reino moída na hora e bastante azeite. Juntei os cubinhos de pão tostados, cebola roxa que também fatiei fininho no mandoline, as ervilhas levemente grelhadas e as fatias de aspargos. Misturei tudo, deixei descansar por uma meia hora e servi.

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salada de tangerina & abacate
[com molho de jalapeño]

salada de tangerina & abacate com molho de jalapeño

Repetecos estão virando rotina na minha cozinha. Acho que nunca usei tanto os arquivos deste blog como nos últimos meses. Tem muita receita boa que vale a pena ser repetida e a dessa salada cítrica é uma delas. Dei uma adaptada, excluindo alguns ingredientes e trocando a laranja pela tangerina. E desta vez a foto ficou mais bonita. Êeeeeee!!!

1/2 xícara de suco de tangerina fresco
1 pimenta jalapeño
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
Sal Kosher e pimenta do reino moída na hora
1/4 xícara de azeite de oliva extra- virgem
1 abacate descascado e cortado em fatias
4 tangerinas descascadas e cortadas em fatias
1/2 xícara de folhas de hortelã frescas

Cozinhe suco das tangerinas em uma panela pequena até o liquido reduzir a cerca de 2 colheres de sopa—uns 5 a 8 minutos. Deixe esfriar. Aqueça uma frigideira pequena em fogo médio-alto. Coloque a jalapeño, virando ocasionalmente, até que a casca fique toda carbonizada, cerca de 8 minutos [ou faça diretamente sobre a chama do gás]. Deixe esfriar, remova a pele e sementes e pique em pequenos pedacinhos.

Misture o vinagre, o suco de tangerina reduzido e o jalapeño em uma tigela média, tempere com sal e pimenta. Misture o azeite. Bata bem com um batedor de arame até ficar completamente emulsificado.

Numa travessa coloque as fatias de tangerina, as fatias de abacates, decore com as folhas de hortelã, coloque o vinagrete por cima e sirva.

salada de ervas

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Neste Thanksgiving, eu usei o guia do NYT Cooking para preparar o meu jantar. Uma das receitas listada lá que eu escolhi fazer foi a dessa salada de ervas. Apesar da manteiga, ela fica bem leve e refrescante. Fiz a receita inteira, que serve 6 pessoas, e comemos tudo, somente eu e o Uriel.

para a salada:
2 xícaras de folhas de coentro fresco
1 xícara de folhas de salsinha
1 xícara de raminhos de endro/dill fresco
1 xícara de folhas de manjericão ou hortelã [*usei hortelã]
1 xícara de folhas de rúcula ou alface [*usei alface]
para o molho:
4 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 xícara de amêndoas fatiadas
Sal e pimenta do reino moída grosseiramente
1/4 colher de chá de pimenta vermelha em flocos
3 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de sopa de azeite

Colocar todas as folhas—ervas e verdura, numa vasilha grande ou saladeira. Misture com as mãos e reserve. Derreta a manteiga em uma frigideira e adicione as amêndoas. Refogue em fogo baixo até que as amêndoas fiquem douradas e manteiga marrom. Retire as amêndoas e escorrer em papel toalha, reserve a manteiga num potinho. Na hora de servir, temperar as folhas com sal, pimenta, flocos de pimenta vermelha, as amêndoas, suco de limão, azeite e a manteiga marrom derretida. Misture delicadamente e sirva imediatamente.

salada de pepino
com picles de cebola

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Essa é uma variação sensacional e extremamente chique daquela salada com pepino comunzona com molho de buttermilk. Eu fiz com um só tipo de pepino, porque era o que eu tinha. Mas não pode ser pepino com muita semente, pra salada não ficar aguada. Fica bonita e gostosa. Eu só omiti o alho da receita original, porque às vezes não fico muito a fim de experiênciar tal sabor pungente.

para a cebola
1 xícara de vinagre de vinho tinto
1/4 xícara de açúcar
1/4 xícara de água
1/4 colher de chá de sal marinho
1 cebola vermelha cortada em fatias finas

para o molho
1/2 xícara de sour cream ou crème fraîche
1/4 xícara de buttermilk
1/4 xícara de maionese
2 colheres de sopa de suco de limão fresco
1 colher de sopa de estragão fresco picado
1 colher de sopa de cebolinha picada
1 colher de sopa de salsa picada
1 dente de alho picado [*omiti]
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora a gosto

para a salada
3 pepinos persas em fatias finas no sentido do comprimento
3 pepinos Kirby cortado em fatias finas
2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
Sementes de girassol torradas e folhas de estragão para decorar

Faça a cebola colocando o vinagre, açúcar, água e sal numa panela pequena. Leve ao fogo e deixe chegar ao ponto de fervura, mexendo para dissolver o açúcar. Retire do fogo e adicione a cebola. Deixe esfriar completamente e leve à geladeira. Faça o molho misturando todos os ingredientes numa tigela pequena. Tempere com sal e pimenta. Faça a salada misturando os pepinos com o vinagre e as 2 colheres de sopa de azeite de oliva numa tigela média. Tempere com sal e pimenta e deixe descansar por 5 minutos. Colocar o molho em tigelas rasas ou numa travessa grande e cubra com a salada de pepino. Escorra a cebola e coloque sobre a salada. Decore com as sementes de girassol, o estragão e um fio de azeite. Sirva.

salada de cogumelo & salsão

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Fiz a receita dessa salada duas vezes, a primeira vez sem as alcachofras [que decidi no último segundo usar em outra receita] e na segunda vez com um tipo de cogumelo diferente. Nas duas vezes adicionei folhas verdes, o que achei ter sido uma ótima decisão. Na primeira salada [representada na foto acima] usei cogumelos crimini e na segunda usei uns cogumelos japoneses chamados matsutakes, mas também conhecidos como pine. É uma salada com uma mistura deliciosa de sabores, para refazer muitas vezes.

1 e 1/2 colheres de sopa de suco de limão fresco
2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
6 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
3 colheres de sopa de salsinha picada grosseiramente
1 colher de chá de orégano fresco picado grosseiramente
1 dente de alho amassado
300 gr de cogumelos frescos
Sal kosher & pimenta do reino moída na hora
400 gr de coração de alcachofra cortados ao meio
4 talos de aipo cortados em fatias finas
Folhas verdes variadas
Queijo parmesão fatiado bem fino

Em uma tigela média misture o suco de limão com o vinagre. Adicione o azeite e bata até ficar um molho bem emulsificado. Adicione a salsinha, o orégano, o alho e os cogumelos, tempere com sal e pimenta e misture bem. Deixe descansar em temperatura ambiente por 15 minutos. Descarte o dente de alho. Numa travessa coloque as folhas verdes, as alcachofras e o aipo. Junte os cogumelos temperados, ajuste o sal e a pimenta, decore com lascas de queijo e sirva.

salada de vagens & ervilhas
[com amêndoas e molho de mel]

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Outra salada do livro Mr Wilkinson's Simply Dressed Salads que ficou tão boa que fiz duas vezes. Foi um grand finale para as ervilhas tortas, que agora só comerei outra vez no ano que vem. Mas a melhor coisa dessa salada é esse molho simplíssimo. As amêndoas defumadas são importantes, mas se não tiver use as comuns mesmo.

100g de vagens verdes
100g vagens amarelas
100g vagens roxas
100g de ervilhas tortas
1 punhado de salsinha picadas
1 punhado de folhas de hortelã picadas
1 chalota ou 1/4 de cebola roxa em fatias finas
90g de mel
50g de amêndoas defumadas picadas]
100ml de azeite de oliva
50ml de vinagre de xerez [sherry]

Coloque uma panela grande com água para ferver. Adicione as vagens e cozinhe por 2-3 minutos. Escorra as vagens em uma peneira e lave com água fria até esfriar. Reserve. Faça o mesmo com as ervilhas. Não deixe cozinhar muito, pois as vagens e ervilhas tem que ficar al dente. Faça o molho colocando o mel e as amêndoas numa panela pequena e aqueça levemente em fogo baixo. Retire do fogo e adicione o azeite e vinagre. Mexa bem.

Coloque as vagens e ervilhas numa saladeira, adicione as ervas e cebola ou chalota, adicione o molho. Misture bem e sirva. Se quiser adicione um pouquinho de sal, a receita não pede mas eu quis.

salada de pepino
[com gergelim & alho]

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O que pode ser mais maravilhoso do que um livro apenas com receitas de saladas? E quantas saladas diferentes Mr. Wilkinson's Well-Dressed Salads tem! Uma das primeiras que fiz foi essa, que rendeu bastante. Pepinos não são muito resistentes, então não recomendo essa salada para marmitas. Mas servida fresquinha fica uma delicia, bem crocante e aromática. Usei o pepino libanês, mas deve ficar bom com qualquer outro, desde que não tenha muitas sementes.

4 pepinos libaneses ou outro tipo de pepino pequeno
1 colher de sopa de sal
1/2 xícara de óleo vegetal
5 dentes de alho picadinho
1 colher de sopa de sementes de gergelim
1/4 de xícara de vinagre de vinho branco

Descasque e corte os pepinos em rodelas de mais ou menos 1 cm. Coloque num escorredor, tempere com o sal, misture bem e deixe escorrer por 10 minutos. Enxague os pepinos e deixe secar. Coloque o óleo e o alho numa panela e leve a fogo médio, deixando o alho cozinhar até ficar levemente dourado. Remova do fogo, adicione as sementes de gergelim e coloque tudo numa vasilha. Mexa até que a mistura tenha esfriado um pouco, então adicione o vinagre de vinho. Seque bem o pepino, coloque numa travessa ou saladeira, tempere bem com o óleo, misture para incorporar e sirva.

o maravilhoso livro das saladas

salad-book

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salada de ovo com curry

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Fiquei algum tempo com um surplus de ovos caipiras, então procurei por uma receita de salada para fazer com eles e achei essa muito interessante. O fato de que ela usa todas as claras, mas não usa todas as gemas me agradou muito, porque não gosto de gema de ovo. Achei que a mistura ficou bem leve, um pouquinho picante, simplesmente perfeita para dias quentes, acompanhada de legumes branqueados ou frios. Fiz essa salada duas vezes, vou fazer mais vezes.

4 ovos cozidos e descascados
1 colher de chá de iogurte grego integral
1/4 colher de chá de azeite de oliva extra virgem
Suco de limão a gosto
1/2 colher de chá de raspas de limão
1/2 colher de chá de pimenta sriracha ou a gosto
1/4 colher de chá de vinagre de xerez ou a gosto
1/3 colher de chá de curry em pó ou a gosto
Sal kosher a gosto

Em uma tigela misture um dos ovos inteiros com os a clara dos três ovos restantes. Reserve as gemas para um outro uso, molho de maionese, por exemplo. Pique os ovos grosseiramente com uma faca. Adicione o iogurte, o azeite de oliva, o suco de limão, as raspas de limão, o molho sriracha, o vinagre e o curry. Tempere com uma pitada de sal kosher. Sirva sobre fatias de pão ou acompanhado de legumes, como eu fiz. Na primeira foto—bacon, abobrinha crua em tiras, tomates, vagens branqueadas. Na segunda, abobrinhas cruas, vagens e cenouras branqueadas, bacon, tomates, manjericão.

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quibe de tomate

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Quando vi essa receita os tomates eram apenas uma esperança no horizonte. Esperei pacientemente até eles aparecerem no meu farmers market e então pude testar essa ideia, que me pareceu genial. Não vou dizer que fiquei decepcionada, porque ela fica uma delicia. Só que não achei que é exatamente um quibe, e sim mais parecido com um tabule. Eu usei um trigo bulgur muito grosso e tive que deixar a salada descansando de um dia para o outro, o que me deixou bem irritada. Então recomendo que se deixe o trigo de molho e depois escorra bem, como se faz normalmente para receitas de quibe e tabule.

1 e 1/2 xícaras de trigo bulgur fino [#1 grade]
5 ramos de salsinha fresca
2 raminhos de hortelã fresco
1 cebola de tamanho médio, picada grosseiramente
2 tomates orgânicos grandes e maduros [500gr]
1 e 1/2 colheres de chá de sal kosher
Pimenta do reino moída na hora a gosto
1/2 colher de chá de canela em pó
1/4 colher de chá de pimenta caiena
2 colheres de chá de hortelã seco [*omiti]
Suco de 1 limão
1/2 xícara de azeite extra-virgem

Coloque o bulgur já reidratado e bem escorrido em uma tigela média. Em um processador de alimentos pulsar a salsinha e o hortelã até que sejam finamente picado, mas não deixe virar um puré. Adicione a cebola e continue pulsando até que ela também fique finamente picada, parando para raspar as laterais da tigela. Use uma espátula de borracha para juntar a mistura de ervas-cebola na tigela com o trigo bulgur. Corte os tomates ao meio, remova as sementes e pique. Coloque os tomates no processador e pulse algumas vezes, mas não deixe ficar líquido. Coloque o tomate na tigela com o trigo e as ervas.

Amasse todos os ingredientes com as mãos, tempere com sal, pimenta do reino, canela, pimenta caiena, o suco de limão e o azeite. Deixe quibe descansando por cerca de 1 hora em temperatura ambiente, para que o trigo absorva os sucos. Prove o quibe e ajuste os temperos se precisar. Coloque o quibe numa travessa e usando a ponta de uma colher faça marcas na superfície, como se fossem escamas. Refrigere. Regue com mais azeite minutos antes de servir.

tomatesmay15.jpgtomatesmay15.jpg

salada primavera

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Nem era a minha intenção servir salada, mas quando vi o tanto de alface que tinha acumulada da cesta orgânica, decidi fazer essa versão primaveril pro almoço de páscoa. Simplesmente adicionei uma boa quantidade de ervilhas tortas cozidas levemente no vapor [não deixe ficar muito mole] e outro tanto de favas que eu já tinha cozido e descascado [ufa, é um baita trabalho!]. Preparei um vinagrete com a casca ralada e o suco de um limão meyer, bastante azeite, sal maldon, pimenta do reino moída na hora, um fiozinho de mel, bater bem com um batedor de arame, temperar a salada e servir. Foi devorada!

molho para salada
com limões inteiros & aliche

molho de limão e aliche

Estava procurando por um molho de salada caesar quando encontrei essa receita e parei tudo! Achei a maravilha das maravilhas usar o limão inteiro e não só o suco e as raspinhas. Fiz e usei para temperar uma salada simplésima de acelga cortada bem fininha e salsinha picadinha. Ficou uma delicia. Quero refazer com outras folhas verdes ou outra mistura de verdura e legumes. Remover as membranas do limão é um trabalhinho extra, mas como vale a pena. Esse molho fica simplesmente sensacional!

2 limões [*usei o Meyer]
4 filés de aliche embalados em óleo, escorridos e bem picadinhos
1/2 xícara de azeite de oliva
1/4 colher de chá de pimenta vermelha em flocos
Sal Kosher a gosto

Remover toda a casca e parte branca dos limões [eu ralei a casca antes, para aproveitar as raspinhas]. Corte os limões em gomos e remova toda a membrana, deixando somente a polpa. Numa tigela misture a polpa dos limões com os filés de aliche picadinhos, o azeite e a pimenta vermelha. Tempere com sal a gosto e sirva.

saladas com jerusalem artichoke

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Em novembro do ano passado, quase perto do Thanksgiving, uma amiga do meu chefe apareceu no trabalho com um balde cheio de terra. Do balde ela foi removendo raízes e colocando em sacos plásticos junto com um outro tanto de terra. E foi explicando que as raízes eram do quintal dela e deviam ficar na terra pra evitar que ficassem verdes, enquanto estivessem fora da geladeira. Eu ganhei um saco, mas como a distribuição não teve muita popularidade entre os outros colegas, eu acabei levando mais um sacão extra delas pra casa. Foi assim que eu acabei com um estoque enorme de jerusalem artichoke [ou sunchokes ou tupinambos] que me rendeu algumas deliciosas receitas. Primeiro fiz eles assados, usados nessa salada e o restante numa sopa simples. Na terceira receita, usei as raízes cruas e fiz uma salada enorme, que levei numa festa. Infelizmente não fotografei a saladona, que ficou linda e deliciosa. Mas vou colocar a receita aqui, para ficar registrado, caso alguém precise de ideias.

salada de jerusalem artichoke com beterraba assada e molho de laranja
4 beterrabas pequenas
8 jerusalem artichokes
Rúcula ou outro tipo de folha verde
1 cebola roxa pequena
Queijo de cabra em pedaços [*opcional—eu esqueci]
1 laranja
Vinagre de vinho branco
Folhas de louro
Azeite de oliva
Alho espremido
Sal Kosher a gosto
Mel a gosto
Pimenta do reino moída na hora a gosto

Pré-aqueça o forno a 400°F/ 205ºC. Embrulhe as beterrabas em papel alumínio, coloque sobre uma assadeira e leve ao forno por uns 40 minutos ou até que elas estejam macias. Remover do formo, deixar esfriar, remover a casca esfregando com os dedos e cortar em quatro.

Lave bem os jerusalem artichokes para remover toda a terra. Corte em pedaços, tempere com azeite, sal, pimenta do reino moída na hora, alho espremido, um pouco de vinagre de vinho branco e folhas de louro. Coloque numa assadeira e leve ao forno por 15 a 20 minutos, até os pedaços ficarem macios por dentro e dourado por fora. Remover do forno e reservar. Lave e seque as folhas verdes da sua preferência. Corte a cebola roxa em fatias finas

Faça o vinagrete misturando o suco e as raspas de uma laranja, 2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco, 2 colheres de sopa de azeite, e mel, sal e pimenta do reino moída na hora a gosto.

Coloque as folhas verdes sobre uma travessa, por cima as beterrabas, os jerusalem artichokes, a cebola roxa, o queijo de cabra em pedaços, tempere com o vinagrete e sirva.

salada crua de jerusalem artichoke com nozes e laranja
1/2 quilo de jerusalem artichokes
2 colheres de sopa azeite extra virgem
1/3 xícara de salsinha picada grosseiramente
1/4 xícara de nozes torradas e picadas
2 colheres de sopa de raspas da casca de laranja
1/3 de xícara de queijo feta
Sal marinho ou Kosher a gosto
Pimenta do reino moída a gosto

Corte os jerusalem artichokes em fatias finíssimas usando um mandoline. Coloque as fatias numa travessa grande e tempere com azeite. Coloque por cima a salsinha, as nozes, as raspas de laranja e o queijo feta. Tempere com sal e pimenta e sirva.

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salada de couve flor assada
[com uva & queijo cheddar]

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Esse foi outro prato que fiz para a ceia de Natal. Saiu do livro Plenty More do Yotam Ottolenghi e foi um dos que fez mais sucesso com a nossa convidada de honra, minha mãe. Essa mistura de ingredientes é realmente muito auspiciosa e a salada ficou deliciosa. E ela sobrevive muito bem de um dia para o outro guardada na geladeira.

1 couve-flor grande, os floretes separados
90ml de azeite
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
2 colheres de sopa de vinagre de xerez
1 colher de chá de mostarda de Dijon
1/2 colher de chá de mel
30g de uvas passas
40g de avelãs torradas e grosseiramente picadas
100g de uvas vermelhas cortadas ao meio
80g de queijo cheddar cremoso quebrado em pedaços
20g de salsinha picada

Aqueça o forno a 400ºF/ 205ºC. Misture os floretes da couve-flor com metade do azeite, sal e pimenta do reino moída. Espalhe em um a assadeira, leve ao forno e asse por 20 a 25 minutos, mexendo uma ou duas vezes até dourar. Remover do forno e deixar esfriar.

Em uma tigela misture o azeite restante com o vinagre, mostarda, mel e um quarto-colher de chá de sal. Adicione as passas e deixe de molho pelo menos 10 minutos. Pouco antes de servir transfira a couve-flor para uma saladeira ou travessa e adicione os outros ingredientes. Regue com o molho, misture delicadamente e sirva.

salada morna de couve lacinato

warm kale salad

Essa foi a primeira receita que fiz usando o novo livro do Mark Bittman—How To Cook Everything Fast. Acho que essa não é uma receita inédita, mas foi novidade pra mim. Gostei tanto que refiz com outras folhas. Nessa usei a couve toscana, também chamada de couve lacinato ou cavolo nero. Refiz usando as folhas da beterraba e também ficou muito bom. Como não tina os pinoles da receita original, substituí por nozes. Achei que foi uma boa ideia.

Um maço de couve lacinato [ou outra folha verde escura]
1/4 de xícara de currants
1/4 de xícara de vinagre balsâmico
1 colher de sopa de azeite de oliva
2 dentes de alho espremido
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
1/3 xícara de pinoles ou nozes
Raspas de queijo parmesão

Coloque as currants de molho no vinagre balsâmico. Reserve. Numa panela coloque o azeite, deixe esquentar e jogue as folhas da couve picadinhas. Refogue por uns minutos até que elas fiquem murchas. Jogue o alho espremido e as nozes ou pinoles e refogue por mais uns minutinhos. Tempere com sal e pimenta a gosto, remova da panela, coloque num prato ou travessa e regue com o vinagre balsâmico e as currants. Decore com raspas de queijo parmesão e sirva.

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salada de tomate & romã

tomate-roma.jpg

Lá vou eu toda contentona mergulhar numa nova aventura culinária com a chegada auspiciosa do novo livro do Yotam Ottolenghi—Plenty More. Eu fiz a pré-encomenda antes do livro ser lançado aqui nos EUA e esperei pacientemente por meses. No dia 15 de outubro ele chegou, juntamente com o autor que está numa turnê pelo país. Essa é mais uma empreitada vegetariana, uma sequência do livro Plenty lançado em 2011. Depois do furacão que foi Jerusalem, eu realmente não esperava que o Plenty More fosse trazer tantas surpresas boas. Fiquei novamente encantada. Ottolenghi é um mestre nas misturas inusitadas de ingredientes e sabores. Quando que eu imaginaria misturar tomates com romãs? Acho que nunca. No final de outubro ainda estava recebendo alguns tomates na cesta orgânica e as romãs já estão abundantes. Simplifiquei a salada usando apenas um tipo de tomate, por razões óbvias. Essa salada é perfeita para o finalzinho do verão, quando ainda podemos ostentar tomates em variedades. Eu preparei a receita um pouco tarde, mas mesmo assim achei que valeu a pena.

400gr de tomates maduros [variados, se tiver]
1 pimentão vermelho cortado em cubos
1 cebola roxa pequena picadinha
2 dentes de alho esmagados [*omiti]
1/2 colher de chá de pimenta da Jamaica
2 colheres de chá de vinagre de vinho branco
1 e 1/2 colher de sopa de melaço de romã
60 ml de azeite
Sementes removidas de 1 romã
1 colher de sopa de folhas pequenas de orégano fresco para decorar
Sal e pimenta do reino moída na hora

Numa tigela grande, misture o tomate, pimentão e cebola e reserve. Numa tigela pequena misture o alho, a pimenta da Jamaica, o vinagre, o melaço de romã, o azeite e 1/3 colher de chá de sal e mexa bem até ficar bem combinado. Despeje esse molho sobre os tomates e misture suavemente. Coloque tudo numa travessa. Adicione as sementes de romã e as folhas de orégano, tempere com pimenta do reino moída na hora e regue com um fiozinho de azeite. Sirva em seguida.

plantymore.jpgplantymore.jpg

salada de abóbora assada
e mussarela fresca

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Refiz essa salada no sábado passado pela terceira vez e então me toquei que nunca tinha colocado ela aqui. Talvez porque a foto não tenha ficado bonita. Mas deixa eu dizer que essa salada fica BOA PRA BURRO! Quando começam a chegar as abóboras eu dou pulos de alegria pelas butternut squash, mas a delicata squash nunca tinha me entusiasmado muito. Até eu achar essa receita no blog da Heidi. Fiz com rúcula e com alface e as duas versões ficam gostosa. O importante mesmo é a abóbora. E não omitam a pimenta vermelha. Desconsiderem a foto insípida, confiem na minha palavra, sigam nessa direção e deleitem-se—bon appétit!

2 abóboras [delicata squash] médias
3 colheres de sopa de azeite de oliva extra- virgem
2 dentes de alho médios descascados e esmagados
2 pimentas secas [*eu usei vermelha em floco]
2 ramos de tomilho fresco
Sal marinho a gosto
Uma bola de mussarela de búfala
4 xícaras de rúcula [ou outra folha verde]

Pré-aqueça o forno a 400ºF/205ºC com a grade no centro. Corte a abóbora ao meio e depois em fatias crescentes. Não é necessário descascar, mas a delicata tem uma casca fina. Numa tigela misture as fatias de abóbora com o azeite, o alho, a pimenta seca esmigalhada, o tomilho e o sal. Arrume em uma assadeira em uma única camada. Asse por 20 a 30 minutos. Mexa a abóbora uma vez para dourar dos dois lados. Remova a assadeira do forno e deixe esfriar por alguns minutos.

Na hora de servir misture a rúcula com a abóbora assada e um pouco de azeite. Rasgue a bola de mussarela e coloque sobre a salada. Tempere com mais sal se precisar. Pode acrescentar cebolinha picada por cima, se quiser.

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salada de alface & vagem
[com ovos e vinagrete de avelã]

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A primeira coisa que preparei na minha cozinha assim que voltei de viagem foi uma salada. Uma salada de alface. Quando viajei o meu farmers market estava abarrotado com produtos de verão. Duas semanas ausente e sou recepcionada por um cenário um pouco diferente. Primeiro que metade dos fazendeiros já fecharam a barraca e só voltarão no próximo ano. Esse mercado é sazonal e o que acontece no final da estação é que vão acabando os legumes, frutas e verduras. E como o mercado não abre pro outono e inverno, poucos são os vendedores com produtos pra vender até o final. Mas a moça da minha fazenda orgânica favorita estava lá, com muitas alfaces, de diferentes variedades, todas fresquíssimas colhidas naquela manhã pelo marido dela. Foi uma alegria encontrar aquelas alfaces vistosas e garbosas, quase perfeitas. Levei um mação e fiz essa salada, que também usou um maço de vagens que tinha sobrado da ultima edição da cesta orgânica. A inspiração veio de uma receita que estava mofando nos meus alfarrábios. Eu mudei as nozes pra avelãs e tive a oportunidade de usar mais uma vez o verjuice, mas se você não tiver use suco de limão.

Um maço de alface
Um maço de vagens
3 ovos caipiras
1/2 xícara de avelãs tostadas
1/4 de verjuice [*ou suco de limão]
1/4 de óleo de avelã [*ou de nozes]
2 colheres de chá de mostarda Dijon
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Cozinhe as vagens rapidamente no vapor ou diretamente num dedo de água fervendo. Não deixe amolecer demais, apenas cozinhar levemente. Eu piquei em pedacinhos, mas pode deixar inteiras se quiser. Cozinhe os ovos. Lave e seque bem as folhas de alface. Coloque sobre uma saladeira ou travessa e salpique com as vagens, as avelãs torradas e os ovos cortados ao meio. Numa vasilha pequena misture bem o verjuice com o óleo e a mostarda. Tempere com sal e pimenta e regue sobre a salada. Sirva imediatamente.

salada de macarrão
com abobrinha assada

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Não tem sexta-feira em que você chega em casa e não quer mais sair? Principalmente sair pra comer, quando se vive numa cidade com poucas opções de restaurantes bons? Pior ser uma dessas sextas em que você quer, precisa e combinou de ver o último filme do Woody Allen no cinema. E seu marido está voltando de outra cidade e está travado no tráfego. Dai você calcula o tempo de tomar um banho rápido, dele chegar, vocês jantarem. E é claro que comer fora está fora de questão. Então essa é a oportunidade perfeita para se fazer uma receita como esta para o jantar. Ideia de gênio do Yotam Ottolenghi para o segundo livro dele, Plenty. Eu só dei uma simplificada na abobrinha, que na receita original é frita e eu fiz assada. E nesse dia nem precisei realmente assar nada, pois as fatias de abobrinha já tinham sido assadas no dia anterior. A minha mania de assar coisas e depois pensar no que fazer com elas às vezes ajuda muito. Se quiser fazer a abobrinha frita, fique à vontade. Deve ficar muito mais delicia. Mas garanto que fazendo com ela assada também não fica por menos.

3 abobrinhas médias cortadas em fatias grossas
2/3 xícara de óleo de girassol
Sal e pimenta do reino
1 e 1/2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
3/4 xícara de edamame congelado
2 xícaras de folhas de manjericão grosseiramente picadas
1/3 xícara de azeite
250gr de strozzapreti ou penne
Casca ralada de 1 limão [*usei o verde, Tahiti]
1 e 1/2 colheres de sopa de alcaparras
200 gr de mussarela de búfala rasgada em pedaços.

Tempere as fatias de abobrinha com azeite, sal e pimenta, espalhe sobre uma assadeira forrada com papel vegetal ou alumínio e leve ao forno pré-aquecido em 400ºF/ 205ºC. Asse até elas ficarem bem douradas. Vire as fatias para ficarem crocantes dos dois lados. Remova do forno e deixe esfriar.

Coloque bastante água numa panela grande. Salgue bem a água e leve ao fogo para ferver. Quando a água começar a borbulhar jogue as edamames e cozinhe durante 3 minutos. Remova com uma escumadeira, coloque numa vasilha e reserve. Deixe a mesma água voltar a ferver e jogue o macarrão pra cozinhar.

Enquanto isso colocar a metade do manjericão e o azeite num processador de alimentos. Tempere com sal e pimenta e processe até ficar um molho homogêneo.

Ccozinhe o macarrão até ficar al dente; escorra e coloque numa travessa. Despeje fatias de abobrinha e seus sucos sobre a massa. Adicionar os edamames, o molho de manjericão, as raspas de limão, as alcaparras e a mussarela. Misture delicadamente e tempere com mais sal e pimenta. Antes de servir, misture o restante do manjericão.

tabule de repolho e tomate

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Quando chega repolho na cesta orgânica minha reação é sempre (( sad trombone )). Eu sei que tem muita coisa legal pra fazer com esse legume [oi, chucrute!] mas ele ainda não entrou pra minha lista de favoritos. O fato do repolho não ser V.I.P. não faz dele um marginalizado, porque estou sempre em busca de receitas criativas para usá-lo. Como a deste tabule, que fiz e ficou muito bom. Como teve muitas sobras, comemos no dia seguinte e ainda estava bem gostoso.

1 xícara de trigo bulgur [não use o de cozimento rápido]
1 repolho pequeno cortado em fatias finas [*usei o mandoline]
1 cebola pequena [tio Vidalia], finamente picada
4 xícaras de tomates pequenos sortidos, cortados em quatro
3 xícaras de folhas de hortelã fresco picadas grosseiramente
3/4 xícara de azeite
1/4 xícara de suco de limão fresco
1 colher de chá de pimenta Aleppo ou flocos de pimenta vermelha
Sal kosher

Coloque o trigo bulgur em uma tigela grande e adicione 1e 1/2 xícaras de água fervente. Deixe de molho até ficar macio e a água ser absorvida, uns 40-45 minutos.
Coe o bulgur e coloque numa tigela, junte o repolho, a cebola, os tomates, o hortelã, o azeite, o suco de limão e a pimenta Aleppo. tempere com sal. Misture o azeite e o limõ na hora de servir.

crostini de ricota
com salada de tomate & aliche

tomate aliche

Chegar em casa na sexta-feira e não querer mais sair—quem nunca? Pro jantar o melhor improviso de verão é baseado nos tomates e essa receitinha da M.S. foi muito conveniente e auspiciosa. Não precisou de mais nada, foi o nosso jantar. Use uma ricota comprada de excelente qualidade ou faça em casa, que daí fica realmente imbatível.

3 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
8 filés de aliche
1 dente de alho picado
1 colher de chá de folhas de alecrim fresco finamente picadas
1 quilo de tomates
Pimenta do reino moída na hora
Ricota fresca
Fatias de pão tostado com azeite

Numa panela aqueça o azeite, o aliche, alho e alecrim e deixe cozinhar, mexendo ocasionalmente, por cerca de 4 minutos. Coloque os tomates cortados em uma tigela ou prato e regue com a mistura de aliche. Tempere com pimenta do reino moída na hora. Sirva sobre uma fatia de pão tostado coberto por uma camada grossa de ricota fresca.

salada de couscous israeli
pepino, azeitona, feta

salada pepino

Marquei pra fazer essa receita assim que a vi. Adorei a combinação dos ingredientes, sem falar que fazia muito tempo que não preparava nenhum prato com orzo. Bem, a receita original pede orzo, mas eu fui ao supermercado e comprei todos os ingredientes que precisava para fazer as comidas do feriado de 4 de julho e não comprei orzo porque achei que tinha na despensa. Eu sempre faço dessas pataquadas. No dilema de substituir o ingrediente faltando ou ter que ir no supermercado mais uma vez, decidi substituir. Por isso usei o couscous israeli. Porque tempera-se a massa um pouco antes de adicionar o pepino, não fica aquela coisa molengona. E o sabor cítrico é espetacular. Meu filho, quando provou a primeira garfada murmurou—uau… hmmmm!

faz 8 porções
400 gr de couscous israeli [ou orzo]
Raspas da casca de 1 limão
2 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de chá de mostarda de Dijon
1 chalota média, ralada
5 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
4 colheres de sopa de endro fresco picado
1 xícara de azeitonas Kalamata sem caroço e cortadas em quatro
2 pepinos médios sem casca e sem sementes cortados ao meio e depois em fatias
170 gr de queijo feta

Cozinhe o couscous [ou orzo] em bastante água com sal de acordo com as instruções da embalagem ou a seu gosto. Escorra e transfira para uma tigela grande de salada. Enquanto isso faça o molho misturando numa vasilha as raspas de limão e suco, a mostarda e a chalota ralada. Misture tudo junto com algumas pitadas de sal e pimenta do reino moída na hora. Lentamente adicione o azeite de oliva batendo com um batedor de arame, em seguida misture o endro picado. Prove e ajuste o sal conforme necessário. Despeje o molho sobre o couscous ainda quente e misture. Deixe esfriar até a temperatura ambiente, em seguida acrescente as azeitonas e os pepinos. Espalhe o queijo feta por cima e sirva.

salada de camarão

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Tive a ideia para essa salada quando vi essa receita bem antiga, resgatada de uma daquelas caixas com cartões, que era muito comum em outros tempos. Uma salada feita com camarões e ervilha em lata, macarrão de conchinha e maionese não é muito o meu estilo, mas gostei da mistura de camarão com o salsão e a maçã. Fiz uma adaptação e ficou bem gostosa. Essa salada sobrevive bem na geladeira e foi o nosso almoço por mais dois dias. Usei um camarão que já veio cozido, daqueles bem pequenininhos, pescado de maneira sustentável na costa dos EUA.

500 gr de camarões bem pequenos cozidos
3 talos de salsão picadinhos
1 maçã verde picadinha
Coentro fresco picadinho a gosto [ou salsinha]
1 xícara de sour cream
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
Suco de limão e azeite para temperar

Misture todos os ingredientes e sirva sobre uma fatia grossa de pão que foi tostado na frigideira com um fio de azeite.

salada de vagem & ervilhas
[com molho de estragão]

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Nas últimas semanas o verde tem sido a cor onipresente em quase tudo o que temos comido. Estamos nos esbaldando com aspargos, vagens, ervilhas frescas, ervilha torta, alho verde, salsinha, ervas em geral que estão crescendo como mato, alface gigantescas, erva-doce, folhas de dente de leão, espinafre. Tenho usado alguns livros para me inspirar com ideia. Essa salada saiu do livro Plenty do Yotam Ottolenghi e eu fiz duas vezes, a segunda para o nosso almoço de Páscoa. O estragão é uma erva muito aromática e com sabor de anis que eu adoro usar quando encontro na versão fresca.

1 e 1/4 xícaras de vagens
1 e 3/4 xícaras de ervilhas frescas
2 colheres de chá de sementes de coentro grosseiramente esmagadas num pilão
1 colher de chá de sementes de mostarda
3 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de chá de sementes de nigella [*omiti]
1/2 cebola roxa pequena
1 pimenta vermelha fresca, sem sementes e finamente picada [*usei seca em flocos]
1 dente de alho esmagado [*omiti]
Raspas da casca de 1 limão
2 colheres de sopa de estragão fresco picado
sal grosso a gosto
Folhas verdes de salada [*usei um spring mix]

Encha uma panela média com água fria e deixe ferver. Coloque as vagens na água fervendo e deixe cozinhar por 4 minutos, remova, escorra bem e reserve. Na mesma panela deixe a água ferver novamente e jogue as ervilhas, deixe cozinhar por 1 minuto e remova da água. Reserve.

Coloque as sementes de coentro, sementes de mostarda e óleo em uma panela pequena e aqueça. Quando as sementes começam a tostar despeje tudo numa vasilha pequena. Adicione as sementes de nigella, a cebola roxa picada, a pimenta, alho, raspas de limão e o estragão picado. Misture bem e tempere com sal a gosto.

PNa hora de servir coloque folhas sobre uma saladeira, cubra com as vagens e ervilhas e tempere com o molho. Misture bem e sirva.

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salada de erva-doce, aspargos
e rabanetes

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Essa salada é do livro Plenty do Yotam Ottolenghi. Ela é feita com beterrabas assadas e como eu não tinha, troquei por rabanetes. E usei os aspargos crus ao invés de cozidos. Com tantos ingredientes primaveris, além de super refrescante e saborosa, essa receita me deu a oportunidade de usar mais um pouco daquele vidrão de verjuice.

4 rabanetes cortados em fatias finas
1/2 bulbo de erva doce cortado em fatias
2 aspargos cortados em fatias finas
1/4 xícara de sementes de girassol torradas
1 xícara de verjuice
1/4 de óleo de semente de uva
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
Folhas frescas de endro [dill] para decorar

Coloque o verjuice numa panelinha e leve ao fogo. Deixe ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhar até reduzir em um terço da quantidade. Enquanto isso coloque o bulbo de erva-doce, os rabanetes e aspargos numa travessa. Quando o verjuice estiver bem reduzido, remova do fogo e deixe esfriar completamente. Misture o óleo ao verjuice e tempere com sal e pimenta do reino moída. Tempere a salada com esse molho, salpique com as sementes de girassol, decore com as folhas de endro e sirva.

salada de ramas de ervilha
com cogumelos

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Não consegui achar um equivalente em português para pea shoots, que são as ramas, com folhas e florezinhas, do pé de ervilha. Quando você vê um pé de ervilha na horta, são essas ramas que se enroscam nas grades e suportes. Li que os pea shoots são muito usados na culinária asiática e foi na banquinha da família asiática no Farmers Market de Davis que comprei esse maço lindo, super verde com as florzinhas branquinhas. Procurando uma receita para usar os pea shoots, achei a desta salada com cogumelos cozidos e foi o que fiz. Fico muito gostosa, adoramos a textura das folhas frescas e cogumelos refogados. Se quiser fazer essa receita sem as ramas de ervilha, use outro tipo de folha verde, como o espinafre.

1/2 xícara de azeite extra-virgem
1 chalota [shallot] ou cebola pequena picada
400gr de cogumelos—usei o shiitake, cortado em fatias finas
1 colher de chá de folhas de tomilho fresco picado
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
2 colheres de sopa de vinho xerez seco
1 colher de sopa de mostarda Dijon
1 e 1/2 colheres de sopa de vinagre de xerez
1 colher de sopa de salsinha picada
1/2 maço de ramas de ervilha
Queijo Parmigiano- Reggiano cortado em fatias bem finas

Em uma frigideira grande aqueça 1/4 xícara de azeite de oliva. Adicione a chalota picada e cozinhe em fogo alto, mexendo sempre, por aproximadamente 30 segundos. Adicione os cogumelos e o tomilho, tempere com sal e pimenta e cozinhe, mexendo de vez em quando, até dourar, de 8 a 10 minutos. Adicione o vinho xerez e cozinhe até que evapore. Retire do fogo.

Em uma tigela grande coloque a mostarda e o vinagre xerez. Aos poucos misture 1/4 de xícara de azeite de oliva e tempere com sal e pimenta. Misture os cogumelos nesse molho e leve à geladeira por uns 15 minutos. Numa travessa coloque as ramas de ervilha, cubra com os cogumelos e as fatias de Parmigiano Reggiano, misture e sirva.

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salada de folhas de dente
de leão [com nozes & ovos]

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Outra receita adaptada do meu mais novo livro favorito, o Vegetable Literacy da chef Deborah Madison. Na receita original a folha era de radicchio, mas eu substituí pelas de dente de leão que recebo regularmente na cesta orgânica durante o inverno. As folhas de dente de leão são bem amargas, como as do radicchio e então a substituição foi indolor. Essa é uma boa maneira de eu comer ovo, já que picadinho assim e temperado com um molho, o gosto "eca" da gema fica disfarçado.

1 maço de folhas de dente de leão [ou um radicchio Chioggia]
1 ovo caipira cozido
2 colheres de sopa de salsinha picada
Nozes picadas
Um fio de xarope de agave [opcional]

Vinagrete de nozes
faz cerca de 1/3 de xícara
1 cebolinha finamente picada
sal marinho a gosto
1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto
1 e 1/2 colher de chá de mostarda dijon
3 colheres de sopa de óleo de nozes

Misture a cebolinha, sal e vinagre em uma tigela pequena e deixe descansar por 10 minutos. Em seguida misture a mostarda e óleo de nozes. Reserve

Numa travessa coloque as folhas picadas, os ovos picados, tempere com o vinagrete, salpique com a salsinha e as nozes picadas. Regue com um fiozinho de xarope de agave e sirva.

salada de escarola com avelã

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Algumas vezes por ano tenho a sorte de receber escarola na minha cesta orgânica. Eu adoro essa verdura e não sei porque ela me lembra a minha mãe e nossa família italiana. Normalmente faço as folhas refogadas, super simples. Mas dessa vez quis achar uma maneira diferente de prepará-la e abri o segundo volume do The Art of Simple Food da Alice Waters. Achei essa salada bem interessante e gostei do resultado. O molho com óleo de avelã fica bem delicado e deixa as folhas da escarola menos amargas para se comer crua. E só se usa a parte mais esbranquiçada, a ponta verde eu guardei e fiz daquele mesmo jeito de sempre—refogada [ah!]

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC e toste 1/4 xícara de avelãs espalhadas sobre uma assadeira. Remova do forno quando elas estivem levemente douradas. Espere esfriar e remova a pele, rolando elas sobre um guardanapo ou pano de prato.

Corte a parte clara das folhas de uma escarola média. Guarde a parte escura para usar em sopas ou refogado. Lave bem e seque. Coloque as folhas numa travessa.

Faça o molho misturando 1 dente de alho amassado [*omiti], 1/2 colher de sopa de vinagre de sherry [xerez], 1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto, sal e pimenta do reino a gosto. Junte 3 colheres de sopa de azeite extra-virgem e 2 colheres de sopa de óleo de avelã. Bata bem com um batedor de arame para emulsificar.

Com um descascador de legumes faça fatias bem fina de um queijo de firme de ovelha ou cabra. Na hora de servir temperar as folhas de escarola com o molho e salpicar com o queijo e as avelãs grosseiramente picadas.

*se não achar óleo de avelã, use 5 colheres de sopa de azeite.
**pode acrescentar fatias de maçã, pera ou caqui duro.

salada de abacate & laranja
[com vinagrete de jalapeño]

avocado orange jalapeno

É uma lástima que minhas fotos, tiradas um segundo antes da refeição ser servida, não captem os detalhes ultra deliciosos de pratos como o dessa salada. Vi a receita num link da revista Bon Appetit e fiz duas vezes, uma usando agrião e noutra uma alface crespa. O molho fica absolutamente incrível e todos ingredientes se combinam perfeitamente. O abacate precisa ser maduro e cremoso. Eu substituí a tangerina da receita original pela laranja cara-cara, que tem uma polpa avermelhada.

1/2 xícara de suco de laranja fresco
1 pimenta jalapeño
1 cebolinha finamente picada
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
Sal Kosher e pimenta do reino moída na hora
1/4 xícara de azeite de oliva extra- virgem
2 abacates descascados cortados em pedaços
4 laranjas ou tangerinas descascadas e cortadas em gomos
6 xícaras de agrião [ou rúcula ou alface] sem os caules grossos
1/2 xícara de folhas de hortelã frescas
1/ 3 de xícara de queijo feta esfarelado [*omiti]

Cozinhe suco de laranja em uma panela pequena até o liquido reduzir a cerca de 2 colheres de sopa—uns 5 a 8 minutos. Deixe esfriar . Aqueça uma frigideira pequena em fogo médio-alto. Coloque o jalapeño, virando ocasionalmente , até que a casca fique toda carbonizada, cerca de 8 minutos [ou faça diretamente sobre a chama do gás]. Deixe esfriar, remova a pele e sementes e pique em pequenos pedacinhos.

Misture a cebolinha, o vinagre, o suco de laranja reduzido e o jalapeño em uma tigela média, tempere com sal e pimenta. Misture o azeite. Bater bem com um batedor de arame até ficar completamente emulsificado.

Numa saladeira coloque as folhas de agrião e hortelã, os abacates, as laranjas e tempere com o vinagrete. Salpique com queijo feta se quiser. E sirva.

salada de alface romana
com molho cremoso de limão

salada de alface

Com um pacote de alface romana na geladeira, quis fazer uma salada simples, mas que tivesse um toque festivo. Achei essa receita na revista Food & Wine e foi perfeita. A alface romana é bem firme e crocante, as folhas seguram bem um molho mais denso e cremoso. Eu fiz o molho com o limão meyer que é ultra aromático, mas qualquer outro limão pode ser usado.

1/3 xícara de maionese [*use iogurte ou sour cream se quiser]
1 colher de chá de casca ralada de um limão [*usei o meyer]
2 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem [*usei um prensado com limão meyer]
1 colher de chá de mostarda Dijon
1 dente de alho picado [*omiti]
Sal e pimento do reino moída na hora a gosto
400 gr de folhas de alface romana, lavadas, secas e grosseiramente rasgadas com as mãos
1/4 xícara de queijo parmigiano-reggiano ralado

Numa vasilha pequena misture a maionese, raspas e suco de limão, azeite, mostarda, alho, sal e pimenta do reino e bata bem ate ficar um creme. Coloque as folhas de alface numa saladeira, tempere com o molho, salpique o queijo ralado por cima e sirva imediatamente.

vagens com vinagrete de salame

vagem-salumi

Achei essa receita guardada nos meus alfarrábios eletrônicos num dia em que estava procurando algo diferente para fazer com um pacotão de vagens. Gostei tanto do resultado que resolvi refazer esse prato para o jantar de tanksgiving. Como usei um salame calabresa meio apimentadinho, o molho combinou bem com a suavidade da vagem, que para essa receita não pode ser totalmente cozida, mas ser removida da panela quando estivel al dente, com um pouco de crocância.

60 gr de salame picado [*usei um calabresa]
1/4 de xícara de vinagre de vinho tinto
1 e 1/2 colher de chá de páprica
1 colher de chá de raspas da casca de limão
1 colher de chá de suco de limão fresco
1/4 colher de chá de coentro em pó
6 colheres de sopa de azeite de oliva
1 dente de alho
500 gr de vagens
sal Kosher

No processador de alimentos ou liquidificador coloque o alho, o salame picado, o vinagre, o coentro em pó, a páprica e as raspas e suco de limão e bata bem até obter uma massa. Com o motor ligado adicione lentamente 4 colheres de sopa de azeite e 2 colheres de sopa de água e misture até formar um molho. Tempere com sal e reserve. Esse molho pode ser feito com antecedência e guardado em recipiente fechado na geladeira.

Coloque as 2 colheres de sopa de azeite restantes em uma frigideira grande e leve ao fogo médio-alto. Adicione as vagens e deixe refogar, mexendo muitas vezes até elas ficarem macias e um pouco douradas, por uns 10-12 minutos. Remova das vagens da panela, coloque numa travessa, regue com o molho de salame, misture bem e sirva.

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salada de beterraba dourada
[com avelãs & queijo roquefort]

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Outra receita que tomou vida graças ao The Flavor Bible. As beterrabas douradas são rosa claro quando estão cruas e depois de assadas e descascadas ficam com esse tom de amarelo mostarda que deixa o prato super lindo. O sabor dessas beterrabas é também mais delicado e elas não "sangram" causando aquela cena de filme de terror na cozinha. Eu fatiei as beterrabas assadas e frias no mandoline, arranjei num prato, salpiquei algumas avelãs torradas e pedacinhos de queijo roquefort por cima, dai temperei com vinagre de vinho branco, azeite de oliva [usei um prensado com limaõ meyer], sal maldon e pimenta do reino moída na hora. Servi e não teve sobras.

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batata doce assada
[com pimenta & limão]

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Desde 2009 que eu tenho The Flavor Bible na minha estante e vira e mexe eu o uso para me inspirar com idéias de como casar diferentes ingredientes. Esse livro é ótimo ajudante na composição de saladas, como essa de batata doce. Assei as batatas sem pensar e planejar nada antes e fiquei olhando pra elas sem saber que direção tomar. The Flavor Bible then came to the rescue! E me deu a ideia de temperar as batatas assadas e já frias com flocos de pimenta vermelha, raspinhas da casca e suco de um limão tahiti. Para finalizar, uma pitada de sal Maldon, um fio de azeite e tchandan—essa combinação ficou simplesmente o fino da Bossa!

salada de vagem
com molho de estragão

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Eu compro ingredientes pela beleza, sou dessas. Essas vagens pintadinhas são irresistíveis e vem um sacão por um dólar. Deu uma saladona. A receita saiu de um dos meus websites favoritos e foi a escolhida porque eu também precisava gastar um maço de estragão fresco, que comprei porque acho essa erva uma das mais cheirosas.

250 gr de vagem
2 colheres de chá de vinagre de vinho branco
4 colheres de chá de azeite de oliva
1 colher de sopa de maionese
1 colher de sopa de estragão fresco
1/2 colher de chá de pimenta verde moída
2 colheres de chá de alcaparras, lavadas e picadas
Sal marinho a gosto

Leve uma panela com água para ferver no fogão. Coloque as vagens na água fervendo, cozinhe por 1 ou 2 minutos e escorra. Faça o molho misturando o vinagre, o azeite, a maionese e algumas pitadas de sal. Misture o estragão picado, as alcaparras e a pimenta moída. Coloque as vagens cozidas numa travessa e tempere com o molho. Decore com folhinhas extras de estragão e sirva.

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salada de rabanete
[com molho de curry & laranja]

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O verão já disse adeus, mas as saladas ainda estão protagonizando almoços e jantares por aqui. Vi essa receita justamente no dia em que comprei um pacote de rabanetes no mercadinho da road 16. Gostei porque essa salada guarda bem e pudemos levar as sobras na nossa marmita pro almoço do dia seguinte.

1 xícara de suco de laranja
1 colher de sopa de azeite de oliva
1/2 colher de chá de curry em pó [*usei o thai curry]
2 xícaras de rabanetes lavados e grosseiramente picados
1 xícara de queijo feta esmigalhado
2 colheres de sopa de folhas de hortelã fresca
sal a gosto

Numa panela pequena coloque o suco de laranja para ferver e cozinhe por cerca de 20-25 minutos até que esteja reduzido a cerca de 1/4 de xícara. Tire do fogo. Misture o azeite e curry em pó. Adicione sal a gosto. Misture os rabanetes picados com o molho. Cubra com o queijo feta e hortelã picada. Sirva.

salada de vagem & pimentão

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Acho que causarei surpresa [ou não] dizendo que ainda não larguei mão do livro Jerusalem do Ottolenghi e Tamimi. Ele continua na minha cozinha e eu continuo fazendo receitas, como a dessa salada. Mais uma vez o resultado foi extraordinário. O azeite aromatizado pelo alho, alcaparras e sementes mais o sabor de anis do estragão fresco são o toque de midas dessa salada. As vagens precisam estar al dente, meio crocante. Essa receita será repetida muitas vezes na minha cozinha.

400 gr de vagem verde
2 pimentões amarelos [ou vermelhos] cortados em tiras
4 colher de sopa de azeite de oliva
3 dentes de alho cortado em fatias finas
1 colher de sopa de alcaparras pequenas, drenadas e secas com papel
1 colher de chá de sementes de cominho
1 colher de chá de sementes de coentro
1/2 xícara de folhinhas de estragão fresco e ciboulette [chives] picada
Raspas da casca de 1 limão
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Pré-aqueça o forno a 450°F/ 230ºC. Leve uma panela grande de água para ferver e adicione as vagens. Cozinhe por alguns minutos e escorra para uma vasilha. Reserve.

Misture as tiras de pimentão com uma colher de sopa de azeite e espalhe sobre uma assadeira. Asse por 5 minutos. Retire do forno e adicione à tigela com as vagens cozidas.

Aqueça as 3 colheres de sopa de azeite restantes em uma panela pequena em fogo médio. Adicione o alho, mexa e deixe fritar por uns segundos. Adicione rapidamente as alcaparras, as sementes de cominho e coentro. Não deixe o alho queimar, mexa com freqüência. Retire do fogo e jogue esse azeite com alho sobre as vagens e pimentões. Misture delicadamente e adicione as folhinhas de estragão e a ciboulette picada. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Sirva.

salada de salsão
[com amêndoa & tâmara]

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Desculpem a enxurrada de saladas que tem tomado conta deste espaço recentemente. A culpa é do verão. Se eu fizer uma retrospectiva vou descobrir que provavelmente digo isso todos os anos, mas este ano estamos tenho o verão mais longo e tórrido deste século. Já estou com a língua de fora, sinceramente, chega! Essa receita é da revista Bon Appetit e ficou bem diferente, crocante e refrescante, com o salsão num raro papel de protagonista.

8 talos de salsão com as folhas cortados em fatias finas na diagonal
6 tâmaras, sem caroço, picadas grosseiramente
3 colheres de sopa de suco de limão fresco
Sal kosher e pimenta do reino moída na hora
50gr de queijo parmesão cortado em raspas finas
1/4 de xícara de azeite extra-virgem
Pimenta vermelha em flocos

Pré-aqueça o forno a 350ºF/ 176°C. Espalhe as amêndoas em uma pequena assadeira, leve ao forno mexendo ocasionalmente, até elas ficarem marrom dourado, de 8 a 10 minutos. Deixe esfriar e pique grosseiramente.

Misture as amêndoas, o salsão com as folhas picadas, as tâmaras e suco de limão em uma saladeira, tempere com sal e pimenta. Adicione o parmesão e azeite e misture delicadamente, tempere com pimenta vermelha em flocos. Sirva em seguida.

salada de tomate
[com molho de manjericão]

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No verão nós comemos tomate o tempo todo e eu gosto muito de fazer um prato com eles cortados em rodelas e regados com azeite e balsâmico pra comermos com pão no nosso lanche da noite do domingo. Desta vez resolvi incrementar e bati no mini processador um punhado de folhas de manjericão fresco, azeite, sal, pimenta do reino e balsâmico de Pedro Ximenez, que é um vinagre sherry um pouquinho mais encorpado. Faz um molhinho para regar os tomates. Muito bom, pode fazer e guardar num vidro fora da geladeira e ir usando, com tomates ou outro tipo de salada.

salada de rúcula e hortelã
[com nectarina & burrata]

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A travessa com a salada ficou uma visão linda, mas só lembrei de tirar uma foto quando já estavamos no meio do almoço. Quando eu preparo uma refeição completa para muitas pessoas, nem sempre eu consigo coordenar as funções de cozinhar, recepcionar, entreter e fotografar. Mas salvei a pátria no último minuto com o clique ilustrativo acima. A receita é da revista Bon Appetit e foi um sucesso de público e crítica.

2 nectarinas grandes cortadas em fatias finas
1/4 de cebola roxa ralada em fatias finas
1/4 de xícara de vinagre de vinho branco
1 colher de chá de açúcar
Sal Kosher e pimenta do reino moída na hora
4 xícaras rúcula
1 xícara de folhas de hortelã fresca
2 colheres de sopa de azeite
250 gr de burrata ou mussarela fresca cortada ou rasgada em pedaços

Numa vasilha misture as fatias de nectarina, fatias de cebola, o vinagre e o açúcar, tempere com sal e pimenta e deixe descansar 10 minutos. Coe o líquido que formar da mistura das nectarinas e cebola e reserve. Numa travessa colocar a rúcula, o hortelã, 2 colheres de sopa de azeite, e o líquido reservado das nectarinas. Cubra com as nectarinas e cebola e os pedaços de burrata, tempere com mais sal e pimenta se quiser e regue com um fio de azeite. Sirva em seguida.

salada de grão de bico
[com cenoura & salsão]

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A receita número 32 na lista do Mark Bittman é super simples e leva um ingrediente pouco usado cru em saladas, o salsão. Aliás, são dois ingredientes, pois o coco fresco também não é tão assíduo em pratos salgados nas nossas cozinhas ocidentais. Pode-se usar o grão de bico de lata pra facilitar. Daí é só misturar o grão de bico, a cenoura ralada, o salsão fatiado bem fino, coco em tiras tostado na frigideira, temperar com curry em pó [eu usei o thai curry, que era o que tinha], sal, azeite extra-virgem , suco de limão tahiti e salpicar com folhas frescas de coentro. Muito delícia!

uma panzanella asiática

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Essa é a receita número 21 da lista do Mark Bittman, que transformei numa panzanella com a adição de cubos de pão torrados no forno. Numa travessa junte os cubos de pão, um pepino cortado em cubos, um abacate cortado em cubos, umas folhas de coentro fresco, tempere com mirin, vinagre de arroz e molho de soja. Misture e sirva.

salada de milho [Yucatecan]

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A receita de número 39 da lista do Bittman é a versão em salada de comida de rua de Yucatán—milho assado com pimenta. As espigas podem ser assadas no forno, com um pouco de azeite, ou na grelha ou churrasqueira como eu fiz. Daí é só remover todos os grãos com a ajuda de uma faca afiada, colocar numa travessa ou saladeira e temperar com pimenta cayenne em pó ou outra pimenta fresca picadinha, uma pitada de sal, suco de limão tahiti, um fio de azeite, queijo fresco esmigalhado e alguns tomates cerejas. Eu usei uns laranjas, bem minusculos e firmes. Acrescentei também umas folhas de coentro fresco por minha própria conta e risco. hm!

salada de tomate e curry
[com rúcula & hortelã]

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E a saladinha de número 10 naquela lista do Bittman também surpreendeu, com a mistura de rúcula com hortelã. Numa panela pequena coloque um fio de azeite e frite tomatinhos cerejas salpicados com um pouco de curry [usei o thai curry] em fogo bem alto, até os tomates ficarem um pouco dourados. Desligar o fogo e deixar os tomates esfriarem. Misture folhas de rúcula com bastante folhinhas de hortelã. Jogue por cima os tomates fritos no azeite, tempere com uma pitada de sal e suco de limão [usei o tahiti].

salada de tomate e ovo

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Essa é a saladinha de número 51 na lista do Mark Bittman e apesar de extremamente simples, fica muito gostosa. Foi uma das minhas favoritas até agora. Numa travessa coloque fatias de tomates super maduros [usei um heirloom] e por cima fatias de ovos caipira cozidos. Salpique um punhado de azeitona verde picadinha por cima e tempere com um molho feito com azeite extra-virgem, vinagre sherry [Jerez], uma pitada de sal e uma colherzinha de chá de páprica defumada picante [pimentón de la vera]. Sirva.

salada de tomate & pêssego

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Reorganizei minha estante e tirei de lá um livro que eu não abria há muitos anos. Quando abri achei dentro dele umas páginas, impressas da coluna do Mark Bittman no New York Times—The Minimalist. Era apenas uma lista maravilhosa com 101 saladas para o verão publicada no jornal em 2009. Eu tenho certeza que fiz algumas das saladas dessa lista, mas não fiz o suficiente. Comecei a olhar as receitas, que são explicadas com pouquíssimas palavras, e me deu um siricotico. Passei alguns dias fazendo uma salada atrás da outra e vou publicar as que mais gostei, começando por essa que ficou absolutamente divina-matravilhosa. Use os melhores tomates, os mais maduros possíveis, naquele momento crucial de madurice quase explodindo, mas ainda firme. Os pêssegos também devem estar bem maduros, mas não muito moles.

Numa travessa ou saladeira coloque alguns tomates bem maduros e cortados em fatias diagonais, adicione uns pêssegos cortados da mesma maneira, fatias finérrimas de cebola roxa, umas folhinhas de coentro fresco, salpique com pimenta vermelha em flocos, uma pitada de sal marinho [uso sempre o Maldon], um fio de azeite extra virgem, e suco de limão [usei o tahiti]. Sirva e repita.

salada de frango com erva-doce
e molho de laranja e açafrão

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Não quero admitir [ainda] que estou obcecada por esse livro do Ottolenghi e Tamimi, mas a verdade é que toda vez que abro Jerusalem saio correndo para fazer uma receita dele. Tudo ali é superbacana, hiperinteressante, divinomaravilhoso, I kid you not! Essa receita fiz para o almoço de um domingo horrivelmente calorento. Ficou perfeita. O único porém foi que usei as sobrecoxas no lugar do peito e não recomendo, porque tive que cortar com a faca, não ousei desfiar. As sobrecoxas têm mais gordura e achei que com o peito ficaria mais leve. Farei com peito na próxima.

1 laranja grande
2 e 1/2 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de vinagre de vinho branco
1/2 colher de chá de açafrão
4 colheres de sopa de azeite de oliva
1 quilo de peitos de frango caipira sem pele e desossados
Sal marinho e pimenta do reino móida na hora
2 bulbos de erva-doce cortados em fatias finas
1 xícara de coentro
1 xícara de folhas de manjericão rasgadas
1 pimenta vermelha [*usei em flocos]
Suco de 1 limão

Corte as extremidades da laranja, corte ao meio e fatie com a casca. Coloque fatias em uma panela pequena com o mel, o vinagre de vinho branco,o açafrão e água apenas o suficiente para cubrir as rodelas de laranja. Adicione mais águase for necessário, durante o processo. Cozinhe em fogo baixo por 1 hora. Deixe esfriar um pouco e coloque as laranjas e a calda num processador e transforme num purê. Reserve.

Pré-aqueça o forno em 400ºF/ 205ºC. Tempere os peitos de frango generosamente com sal e pimentado reino. Aqueça uma frigideira ou a grelha em fogo médio-alto. Adicione uma colher de sopa de azeite e frite os peitos do frango dos dois lados, apenas selando. Transfira para uma forma e leve ao forno para terminar de cozinhar, por cerca de 15 minutos. Remova do forno, deixe esfriar e desfie grosseiramente ou parta em pedaços com as mãos. Reserve.

Coloque metade do purê de laranja em uma saladeira grande. Misture o frango desfiado com o purê de laranja. Adicionar 3 colheres de sopa de azeite de oliva, os bulbos de erva-doce cortados em fatias finas, as folhas de coentro, as folhas de manjericão rasgadas e a pimenta vermelha picada. Misture tudo com as mãos. Tempere com suco de limão e mais sal e pimenta do reino se desejar. Sirva a seguir.

»Achei esse video no website da revista Bon Appetit com o Ottolenghi e o Tamimi fazendo a receita. Melhor explicada por eles do que por mim. [*pisc!]

salada de tomate & abobrinha

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Acho que ainda não teve nenhuma salada que fiz do livro Jerusalem do Ottolenghi e Tamimi que não tenha me deixado abismada com o resultado. Essa ficou absolutamente deliciosa. Eu tinha comprado o xarope de tâmaras na lojinha internacional quando vi essa receita pela primeira vez e marquei para fazer quando os tomates locais dessem a cara por aqui. Coincidentemente eles chegaram junto com as abobrinhas e então preparei essa delicia para o nosso almoço de Memorial Day. Apenas modifiquei a maneira de grelhar os legumes, que no livro é feito no broiler e eu fiz na grelha sobre o fogão. Também pode ser feito na churrasqueira. E adicionei rodelas de cebola roxa. O xarope de tâmara pode ser substituido pelo de romã, maple syrup ou até por mel ou melado.

1 quilo de aboborinhas
800gr de tomates maduros grandes
1 cebola roxa grande
3 colheres de sopa de azeite de oliva
300gr de iogurte grego
2 dentes de alho esmagados
2 pimentas malaguetas sem sementes e picadas [usei em flocos]
Raspas de 1 limão e meio
2 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de xarope de tâmara
200g de nozes tostadas e picadas
2 colheres de sopa de hortelã picada
2 colheres de sopa de salsinha picada
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Corte as abobrinhas e a cebola em tiras grossas e os tomates em quatro. Tempere com azeite, sal e pimenta. Grelhe dos dois lados numa chapa ou churrasqueira ou no forno. Reserve. Numa vasilha misture bem o iogurte, o alho, pimenta vermelha, raspas de limão e suco e xarope de tâmara, sal a gosto. Adicione os legumes grelhados, as nozes, hortelã, salsinha e misture bem. Tempere com mais azeite e sirva.

coleslaw de couve crespa
[com pistacho & tomilho]

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Repolho, repolho, repolho. Esse legume é o que sempre acaba ficando por mais tempo na geladeira esperando por uma ideia, porque eu não sou a maior entusiasta desse ingrediente. Por isso dois repolhos crespos já tinham praticamente adquirido o uso capião da geladeira, quando resolvi fazer um coleslaw com um deles. Fiz no olhometro, mas com essa salada há poucas chances de erro.

para a salada:
Um repolho crepo ralado bem fininho [usei um mandoline]
Um punhado de uvas passas brancas deixadas de molho por uma meia hora num pouco de vinho sherry [*usei o Amontillado]
Um punhado de pistachos descascados e picados grosseiramente
Um punhado de tomilho fresco

para o molho:
Suco de limão
Vinho Sherry [use o que sobrou do molho das passas]
Sour cream
Mostarda Dijon
Sal e pimenta do reino a gosto

Coe as passas e guarde o sherry que sobrar. Numa saladeira misture o repolho com as passas, o pistacho e o tomilho. Misture bem. Prepare o molho misturando todos os ingredientes e emulsificando bem com um batedor de arame. Tempere a salada com o molho, misture bem e sirva.

salada de aspargos & canjica
com molho de buttermilk

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Me interessei imediatamente por essa salada por causa da mistura diferente de ingredientes. O aspargo está onipresente neste momento. Tenho recebido um maço semanalmente na cesta orgânica, além do maço extra que acabo sempre comprando na no mercadinho da road 16. A canjica aqui se acha cozida e enlatada nos mercadinhos internacionais ou na seção de produtos mexicanos que tem em qualquer supermercado. Ela normalmente vem numa salmora, porque os mexicanos a usam para fazer sopas e ensopados. Achei que a adicão da canjica deixou essa salada bem diferente.

para o molho:
Um dente de alho
1 colher de chá de sal marinho
1 xícara de buttermilk
1/4 xícara de vinagre de vinho branco de boa qualidade
1/4 xícara de azeite extra virgem

para a salada:
1 maço de aspargos, aparados e cortados em pedaços
1 xicara de canjica cozida
1 punhado de coentro fresco picado [*usei endro/ dill]

Para fazer o molho misture o alho e sal em um pilão e amasse até formar uma pasta. Coloque essa pasta em uma tigela em seguida adicione o buttermilk e o vinagre. Misture então gradualmente o azeite. Deixe descansar enquanto você faz a salada.

Cozinhe os aspargos no vapor ou mergulhe todos por alguns minutos em água salgada fervendo. Não deixe cozinhar muito para que não fiquem muit moles. Escoe e reserve. Numa saladeira misture os aspargos, a canjica e o coentro [*usei o endro/dill] e tempere com o molho de buttermilk. Sirva em seguida.

molho thousand island
[para salada]

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Estava ouvindo uma entrevista no rádio com alguém que falava das delicias de uma fatia de alface iceberg comida durante a temporada e temperada com o clássico molho thousand island. Claro que na primeira oportunidade que tive, fiz o molho. Não usei a alface iceberg, mas a romana, que tem a mesma consistência firme. E a receita para o molho, depois de procurar incansavelmente por uma que me agradasse, resolvi improvisar a minha própria. As possíveis variações são inúmeras. Não usei medidas, mas a quantidade de maionese é maior do que a dos outros ingredientes. Fui comedida, com medo de fazer muito e acabar com um monte de sobras, mas me arrependi. Porque devoramos tudo. Faltou molho e sobrou alface.

[medidas aproximadas]
1/2 xícara de maionese [*usei uma temperada com limão]
1 colher de sopa de catchup
1 colher de sopa de mostarda Dijon
Tabasco a gosto
Sal a gosto
1 splash de vinagre de cidra
1 fio generoso de azeite
Um punhado de mini pepinos cornichon em conserva
1 ovo cozido e picadinho

Misturar bem todos os ingredientes, os pepinos e ovo picados no final. Servir sobre fatias de alface iceberg ou folhas de alface romana, como eu fiz.

salada de beterraba dourada
com molho de pistache

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O outro livro do casal Sam & Sam do restaurante Moro em Londres foi a fonte dessa receita. Ele também focaliza na culinária mediterrânea e do norte da Africa. Essa salada fica deliciosa e como eu usei as beterrabas douradas, ela ficou também muito linda.

500 gr de beterrabas assadas, descascada e cortada em fatias finas
[*pode ser feita também com a beterraba crua e ralada]
2 colheres de chá de suco de limão
2 colheres de sopa de azeite extra virgem
Sal e pimenta do reino a gosto

para o molho de pistache:
100 gr de pistache descascado
2 colheres de sopa de salsinha fresca picada
2 colheres de sopa de hortelã fresca picada
1 colher sopa de suco de limão
1/2 colher de chá de açúcar
7 colheres de sopa de azeite extra virgem
Raspas da casca de um limão
4 colheres de sopa de água
1/2 colher água de flor de laranja

Faça o molho de pistache primeiro picando os pistaches com uma faca ou usando um processador de alimentos. Misture com os outros ingredientes e tempere com sal e pimenta. Coloque as fatias de beterraba numa travessa, regue com o suco de limão e azeite e tempere com mais sal e pimenta. Coloque o molho de pistaches por cima das fatias de beterraba e sirva imediatamente.

salada de beterraba assada
com alho-poró & nozes

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Acho que nunca atazanei tanto os visitantes deste blog com receitas de apenas um livro como estou fazendo com o Jerusalem, do Ottolenghi & Tamimi. Mas tudo ali é bacana e dá certo e fica absolutamente delicioso. Então foi este o livro que abri depois de comprar impulsivamente um monte de beterrabas no mercadinho da road 16. Quem iria imaginar colocar alho-poró na salada e que a combinação dele com a beterraba ficasse tão perfeita? Pois então.

4 beterrabas médias
4 alho-porós médios, a parte branca cortada em quatro
Um punhado de folhas de coentro fresco picadas
1 1/4 xícaras de rúcula [*usei uma mistura de folhas verdes]
1/3 xícara sementes de romã [*omiti]
1 xícara de nozes grosseiramente picadas
4 dentes de alho picados
1/2 colher de chá de pimenta vermelha em flocos
1/4 xícara de vinagre de cidra
2 colher de sopa de água de tamarindo
[*usei um xarope de tamarindo diluido em água]
5 colheres de sopa de óleo de nozes
1 colher de chá de sal
 
Pré-aqueça o forno em 425ºF/ 220ºC. Embrulhe as beterrabas numa folha de papel alumínio e asse no forno por 40-60 minutos. Retire do forno e deixe esfriar completamente. Pode fazer isso um dia antes. Remova a casca das beterabas e corte em cubos grandes. Coloque em uma tigela e reserve.

Coloque o alho-poró em uma panela média com água e sal, deixe ferver e cozinhe por 10 minutos. É importante não deixar cozinhar demais para que os pedaços não desmanchem. Escorra e pique os segmentos em partes menores. Transfira para uma tigela, separado das beterrabas, e reserve.

Enquanto isso misture todos os ingredientes do molho e deixe marinando por pelo menos 10 minutos para que todos os sabores se integrem. Tempere as beterrabas com metade do molho de nozes e do coentro e com o restante tempere os pedaços de allho-poró, misturando delicadamente. Monte a salada a salada colocando folhas de rúcula [ou outras folhas da sua preferência] numa travessa, depois o alho-poró e finalmente as beterrabas. Decore com as sementes de romã, se quiser, e sirva.

salada de cenoura com
molho de mel e limão

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Todo trimestre recebemos pelo correio uma revista enviada pelo corretor imobiliário que nos vendeu a nossa casa. Não sei muito bem qual o propósito disso, mas a revista é bem requintada e traz matérias sobre decoração, viagens e gastronomia. Sempre damos risadas quando ela chega, pois a primeira coisa que se nota—impressa bem no canto superior da capa, é uma foto do corretor numa daquelas poses tiradas em estúdio fotográfico. Eu passo os olhos pelas receitas e de vez em quando salvo uma, como a dessa salada que fiz para um almoço e ficou muito interessante e saborosa.

2 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
2 colheres de sopa de vinagre de xerez [jerez/sherry]
2 colher de chá de suco de limão fresco
1 e 1/2 colher de chá de mel
1/4 colher de chá de sal marinho
600 gr de cenoura descascada e ralada
1/2 xícara de passas brancas
1/4 xícara de amêndoas Marcona [ou da comum, se não achar da Marcona]
1 colher de sopa de salsinha fresca picada

Em uma saladeira grande misture o azeite, o vinagre, o suco de limão, o mel e o sal. Adicione as cenouras raladas, as passas, as amêndoas e a salsinha picada. Mexa bem para incorporar o molho. Sirva imediatamente ou cubra e leve à geladeira por até um dia. Deixe ficar em temperatura ambiente antes de servir.

salada de abóbora & cebola
[com tahini e zattar]

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O que mais posso dizer sobre Jerusalem do Ottolenghi & Tamimi além do que toda vez que abro esse livro eu acho uma receita fantástica. E essa é tão simples, que dá até pra ter uma minuscula duvida pairando no ar—será que vai mesmo funcionar? É uma surpresa boa atras da outra e essa salada foi mais uma, com uma combinação deliciosa que vou querer repetir muitas outras vezes.

1 abóbora de mais ou menos 1 quilo cortada em fatias
[*usei a butternut squash recomendada na receita]
2 cebolas roxas fatiadas
3 e 1/2 colheres de sopa de azeite
3 e 1/2 colheres de sopa de pasta de tahini
1 e 1/2 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de sopa de água
1 dente de alho pequeno esmagado
3 e 1/2 colheres de sopa de pinoles [*usei pistachos]
1 colher de sopa de zattar
1 colher de sopa de salsinha picada
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora a gosto

Pré-aqueça o forno a 475º F/ 246ºC. Coloque a abóbora e cebola em uma tigela grande, acrescente 3 colheres de sopa de azeite, 1 colher de chá de sal e um pouco de pimenta do reino moída e misture bem. Espalhe em uma assadeira e asse no forno por 30 minutos, ou até que os legumes fiquem dourados. Fique de olho nas cebolas, que cozinham mais rápido e precisam ser removidas antes. Para ficar mais fácil, eu separei as cebolas num lado da forma. Retire os legumes do forno e deixe esfriar.

Faça o molho colocando o tahini numa tigela pequena, juntamente com o suco de limão, água, alho e 1/4 colher de chá de sal. Bata bem até que o molho fique numa consistência de mel, adicionando mais água ou tahini, se necessário.

Despeje a 1 e 1/2 colheres de chá de azeite restante em uma frigideira pequena e leve ao fogo médio-baixo. Adicione os pinoles junto com 1/2 colher de chá sal e cozinhe por 2 minutos, mexendo sempre, até que os pinoles fiquem dourado. Retire do fogo e transfira para uma tigela pequena.

Na hora de servir coloque os legumes assados e frios numa travessa grande e regue com o molho de tahini. Coloque por cima os pinoles tostados, o zattar e a salsinha picada.

salada de folhas verdes
com avelã ralada

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Essa receita saiu de outra reportagem da edição de fevereiro da revista Bon Appetit que descrevia a experiência do restaurante Saltimporten Canteen, em Malmö na Suécia. Nele dois jovens chefs servem apenas almoço—do meio dia às duas da tarde, com preço e menu fixo; e conquistaram multidões de fãs que esperam pacientemente a porta do local abrir para poder apreciar as comidas deliciosas que os chefs servem. Marquei algumas e já fiz a sopa de grão de bico com brócolis e essa salada super simples que tenho feito até para levar na minha marmita pro trabalho. Misture as folhas verdes que quiser. Na minha tinha rúcula, alface romana e uma folhinha chamada cress. Tempere com um vinagrete básico feito com suco de limão, azeite de oliva, sal e pimenta do reino moída na hora. Na hora de servir rale por cima das folhas, usando um microplane ou um ralador de grade pequena, algumas avelãs cruas como se fosse queijo parmesão. Sirva em seguida.

salada de couve-flor assada
[com salsão & avelã]

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Um pé de couve-flor o Farmers Market + livro Jerusalem do Ottolenghi = gostosura absoluta de salada para o almoço do sábado. E é só isso que vou dizer aqui. Se acharem pouco, façam a salada e depois me contem se gostaram.

1 pé de couve-flor
5 colheres de sopa de azeite de oliva
1 talo de salsão grande cortado em fatias
5 colheres de sopa de avelãs
1/3 xícara folhas de salsinha
1/3 xícara sementes de romã [*omiti]
1 colher de sopa de vinagre jerez [sherry]
1/2 colher de chá de maple syrup
1/4 colher de chá de canela em pó
1/4 colher de chá de pimenta da jamaica [allspice] moída
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Pré-aqueça o forno a 425ºF/ 220ºC. Forre uma assadeira com papel vegetal ou alumínio. Separe os floretes da couve-flor e tempere com 3 colheres de sopa de azeite, sal e pimenta do reino a gosto. Espalhe pela assdeira e asse no forno por 25-35 minutos, até que elas fiquem douradas. Transfira para uma tigela grande e reserve para esfriar.

Diminua a temperatura do forno a 325º F/ 162ºC. Espalhe as avelãs em uma assadeira também forrada e asse por uns 10-15 minutos. Vá olhando pra não deixar queimar. Eu prefiro fazer isso numa frigideira e ir chacolhando até todas ficarem douradas.

Em uma tigela pequena misture as 2 colheres de sopa restantes do azeite de oliva, o vinagre jerez, o maple syrup, a canela e pimenta da jamaica. Misture bem e reserve.

Deixe as avelãs torradas esfriarem um pouco e pique grosseiramente com uma faca. Numa saladeira coloque a couve-flor assada, junte as avelãs picadas, as sementes de romã, as fatias de salsão, a salsinha e o molho. Mexa bem, tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Sirva imediatamente.

salada de abóbora crua
[com cenoura e tâmara]

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Essa salada foi a primeira receita que marquei na edição de fevereiro da revista Martha Stewart Living. O que capturou a minha atenção foi o inusitado do ingrediente principal—a abóbora crua. Acho que nunca tinha comido abóbora assim e fiquei muito surpresa com o fato de que ela é super comível au natural. O segredo é usar o mandoline para fazer fatias bem fininhas. Tudo nessa salada combina perfeitamente bem. Recomendo que você faça para entender exatamente o que estou dizendo.

2 colheres de sopa de vinagre balsâmico branco [ou de vinho branco]
1 colher de chá de mostarda rústica [com grãos]
2 colheres de chá de enchalota picada [*omiti]
Sal marinho e pimenta moída na hora a gosto
3 colheres de sopa de azeite
120 gr de abóbora butternut squash descascada
3 cenouras pequenas descascadas
50 gr de tâmaras cortadas em fatias finas [cerca de 1/2 xícara]
1/4 xícara de sementes de girassol torradas
120 gr de rúcula [*usei uma mistura de folhas verdes]

Numa vasilha pequena combine a mostarda, o vinagre, a enchalota, 3/4 colher de chá de sal e 1/2 colher de chá de pimenta do reino moída. Derrame o azeite devagar, mas num fluxo constante, enquanto vai batendo constantemente até formar um molho.

Usando um descascador de legumes ou um mandoline faça fitas com a abóbora e as cenoura. Coloque numa tigela grande e adicione as tâmaras, as sementes de girassol, as folhas de rúcula e tempere com o molho de vinagre. Misture bem, coloque tudo numa travessa e sirva imediatamente.

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salada de salsão, uva e cogumelo

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Essa salada pode ser um prato bem bacana para a ceia de reveillon porque leva as uvas brancas que são protagonistas nos rituais para atrair boa sorte na virada do ano. Neste caso as uvas são grelhadas e ficam bem doces e macias. Pode-se usar qualquer tipo de cogumelo. A receita foi aprovada e saiu da revista Food & Wine.

serve 6 porções

2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
2 colheres de chá de suco de limão
1/2 colher de chá de sementes de salsão [aipo/celery]
1/4 colher de chá de mostarda Dijon
1 dente de alho pequeno
1/2 xícara mais 1 colher de sopa de azeite extra-virgem de oliva
1/4 xícara de óleo de amêndoa torrada [*usei de nozes]
Sal e pimenta moída na hora
1/2 xícara de folhas de salsão [aipo]
1/2 xícara de folhas de salsinha
1/4 xícara amêndoas torradas picadas
1/2 quilo de cogumelos frescos cortados ao meio
2 xícaras de uvas verdes
Folhas de alface [*usei folhas verdes]
2 xícaras de talo de salsão [aipo] cortado em fatias finas

Em uma tigela pequena misture o vinagre com o suco de limão, as sementes de salsão, e a mostarda. Aos poucos misture 1/4 xícara de azeite de oliva e o óleo de amêndoa batendo até ficar emulsificado. Adicione sal e pimenta do reino moída na hora a gosto.

Num mini processador de alimentos colocar o alho, as folhas de salsinha, as de salsão, as amêndoas e pulse até ficar bem picado. Adicione 1/4 xícara de azeite de oliva e bata até obter uma pasta grossa. Tempere com sal e pimenta do reino moída na hora a gosto.

Tempere os cogumelos com azeite, sal e pimenta. Coloque numa grelha ou frigideira em fogo alto,virando uma vez até ficarem macio e dourado, cerca de 5 minutos. Tempere também as uvas com azeite, sal e pimenta. Grelhe em fogo alto até as peles começarem a escurecer em alguns pontos, cerca de 3 minutos, Transfira as uvas e cogumelos para uma tigela grande e misture com o molho pesto de amêndoas.

Arrume as folhas de alface em um prato, as fatias de salsão por cima e e regue com o molho vinagrete. Coloque a mistura de cogumelos e de uvas por cima e sirva.

salada de beterraba, erva-doce,
laranja & vinagrete de pistacho

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Fiz essa salada bem festiva duas vezes nesses últimos dias. Apesar de ser uma receita bem simples, fica um prato bem sofisticado. Quanto à cor intrigante dessas beterrabas, deixo avisado que a foto não tem filtro de instagram, nem foi descolorida no photoshop e ninguém precisa entrar em pânico achando que está com problema na vista. Essas beterrabas têm mesmo essa cor amarelada, o que é um alivio na hora de descascar e cortar porque não faz aquela sujeirada vermelha. O sabor é também um pouco mais delicado que a beterraba comum. Essas betês douradas estão abundantes no mercado nesta época de festividades natalinas. Tirei a receita da edição de inverno da revista Edible do condado de Marin e Wine country

10 beterrabas pequenas
1 laranja, casca ralada e suco espremido
1 tangerina pequena
1 bulbo de erva-doce
1/4 xícara de vinagre de cidra
1/8 xícara de açúcar mascavo
Sal e pimenta moída na hora a gosto
1/2 xícara de azeite de oliva
1 xícara de pistacho torrado, moído grosso no processador de alimentos

Pré-aqueça o forno a 400°F/ 205ºC. Lave as beterrabas coloque num pacote de papel alumínio grosso. Coloque por cima as casquinhas raladas e o suco da laranja. Feche bem e leve ao forno até as beterrabas ficarem bem macias, de 30 a 45 minutos. Deixe esfriar, removas as cascas e fatie. Reserve.

Corte o bulbo da erva-doce em fatias bem finas usando um mandoline ou uma faca bem afiada. Descasque a tangerina e separe os gomos. Reserve.

Para fazer o vinagrete misture o vinagre, o açúcar mascavo e uma
pitada de sal e pimenta em uma tigela pequena. Lentamente vá colocando o azeite e batendo com um batedor de arame, junte o pistacho moído e bata bem para emulsificar.

Na hora de servir coloque as fatias finas da erva-doce sobre um prato ou travessa, por cima ajeite as fatias de beterraba e sapique com os gomos de tangerina. Jogue o vinagrete de pistacho por cima e sirva imediatamente.

salada de espinafre & tâmara

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Preparei essa salada duas vezes, porque ela ficou uma delicia. A receita veio do livro Jerusalem do Yotam Ottolenghi e Tamimi Sami, que agora não sai mais da bancada da minha cozinha. O Tim do blog Lottie + Doof também fez essa salada e lá você poderá ver fotos melhores das etapas e resultado final. Essa receita entrou pra categoria das que eu considero O Fino da Bossa.

1 colher de sopa de vinagre de vinho branco
1/2 cebola roxa média cortada em fatias finas
100g de tâmaras Medjool cortadas em quatro
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 pães pita cortados em pedaços pequenos
1/2 cup de amêndoas sem sal picadas
2 colheres de chá de sumac
1/2 colher de chá de pimenta vermelha em flocos
150 gr de folhas de espinafre
2 colheres de sopa de sumo de limão
sal a gosto

Coloque o vinagre, cebola e as tâmaras em uma tigela pequena. Adicione uma pitada de sal e misture bem com as mãos. Deixe marinar por 20 minutos e escorra todo o vinagre.

Enquanto isso, aqueça a manteiga e metade do azeite de oliva em uma frigideira média em fogo médio. Adicione os pedaços de pão pita e as amêndoas e cozinhe por 5 a 6 minutos, mexendo o tempo todo, até que o pão fique crocante e dourado. Retire do fogo e misture o sal colher de chá de sumac, os flocos de pimenta vermelha. Deixe esfriar e reserve.

Na hora de servir, misture as folhas de espinafre com a mistura de pita em uma travessa grande. Adicione as tâmaras e cebola, o restante do azeite, o suco de limão e outra pitada de sal. Misture bem e sirva imediatamente.

salada de batata doce & figo

saladabatatafigo_1S.jpgEsta é mais uma receita maravilhosa do livro Jerusalem do Yotam Ottolenghi e do Sami Tamimi. Ela me encantou logo de primeira vista. Será que é porque adoro figos [preciso dizer isso?] e adoro batata doce? Pode até ser. Mas também acredito que esse chef é um gênio para combinar frutas e legumes e a mistura desses dois ingredientes ficou absolutamente auspiciosa. Usei uma picante porém não flamejante pimenta jalapeño que já estava avermelhando. Não lembrei de colocar o queijo de cabra e sinceramente nem achei que fez falta.

4 batatas doces pequenas
5 colheres de sopa de azeite de oliva
40 ml de vinagre balsâmico vinegar
20 gr de açúcar
12 ramos de cebolinha partidas ao meio
1 pimenta vermelha fatiada no comprimento
6 figos frescos cortados em quatro
150 gr de queijo de cabra [opcional]
Sal Maldon e pimenta do reino moída na hora a gosto

Pré-aqueça o forno em 450ºF/ 240ºC. Lave e seque as batatas e corte em fatias longas e grossas ou cubinhos. Tempere as batatas com 3 colheres de sopa de azeite, 2 colheres de chá de sal e pimenta a gosto. Espalhe as batatas sobre uma assadeira forrada com papel alumínio e asse por uns 25 minutos, ou até elas ficarem macias, mas não desmanchando. Remova do forno e deixe esfriar totalmente.

Coloque o vinagre balsâmico numa panela pequena e leve ao fogo. Deixe ferver e abaixe o fogo, cozinhando por uns 2 ou 4 minutos, até o vinagre engrossar. Remova a panela do fogo e reserve.

Numa outra panela coloque o azeite restante, as cebolinhas cortadas ao meio e as fatias de pimenta. Deixe cozinhar por uns 4 ou 5 minutos, mexendo sempre. Desligue o fogo.

Monte a salada colocando as batatas assadas sobre uma travessa, espalhe os figos e tempere com o azeite e os ramos de cebolinha e pimenta cozidos nele. Regue com a redução de balsâmico, espalhe o queijo de cabra esmigalhado com as mãos por cima [eu não coloquei] e sirva.

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salada de tomate
com manteiga queimada

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Essa ideia absolutamente genial eu vi num dos meus blogs favoritos e fiz logo em seguida. É tão simples de preparar e fica muito saboroso! Mas você precisa de tomates madurissimos, imprescindivelmente orgânicos. Eu usei os heirloom pineapple e mortage lifter. Corte os tomates em rodelas grossas e ajeite numa travessa. Numa panelinha coloque bastante manteiga sem sal e deixe derreter em fogo médio. Quando a manteiga estiver completamente derretida abaixe o fogo e deixe cozinhar até ela ficar com uma cor amarronzada e com um cheiro de nozes. Usando uma colher, coloque essa manteiga queimada sobre os tomates, tempere com sal Maldon [ou outro sal flocado] e pimenta do reino moída na hora. Sirva imediatamente.

salada de figo & rúcula

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Na terça-feira passada saí do trabalho e fui direto para o Farmers Market de Woodland. Eu precisava comprar ovos e queria aproveitar os últimos momentos da temporada dos figos. Gastei todo o dinheiro que tinha na carteira com eles. Na banquinha de uma família de fazendeiros mexicanos de Esparto, comprei os figos de casca verde e miolo roxo mais doces que já comi. E de aparência absolutamente impecável, sem manchas, sem amassos, porque tinham sido colhidos naquele mesmo dia. Na mesma banca dos ovos, a moça vendia figos de casca mais verde escura e quando eu agarrei todas as cestinhas disponíveis, ela me disse que a árvore dela continuava frutificando, ela colhia, colhia, e os figos continuavam amadurecendo. Eu então disse alegremente que ela continuasse trazendo os figos pra vender, que eles teriam comprador certo [eu!]. Cada cestinha desses figos locais e fresquissimos custam três duas e meia patacas no Farmers Market de Woodland. Aproveitando estou, pois boba não sou!

Os figos verdes claros comi todos frescos, abrindo ao meio e abocanhando a maioria com casca e tudo. E com os verdes mais escuros fiz essa salada, tentando imitar a que comi no Piccino cafe em San Francisco.

Você vai precisar de um maço de rúcula, figos frescos, um pedaço de queijo gorgonzola ou blue e avelãs torradas. Eu torro as minhas na frigideira, pois acho mais fácil. Monte a salada e tempere com sal [usei o Maldon], pimenta do reino moída na hora, azeite de oliva extra-virgem e uma redução de vinagre balsâmico. Para fazer a redução é só colocar uma quantidade de vinagre numa panelinha e levar ao fogo baixo até o liquido engrossar, ficar como um xarope. O melhor é temperar a rúcula separadamente numa vasilha com o sal, pimenta e azeite. Colocar a rúcula temperada numa travessa e salpicar com os figos cortados ao meio ou em quatro, as avelãs torradas e pedacinhos de queijo gorgonzola ou blue. No final colocar um pouquinho da redução de balsâmico por cima e servir imediatamente.

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salada de alface romana
[com pera asiática & amêndoa]

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A alface romana tem um je ne sais quoi que eu adoro. Deve ser pela sua imperturbável e sempre presente crocância. Nessa salada ela desempenhou muito bem o papel de protagonista, sustentada pela delicadeza das fatias finíssimas de pera asiática e das lascas de amendoâs torradas. Temperei apenas com sal maldon, pimenta do reino moída na hora, azeite de oliva extra-virgem e suco de limão taiti. Ficou ultra refrescante.

salada de repolho & cenoura

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Era o último repolho. E felizmente era bem pequeno. Por isso virou salada. Casado com cenouras. Tudo ralado no mandoline. Mais um punhado de currants. E outro punhado de salsinha picada. Temperado com suco de limão. Azeite extra-virgem. Sal maldon. Pimenta do reino moída na hora. E umas colheradas de sour cream. Foi um farewell ao repolho. Embora sabendo que ele voltará. Porque repolho sempre volta. Eu querendo ou não.

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uma salada portátil

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A salad in a jar—não é uma ideia nova, mas é uma boa ideia, que vi na revista Whole Living da Martha Stewart da qual sou assinante na versão para ipad. Fiz essa minha primeira interpretação da salada portátil usando apenas cenouras amarelas cortadas em palitos. No fundo do vidro coloquei sal, pimenta do reino moída na hora, azeite de oliva extra-virgem, suco de limão, buttermilk e alecrim fresco picadinho. Na hora de comer é só abrir o vidro e ir molhando os palitinhos de cenoura no molho e crockn'nhock! Bom pra trazer na marmita pro trabalho ou pra levar em picnics e tals.

abobrinha grelhada
[com manjericão & parmesão]

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Essa abobrinha é tão simples de fazer e fica tão gostosa que era imprescindível que eu fizesse um registro aqui. Comprei um punhado delas no Farmers Market de Woodland e preparei essa espécie de salada duas vezes seguidas. É só cortar a abobrinha em tiras bem longas e finas [use o mandoline, se tiver um], temperar levemente com sal, pimenta do reino moída na hora e um fio de azeite e grelhar rapidamente dos dois lados—eu usei essa grelha de ferro, mas pode ser qualquer outro tipo]. As tirinhas cozinham bem rápido, então tem que ficar de olho, não pode distrair pra não deixar queimar. Depois é só colocar a abobrinha grelhada numa travessa, espremer meio limão por cima, decorar com folhinhas de manjericão fresco e fatias fininhas de queijo parmesão e servir. Não vai ter sobras.

salada de pepino & abacate

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Voltamos do mercadinho, que descobrimos na saída pra County Road 16 e já viramos fregueses, carregando vários abacates maduros e um pacote de rabanetes, além do saco de laranjas super doces e uma dúzia de ovos da FelizBerta. Tudo local. Era um sábado, já estava um pouco tarde para inventar coisa muito complicada na cozinha e a fome apertava. Para o nosso almoço preparei rapidamente uma das inúmeras variações daquela sopa de tomate com pimentão, tostei fatias de pão integral com um fio de azeite e preparei essa salada. Para fazê-la usei:

1 pepino picadinho
1 talo de salsão picadinho
1 abacate pequeno picadinho
3 rabanetes picadinhos
Suco e raspas de um limão
Bastante azeite
Um pingo de vinagre balsâmico de pêssego
Folhas de coentro fresco picadas
Queijo feta esmigalhado com as mãos
Sal Maldon e pimenta do reino moída na hora
Misture tudo, tempere e sirva. [Hmmmmhh!]

salada de cogumelos
[com erva-doce & parmesão]

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Sou daquelas que nunca passa indiferente diante de uma cestinha de cogumelos frescos. Pra mim, eles sãoo irresistíveis. Compro sempre e muitos, se forem selvagem ou orgânico melhor ainda. Não desprezo, não ignoro, não evito. Mas só compro os não venenosos—que isso fique bem claro [*pisc!]. Desta vez acumulei um pacotão dos pequenos creminis e dos saborosos shiitakes, que foi o que usei para fazer uma adaptação dessa receita. Troquei o salsão e a salsinha da receita original pela erva-doce e ciboulette. Ficou muito bom, mas ainda vou refazer usando os ingredientes indicados. Duas notas super importantes sobre cogumelos frescos: guarde sempre os cogumelos em sacos ou embalagens de papel, nunca em nada de plástico. Embalados em papel eles duram por tempo indeterminado na geladeira—vão secar, mas continuam bons e podem ser reidratados e usados. Em embalagens de plástico eles murcham e mofam. E cogumelos frescos não devem ser lavados, no máximo escovados delicadamente ou limpos com um paninho ou folha de papel, apenas para remover qualquer eventual resíduo de terra.

7 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
1/2 quilo de cogumelos frescos [cremini & shiitake]
2 colheres de sopade suco de limão
2 bulbos de erva-doce fatiados bem fininho
[use um mandoline, se tiver um]
1 xícara de queijo parmigiano reggiano em fatias finíssimas
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora
1/4 xícara de ciboulette picadinha

Refogue os cogumelos e, 3 colheres de sopa de azeite sobre fogo médio por 5 minutos ou até eles ficarem dourados. Tempere com sal e pimenta e deixe esfriar.

Numa saladeira coloque as 4 colheres de sopa restantes de azeite e o suco de limão. Tempere com sal e pimenta. Misture bem e adicione a erva-doce fatiada, os cogumelos refogados e frios, o queijo e as cibouletes. Misture bem e sirva.

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panzanella de aspargos

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A salada que levei para o nosso picnic chuvarento merecia ser publicada aqui. Preparei ums receita no dia usando ervilhas frescas, além dos aspargos. E refiz no dia seguinte, usando vagens no lugar das ervilhas. Das duas maneiras ficou muito bom. A panzanella é uma salada de verão, geralmente feita com tomates e manjericão. Mas há variações de primavera e os aspargos ficam perfeitos nessa reinterpretação desse prato clássico.

faça os croutons:
1 pão rústico pequeno e amanhecido
Queijo parmesão ralado
Pimenta do reino moída na hora
Um maço pequeno de tomilho fresco picadinho
Azeite

Corte o pão em cubinhos pequenos, tempere com a pimenta, o tomilho, o queijo ralado e o azeite. Mexa bem para incorporar os temperos, espalhe sobre uma assadeira coberta com papel alumínio e asse em forno pré-aquecido em 400ºF/ 205ºC por 15 minutos ou até os croutons ficarem dourados e crocantes. Retire do forno, deixe esfriar e reserve.

faça a salada:
1 maço de aspargos frescos
1 pacote de vagens verdes [ou 2 xícaras de ervilhas frescas]
Meia cebola roxa cortada em fatias finas
Ciboulettes e folhas de hortelã fresco picados
Cubinhos de qualquer queijo firme
[*usei um queijo toscano com syrah na primeira versão e o queijo asiago na segunda]
Raspas e suco de um limão [*usei o Meyer]
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora
Azeite a gosto

Remova a parte dura da extremidade inferior dos aspargos, coloque eles inteiros numa vasilha e regue com um fio de azeite. Coloque os aspargos numa grelha ou frigideira e cozinhe até eles ficarem al dente. Não deixe cozinhar demais! Remova os aspargos da grelha e deixe esfriar num prato. Reserve. Cozinhe as ervilhas ou as vagens por uns minutos em água fervendo. Também não deixe cozinhar muito, especialmente as vagens que não devem ficar molengas. Escorra e reserve. Coloque as fatias de cebola numa vasilha com água gelada e um pouco de vinagre de vinho. Deixe descansar por uns 10 minutos, escorra e reserve. Numa saladeira coloque os aspargos grelhados e picados, as ervilhas ou vagens cozidas [pique as vagens também], a cebola, as ervas e as raspas de limão. Misture bem, tempere com sal e pimenta do reino moída na hora, o suco de limão e azeite a gosto. Junte os cubinhos de queijo e os croutons, mexa para incorporar e sirva.

Essa salada guarda bem de um dia para o outro na geladeira se porventura houver o milagre das sobras. Adoro quando isso acontece!

salada waldorf com trigo

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Fiz essa receita duas vezes pra poder gastar um estoque de trigo em grão. Não gosto de ficar guardando ingredientes por muito tempo na despensa. Gosto de ir usando, gastando e repondo. Acho que é mais seguro e saudavel, mesmo com grãos secos. Essa é uma ideia da revista Gourmet de outubro de 1995 que adapta a famosa salada Waldorf numa versão mais nutritiva [e hiponga—hahaha!]. Ficou super deliciosa e bem robusta. É praticamente uma refeição.

4 xícaras de água
3/4 colher de chá de sal
1 xícara de trigo em grão [wheat berries—whole-grain wheat]
2 colheres de sopa de nozes tostadas e picadas [ou esmigalhadas]
1 maçã gala
1 maçã granny smith
1 talo de salsão em fatias
2/3 xícara de folhas de hortelã fresco
1/2 xícara de cerejas azedas secas [dried sour cherries]
Ciboulettes picadas
3 colheres de sopa de vinagre de arroz [seasoned rice vinegar]
3 colheres de sopa de suco de laranja
3/4 colher de chá de raspas da casca da laranja
Folhas de alface para servir [*opcional]

Numa panela coloque a água e o sal para ferver e então coloque o trigo em grão. Abaixe o fogo, cubra a panela e cozinhe até a água secar completamente e os grãos ficarem bem macios. Remova do fogo e deixe esfriar. Corte as maçãs em cubinhos e coloque numa vasilha grande. Junte o trigo em grão cozido e em temperatura ambiente. Junte os outros ingredientes, menos a alface. Tempere com sal e pimenta do reino moída na hora. Misture bem e sirva sobre folhas de alface se quiser. Eu quis.

salada de cenoura
[com harissa & limão]

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O pessoal da cesta orgânica avisou que as cenouras já se retiraram de cena nesta temporada. Recebi as últimas há duas semanas e quis me despedir delas com um prato interessante. Escolhi essa salada marroquina com limões preservados no sal e harissa, a pasta de pimenta tradicional do norte da Africa. Você pode deixar a salada um pouco mais ou um pouco menos apimentada, aumentando ou diminuindo a quantidade de harissa.

faz de 8 a 10 porções
10 cenouras
2 colheres de sopa de harissa
4 colheres de sopa de preserved lemon [mais ou menos 1 limão]
5 dentes de alho picados [*omiti]
1/4 xícara de azeite extra-virgem
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
1/4 de maço de coentro fresco
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Corte as cenouras em rodelas. Numa panela ferva 4 xícaras de água com sal. Jogue as cenouras e cozinhe por uns 10 minutos ou até as cenouras ficarem macias, mas ainda firmes. Coe e deixe esfriar. Misture as cenouras com os ingredientes restantes e leve a geladeira, deixando macerar de um dia para o outro. Sirva em temperatura ambiente.

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laranja vermelha & erva-doce

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Sabe quando você gasta um tempão preparando o almoço ou jantar e no último segundo percebe que esqueceu de fazer uma salada e não tem nenhum tipo de folha verde na geladeira? Foi o que aconteceu nesse dia. E eu tenho essa mania de comer salada todo dia, faça sol ou chuva, calor ou frio. Sem salada parece que algo ficou faltando. Por isso improvisei essa salada de laranja, usando as duas derradeiras laranjas vermelhas que tinham sobrado das compras da semana anterior no Farmers Market e um bulbo de erva-doce bem pequeno, conteúdo da cesta orgânica. Descasca as laranjas com cuidado pra remover toda a parte branca, rala a erva-doce no mandoline, arranja num prato ou travessa linda e tempera com floquinhos de sal Maldon, pimenta do reino moída na hora, vinagre balsâmico de pêssego [tô viciadona nesse troço!] e azeite extra-virgem. Serve-se em seguida.

salada de frutas [de outono]

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laranja—maçã—caqui—romã—nozes—maple syrup.

o que comeu-se

perabalsamico
salada de pera & queijo cabra

pizza-abobora
pizza de abóbora & sálvia

rabanetecomcoentro.jpg
salada de rabanete & coentro

marmelada
marmelada pedaçuda

Durante o final de semana eu cozinho bastante, mas não faço nada excepcional e não tenho mais a menor vontade de fotografar tudo o que faço. Uso o instagram no iphone pra registrar uma coisa ou outra e se o resultado ficar legal, publico aqui. Esses foram os rangos brejeiros que ganharam destaque.

Salada de pera asiática fatiada bem fininha, temperada com balsâmico de fruta e acompanhada de queijo de cabra envelhecido.

Pizza de abóbora e sálvia. A butternut squash foi fatiada no mandoline, temperada com sal, pimenta e azeite e assada por 15 minutos. Cobre-se a massa de pizza pré-assada com um queijo cremoso [ricota, cream cheese ou queijo de cabra] espalha as fatias de abóbora, salpica com queijo parmesão ralado e leva ao forno por uns minutos. Na hora de servir espalha por cima folhinhas de sálvia que foram previamente fritas em óleo bem quente.

Salada de rabanetes e coentros, que neste momento abundam na cesta orgânica. Fatia-se os rabanetes usando o mandoline, tempera com sal, pimenta do reino moída na hora, azeite, suco de limão e balsâmico de pêssego. Salpica com as folhas de coentro fresco e serve. Fica muito bom, bem refrescante.

E finalmente a marmelada, que é só marmelo descascado e cortado em pedaços, suco de limão, um pouco de água e açúcar mascavo. E cozinha, cozinha, cozinha, cozinha, cozinha, cozinha, mexendo vez ou outra, com a panela semi-tampada e sempre em fogo baixo. Fiz sem medida. Quem descasca os marmelos é sempre o Uriel. Salva de palmas pra ele, pois descascar e limpar marmelo não é fácil!

salada outonal

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Adoro as saladas de outono, porque elas são reconfortantes. Sempre coloco algum legume assado junto com folhas verdes, muitas vezes adiciono algumas nozes recém colhidas e super frescas ou uma fruta ou fatias finíssimas de um queijo forte. Como salada o ano inteiro, não tenho problema em consumí-las quando está frio, justamente por causa dos ingredientes que mudam conforme a estação e se ajustam às necessidades do seu corpo. Nessa salada usei folhas picantes de rúcula e cubinhos de butternut squash assados, feijão branco cozido e sementes de romã. Temperei com azeite de oliva da variedade arbequina e um vinagre balsâmico de pêssego, super doce e suave. Todos os ingredientes locais, com exceção do sal e da pimenta do reino. Não tem nada melhor que isso!

salada de tomates coloridos
[com farofinha crocante]

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Mais uma salada de tomate! Minha rotina neste mês de agosto está assim: salada de tomate no almoço—salada de tomate no jantar—repete. Preciso aproveitar, porque logo a temporada acaba e daí tomates frescos na minha cozinha somente no próximo ano. Essa salada ficou muito interessante. Dei uma simplificada na farofa, eliminando a echalota e o alho da receita original. Também porque no almoço a salada faz parte do meu picnic diário que faço no páteo externo, atrás do prédio onde trabalho. Alho e cebola no almoço devem ser evitados para não constanger seus colegas de trabalho com um bafão digestivo, né? E pra fazer essa salada portátil, coloquei a farofinha num potinho separado e polvilhei por cima dos tomates somente na hora de servir. A foto não mostra, porque esqueci de colocar para fazer o clique, mas as folhinhas picadas de manjericão são um extra importante e não podem faltar.

para a farofa
4 fatias de pão amanhecido
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado

para a salada
500 gr de tomates cerejas de diversas cores
2 colheres de chá de azeite
1 colher de sopa de vinagre de vinho
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
1 pitada de açúcar
Folhas de manjericão fresco picadas

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Pique o pão e coloque num processador de alimentos, pulsando até obter uma farofa grossa. Misture com o sal, pimenta e o queijo parmesão, espalhe sobre uma assadeira coberta com papel alumínio e leve ao forno por uns 15 minutos ou até que o pão fique torradinho e levemente dourado. Remova do forno e deixe esfriar.

Corte os tomates ao meio e arranje numa travessa. Misture o vinagre, azeite, sal, pimenta e açúcar e bata bem com um batedor de arame até formar um creme, todos os ingredientes bem emulsificados. Despeje o molho sobre os tomates, salpique com a farofa e as folhinhas de manjericão e sirva imediatamente.

salada de abobrinha grelhada

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Há muitas abobrinhas na minha geladeira neste momento, das verdes escuras, verdes claras e das amarelas. Portanto faz-se urgente gastá-las. E eu gastei umas quatro, fazendo essa salada duas vezes. Mudei um dos passos, porque não queria fritar, então fiz na grelha [usei uma skillet grill].

4 abobrinhas médias cortadas em fatias grossas
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
Azeite de oliva
1/2 limão espremido
1 colher de chá de mel
Folhas de manjericão fresco
Folhas de hortelã fresco

Coloque as fatias grossas de abobrinha numa vasilha e tempere com azeite, sal e pimenta do reino. Ponha a grelha no fogo e ajeite as fatias por cima. Deixe cozinhar bem dos dois lados, virando. Misture o limão com o mel. Ajeite as fatias grelhadas das abobrinhas numa travessa e regue com o molho de limão. Espalhe folhas de manjericão e hortelã por cima. Moa um pouco mais de pimenta extra por cima, se quiser. Sirva imediatamente..

salada de vagem & queijo feta

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Essa é uma salada que nem parece ser grande coisa, ainda mais porque a base dela é a vagem—legume que não me seduz muito. Mas olha, que agradável surpresa! A receita saiu do meu blog favorito do momento e me deu a oportunidade de gastar um tantão de vagens, que agora andam chegando aos montes na cesta orgânica.

serve 4 porções
500 gr de vagens
120 gr de queijo feta
1/4 de cebola roxa cortada em fatias finérrimas
Folhas de manjerona ou orégano fresco [*usei orégano]
1/4 xícara de azeite de oliva extra-virgem
1 limão, casca ralada e suco espremido
1 pingo de nectar de agave ou açúcar [*usei mel]

Numa panela coloque as vagens e um pouquinho de água e leve ao fogo. Deixe ferver e remova, apenas para as vagens ficarem levemente cozidas, al dente. Não deixe ficarem moles. Coe e deixe esfriar. Numa travessa coloque o azeite, o suco e raspas do limão e o agave [usei mel]. Misture bem com um batedor de arame até emulsificar. Junte as fatias de cebola, as vagens, a manjerona ou orégano fresco [usei orégano] e o queijo feta esmigalhado. Misture bem, leve à geladeira para gelar e depois sirva.

salada caprese
[com vinagre de mel]

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O supermercado que eu frequento aqui em Woodland [o Nugget Market] não é perfeito, nem tem todas as coisaradas orgânicas que o Co-op de Davis oferece. Mas ele tem muita coisa diferente, produtos locais e inúmeras sofisticações. Pelo que tenho encontrado nas prateleiras. posso imaginar que deve ter uma população de foodies na cidade, porque muitos ingredientes oferecidos ali não são pra qualquer um. Como esse vinagre feito de mel de castanha, que coloquei no carrinho assim que vi. Eu não sabia que era possível fazer vinagre de mel, mas é! No mesmo dia que adquiri essa novidade, já testei temperando uma salada caprese feita com dois tipos de tomates orgânicos ultra maduros, mussarela fresca e folhas de manjericão. O sabor do vinagre de mel é bem delicado. Gostei muitíssimo!

salada de pepino, salsão & atum

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Fiz essa salada e comi ela inteirinha, não tenho nem um pingo de vergonha de admitir. Eu janto sozinha três noites por semana, então se calhar de aparecer uma salada gostosa como essa, sinto muito mas eu devoro tudo mesmo, sem nem pestanejar ou sentir culpa. E ela ficou gostosa, refrescante, substanciosa além de me dar a oportunidade de gastar alguns pepinos, que no momento abundam na minha geladeira.

da revistinha Everyday Food
serve 4 porções [ooopss!]
2 colheres de sopa de sementes de papula [*não tinha e omiti]
3 colheres de sopa de vinagre de arroz
1 colher de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
2 pepinos cortados de comprido e depois enviezado
3 talos de salsão [aipo] cortados em partes grandes
[*reserve as folhas do salsão para decorar]
1 lata de atum drenada [*usei a conservada no azeite]
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora

Numa saladeira misture as sementes de papoula [eu não usei], o vinagre, o açúcar e o azeite. Adicione o pepino, o salsão e o atum. Misture bem. Tempere com sal e pimenta do reino moída na hora e decore com as folhas separadas do salsão. Sirva imediatamente ou guarde na geladeira em recipiente coberto por um dia.

salada de pepino & melão

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Um melãozinho dulcíssimo e um monte de pepinos chegaram na cesta orgânica. Foi o sinal de largada pra eu finalmente fazer essa incrível salada. A receita pede pepinos kirby. Use qualquer pepino que tenha a polpa bem firme, os melhores são as variedades recomendadas para fazer pickles.

faz 6 porções
4 pepinos descascados e cortados em cubos
3 xícaras de melão maduro, descascado e cortado em cubos
2 colheres de sopa, mais 2 colheres de chá de açúcar
1 colher de sopa de sal
Pimenta do reino moída na hora a gosto
2 fatias de prosciutto de excelente qualidade cortado em fatias
[ou queijo feta esmigalhado, para quem não come carne]

Misture os cubos de pepino e melão numa vasilha. Salpique com o açúcar e o sal e misture bem. A salada vai começar a "suar" e soltar liquido. Reserve por uns 20 minutos. Coe usando uma peneira. Coloque a peneira com a salada sobre uma vasilha e leve à geladeira. Na hora de servir, remova da geladeira, junte o prosciutto [ou o feta cheese] e tempere com pimenta do reino moída. Divida em porções e sirva.

salada de tomate & erva-doce

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A época mais feliz do ano pra mim é quando os tomates californianos começam a aparecer nas feiras e mercados. Eu só como tomate nesta época, porque no resto do ano os tomates vêm da Flórida ou do México, onde a industria usa práticas absurdamente insustentáveis e faz uso de mão de obra escrava. E pra piorar, esses tomates são uma farsa, isto é, não têm gosto de nada. Me recuso a fazer parte dessa parada, por isso me contento com o festim do verão, quando consumo os tomates orgânicos plantados e colhidos na minha região. É por isso que de julho a setembo receitas com tomates frescos abundam por aqui. Essa receita de salada eu pesquei do jornal britânico The Independent. Ficou realmente uma delícia.

serve de 4 a 6 porções
350 gr de tomates orgânicos maduros [pode misturar variedades]
1 bulbo de erva-doce cortado em fatias bem finas no mandoline
80 gr de queijo parmesão ou pecorino em fatias finas
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora
1 colher de sopa de vinagre de vinho branco ou cidra de boa qualidade
4 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem

Corte os tomates e misture com a erva-doce. Junte também algumas folhinhas verdes da erva-doce. Misture o vinagre com o azeite e tempere a salada. Tempere com sal e pimenta, junte o queijo—eu usei o parmesão, e sirva.

sunomono

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O meu sunomono eu faço do jeito que mais gosto. Apenas fatio o pepino bem fininho usando um mandoline, preparo um molhinho com 1 colher de sopa de vinagre de arroz, 1 colher de sopa de mirin, 1/2 colher de chá de açúcar e 1/4 colher de chá de sal. Misturar bem e temperar o pepino. Depois é só salpicar com bastante [eu gosto de bastante] sementes de gergelim torradas. Eu já compro as sementinhas torradas no mercadinho asiático, mas pode-se torrar as sementes cruas bem rapidinho numa frigideira, no fogo. Mas cuidado, fique de olho porque elas torram numa piscada. Misture bem e sirva. Adoro essa salada adocicada de pepino.

salada de salsão & maçã
[com horseradish]

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Eu tinha planejado fazer essa receita com aquele preparado de horseradish que vende em qualquer lugar, mas meus planos naufragaram quando vi que o vidro que eu tinha na despensa estava com a validade expirada [em 2009!]. Daí resolvi seguir as instruções à risca e procurei no meu Co-op pela raiz fresca de horseradish. Nunca tinha visto ou prestado atenção nesse ingrediente na versão natural. Comprei um pedacinho pequeno e usei apenas um milhonésimo para fazer essa salada. Agora preciso achar outros usos para gastar o naco de horseradish que tenho guardado na geladeira. A salada ficou muito boa—crocante, refrescante, levemente adocicada e picante.

faz duas porções
1/4 xícara de sour cream [ou iogurte grego]
1 colher de sopa de raiz de horseradish fresca ralada
[*pode usar a preparada, caso não encontre fresca]
1/2 colher de chá de suco de limão
1/4 colher chá de mostarda Dijon
Gotas de Tabasco
1 maçã grande cortada em cubos [não precisa descascar]
1 talo de salsão [aipo] cortado em pedaços pequenos
1/4 xícara de nozes, pecans ou avelãs tostadas e picadas grosseiramente [*usei nozes]
Sal marinho ou kosher
Pimenta do reino moída na hora
Numa vasilha pequena misture o sour cream [ou iogurte grego], o horseradish ralado, o suco de limão, a mostarda e umas 3 gotas de Tabasco. Junte a maçã, o salsão e as nozes. Tempere com sal e pimenta. Misture bem e sirva.

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a raiz fresca de horseradish

pera com prosciutto

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Achei essa receita, perdi essa receita, fiquei com a idéia na cabeça, comprei peras, comprei prosciutto, comemos as peras, comemos o prosciutto, achei a receita novamente quando reorganizava minha pilha de revistas, comprei peras novamente, comprei mais prosciutto, comemos metade das peras, no sábado finalmente coloquei a idéia em prática. Ela saiu de uma das minhas revistas favoritas—a SUNSET, que aborda a vida no oeste dos EUA.

O Uriel foi almoçar com um ex-aluno no sábado e preparei as peras enroladas no prosciutto só pra mim. Ficou tão bom que repeti a dose no domingo, fazendo uma porção maior pra nós dois. O que sobrou ele ainda levou na marmitinha pro trabalho.

Corte as peras ao meio, depois em quatro e depois em oito. Enrole cada pedaço de pera numa fatia bem fina de prosciutto. Ajeite tudo numa travessa, salpique com sal kosher [ou flor de sal ou maldon], regue com um pingo de vinagre jerez [sherry] e com um fio de azeite de oliva extra-virgem. Sirva.

salada mezzaluna

Outra receita do livrão do New York Times—The Essential Cookbook. E essa ainda levava rúcula, mas como eu não tinha fiz sem ela mesmo. Ficou muito gostosa. Servi acompanhando um peito de frango assado que fiz na churrasqueira.salada-radicchioNYT_1S.jpg

6 corações de alcachofra, escorridos e cortados em pedacinhos
1/2 bulbo de erva-doce ralado
1 talo de salsão ralado
5 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
1 radicchio pequeno cortado em pedaços
Fatias finíssimas de queijo parmesão
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
Sal e pimenta moída a gosto

Misture a alcachofra picada com o salsão e erva-doce. Tempere com 1 colher de sopa de azeite. Em vasilhas individuais coloque o radicchio picado, a mistura de alcachofra por cima e decore com o queijo parmesão. Tempere cada porção com o restante do azeite, mais o balsâmico e sal e pimenta. Sirva.

salada de brócolis romanesco

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Está para ser criado [certamente pela Monsanto] um legume que eu não goste. Não é comum eu virar o nariz para nenhum deles, talvez com exceção do nabo—que vamos admitir, não é o troço mais saboroso que existe. Por isso não sei por que peguei tanta implicância com o romanesco. Talvez por ele ficar em cima do muro, não ser nem brócolis, nem couve-flor e ter essa cara de nave espacial de animação da Pixar. É o famoso legume estrupício ou brócolis intergalactico, que começa a aparecer por essa época na minha cesta orgânica e me faz ficar naquele empurra-empurra e algumas vezes até fazendo escambos indecorosos—troco esse romanesco por qualquer outra coisa! Mas neste dia eu me enchi de coragem e declarei—não curto muito, mas ficarei com ele esta semana. E consequentemente fiz essa salada.

1 romanesco médio
1 cenoura grande
1 punhadinho de sementes de girassol
4 peppadew picadinhas
1 punhadinho de folhas de coentro fresco
Algumas azeitonas verdes pequenas

Corte as cenoras em rodelas ou em diagonal e cozinhe rapidamente no vapor. Não deixe ficar mole. Deixe esfriar. Corte as florzinhas do romanesco e também cozinhe no vapor. Não deixe amolecer. Deixe os legumes al dente. Deixe esfriar. Numa saladeira misture os legumes cozidos, as sementes tostadas [que eu tosto rapidamente na frigideira], os peppadew picadinhos, as azeitonas e o coentro picadinho.

Prepare o molho, misturando o suco de 1 limão cravo, sal marinho, azeite extra-virgem e um pouquinho de pasta de tomate [dessas no tubo]. Bata bem com um batedor de arame até formar um creme e tempere a salada. Sirva em seguida.

salada de laranja vermelha, tâmara, rúcula e amêndoa

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É realmente um fato incrível o tanto que essa salada me surpreendeu. Uma salada é uma salada é uma salada. Mas essa me fez dar um pulo na cadeira logo na primeira garfada. Não vou saber apontar exatamente o que foi que causou todo esse espanto, sendo que já comi outras saladas assim, com vários desses ingredientes juntos. Salada de laranja é um prato assíduo nas minhas refeições durante o inverno. Mas essa mistura em particular, mas o detalhe do óleo de nozes, fez dessa um prato único e extraordinário. A receita saiu do livrão—The Essential New York Times Cookbook.

Folhas de rúcula
Tâmaras
Laranja vermelha [Blood orange]
Amêndoas torradas
Fatias finas de queijo parmesão
Pimenta do reino
Óleo de nozes

Monte a salada com uma camada de rúcula, por cima salpique as tâmaras descaroçadas e picadas em pedacinhos, depois a laranja descascada e cortada em partes, depois as amêndoas e por fim as fatias de parmesão. Polvilhe com pimenta do reino moída na hora e por último regue com um fio generoso de óleo de nozes. Sirva imediatamente.

[*vale a pena salientar que todos os ingredientes, com exceção do queijo parmesão e da pimenta do reino, são locais, sazonais e orgânicos]

salada de laranja [picante]

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Eu servi como salada, mas essas fatias de laranja podem acompanhar carnes ou até virar sobremesa. Por que não? Porque as laranjas estão abundantes, lindas, suculentas e essas ainda são orgânicas. Descasque* e corte a laranja em fatias. Arrume num prato ou travessa e pingue gotas de limão [usei o limão cravo], um fio de azeite extra virgem, uma pitada de sal [usei o Maldon] e uma pitada de pimenta vermelha em pó [usei a ancho chile, mas da próxima vez usarei a cayenne]. Sirva!

*guarde as cascas da laranja pra jogar no fogo da lareira. perfuma a casa!

rémoulade de couve rábano

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Eu simplesmente adoro essas saladas cremosas onde você pode misturar o legume mais sem graça do mundo com uma frutinha seca ou fresca, umas ervinhas, acrescentar um molho bem caprichado e servir o prato mais disputado da refeição—aquele que não vai sobrar! E ninguém vai nem perceber que a base da salada era um repolhão encalhado ou um daqueles inúmeros bulbos que aparecem na cesta orgânica e nem sempre você sabe o que fazer com eles. Um exemplo é o kohlrabi, também chamado de nabo alemão ou couve rábano. Eu adoro a doçura desse legume, mas tenho que admitir que não é muito fácil achar mais do que doze maneiras criativas de usá-lo. E estou recebendo kohlrabis gigantescos todas as semanas na cesta orgânica. Desta vez usei metade de um para fazer esse rémoulade. A receita mais comum é a feita com a raiz de salsão, que é um bulbo com uma textura bem mais sedosa. Mas com o kohlrabi também ficou muito bom. O segredo é o molho e eu faço sempre com sour cream ou iogurte. Nesse usei o iogurte grego.

salada
1 couve rábano [kohlrabi] ralada
1 caqui de polpa firme cortado em cubinhos
Ceboulette picadinha a gosto.
Misture todos os ingredientes. Reserve.
molho
Iogurte grego
Suco de limão
Mostarda Dijon
Azeite
Sal e pimenta do reino [*usei a pimenta com limão]
Misture todos os ingredientes e bata bem com um batedor de arame até formar um molho bem cremoso. Tempere a salada e sirva.

a salada clássica de outono

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Duas abóboras pequenas me esperavam na bancada da cozinha. Na geladeira, cebolas roxas. No Farmers Market, abundância de folhas verdes, incluíndo a minha favorita—rúcula. Essa salada é pra mim a cara do outono e repito sempre, com variações aqui e ali. Sempre asso a abóbora, pois acho muito mais fácil, prático e saboroso. Só tempero os cubinhos com um fio de azeite e sal. Desta vez acrescentei folhinhas de tomilho fresco. Asso por 40 minutos em forno 400ºF/ 205ºC. A cebola roxa eu corto finérrima com o mandoline [cuidado!] e deixo de molho na água gelada misturada com vinagre de vinho. Isso tira um pouco a ardência e deixa a cebola suave e adocicada. Tostei um punhado de nozes na frigideira e coloquei outro punhado de berberis secas [zereshk] de molho na água para elas amolecerem um pouco. Essas frutinhas secas podem ser encontradas em mercadinhos internacionais. Monte a salada:

[folhas de rúcula, rodelas de cebola roxa, nozes, cubos de abóbora assados, zereshk]

E tempere com um vinagrete preparado com suco de limão, óleo de nozes, sal marinho [usei Maldon], pimenta do reino e um pouco de mostarda. Bata bem com um batedor de arame até o molho ficar bem emulsificado. Tempere a salada com ele e sirva imediatamente.

salada de melão com bacon

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Vi essa salada primeiro no The Kitchn. Ela foi inspirada numa outra do Nigel Slater. Não tive como fingir que não vi. Fiz e comi tudo sozinha. Tá certo que usei um melão pequeno e comi só a salada, como prato único e principal. Mas não consegui parar! A receita dá uma quantidade pra um monte de molho e alerta que você não vai usar tudo—o que é verdade e não faz absolutamente nenhum sentido. Eu guardei metade pra usar numa outra receita, mas o melhor seria diminuir a quantidade. Como as duas versões da receita mostram a mesma quantidade de molho, vou colocar tal e qual. Diminua se quiser ou guarde a outra parte para outra salada, como eu fiz. Os melões são frutas típicas do nosso verão e estão no pico da onda neste momento. São tantas variedades, todos deliciosos, dulcíssimos, temos que aproveitar.

cool melon salad with hot bacon
serve 2 como prato principal ou 4 como acompanhamento
para a salada
5 fatias de bacon defumado cortado em pedaços de 7 cm
[*uso sempre o bacon do Niman Ranch]
1 melão pequeno, tipo cantaloupe, bem maduro
Folhas de hortelã fresca picadas
1 punhado de folhas de baby rúcula bem lavadas
para o molho
4 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de mel
3 colheres de sopa de suco de limão
Pimenta do reino moída na hora

Frite o bacon numa frigideira ou faça no microondas—prometo não contar pra ninguém, se você também não contar que eu uso sempre esse truque para fazer bacon crocante rapidamente e sem empestear a cozinha.

Descasque o melão, remova as sementes e corte em cubos grandes. Misture os ingredientes do molho numa vasilha e bata bem com o batedor de arame até ficar bem emulsificado.

Misture os cubos de melão, a rúcula, as folhas de hortelã picadas e tempere com o molho. Junte o bacon frito e misture mais uma vez. Sirva imediatamente.

salada de salsão & tofu

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Juntar dois ingredientes bem sem graça e fazer uma salada bem deliciosa é realmente uma grande façanha, que só pode ser executada pela mágica da culinária. O tofu e o salsão, temperados com especiarias, ficam deliciosos nessa receitinha perpetrada pelo minimalista Mark Bittman.

faz 4 porções
1 xícara de óleo de amendoim [*usei de semente de uva]
1 pedaço de gengibre de 5cm cortado em fatias grossas
1 pauzinho de canela
3 cravos
1 colher de chá de sementes de coentro [coriander]
1 colher de chá de sementes de cominho [cumin]
4 anis estrelado
1 colher de sopa de pimenta Sichuan [*usei pimenta preta]
1/4 xícara de pimenta vermelha em flocos
Sal a gosto
1 maço de salsão chines cortado em fatias [*usei salsão comum]
150 gr de tofu prensado cortado em tiras [*usei tofu super firme]

Numa panela coloque o óleo e aqueça em fogo médio. Quando começar a borbulhar, junte o gengibre, canla, cravos, sementes de coentro e cominho, anis estrelado, pimentaem grão e flocos de pimenta. Remova do fogo e reserve. Deixe descansar por elo manos 1 hora—preferivelmente de 2 a 3 horas. Coe o óleo para remover os temperos.

Numa panela com água salgada fervendo, jogue o salsão e cozinhe por 1 minuto. Coe e lave rapidamente com água fria.

Misture o salsão com o tofu, tempere com o óleo, sal a gosto e sirva.

salada de couve

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Na rebolação semanal para aproveitar as folhas verdes que chegam praticamente durante o ano inteiro na cesta orgânica, procuro receitas que saiam da mesmice dos refogados. Usei duas idéias diferentes, para aproveitar um maço de kale. Fiz a minha versão. Usei a dino kale, ou dinosaur kale, também conhecida como cavolo nero—uma folha bem rústica com uma cor verde bem escura.

Lave e seque bem as folhas verdes, e pique com as mãos em pedacinhos. Coloque numa saladeira e junte pimentões piquillos ou pimentões comuns assados também cortados em pedaços com a faca. Misture um punhado de amendoins orgânicos torrados. e tempere com um molho feito com: azeite, vinagre de cidra, sal marinho, uma pitadinha de açúcar mascavo, pimenta vermelha em flocos. Misture bem, deixe macerando por uma meia hora e sirva.

salada de tomate
[com molho de manjericão]

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A disposição para adaptar e substituir ingredientes muitas vezes nos abre as portas para outras inúmeras possibilidades outrora nem imaginadas. Comigo esse troca-troca é super relax—não tem isso, vai aquilo mesmo, não gosto disso, troco por aquele outro. Não tenho muitos pudores. A saladinha sugerida como acompanhamento na revista Everyday Food levava tomates verdes, que eram grelhados e temperados com um molho de maionese. Eu troquei os verdes pelos vermelhos, não grelhei e substituí a maionese por sour cream, que se ajusta mais ao meu paladar. Ficou uma salada bem diferente.

No processador ou liquidificador combine 1/4 xícara de sour cream, 2 colheres de sopa de azeite, 1/4 xícara de folhas frescas de manjericão, 1 dente de alho pequeno e 1 colher de sopa de suco fresco de limão.

Corte os tomates em rodelas e coloque numa travessa, salpique com sal e pimenta do reino moída na hora. Tempere com o molho e sirva.

»se quiser fazer a receita original, grelhe as fatias de tomate verde numa grelha untada com óleo por uns minutos de cada lado. use a maionese no molho, mas remova o azeite. só isso!

salada de batata e cenoura com molho de limão

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Isso é tão fácil e óbvio de fazer que parece até que não é receita. Mas surpreenda-se comprando um punhado de batatinhas novas, daquelas primeiras da estação, recém colhidas ainda com cheiro de terra, simplesmente as melhores e as mais saborosas. Compre também cenouras. Lave bem mas não descasque nada. As cenouras podem ser cortadas em diagonal. Coloque batatinhas novas e cenouras numa panela com água e uma pitada de sal. Cozinhe até as batatas amolecerem. Agora espere esfriar um pouco, puxe a pele das batatas com a ponta dos dedos e vupt. Pronto, elas vão com as cenouras pra uma saladeira. Daí é só preparar um molho com um limão grande—a casca ralada e o suco espremido, bastante azeite extra-virgem, um pinguinho de mostarda marrom, um punhadinho de sal [usei Maldon], uma polvilhada com pimenta do reino moída na hora e uns raminhos de ciboulettes [chives] picadinhos. Só isso, misture bem, tempere os legumes, pode deixar marinando uns minutos se quiser e pode servir. Não vai ter sobras!

coleslaw de favas verdes

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As favas verdes são uma preciosidade que só aparecem durante um período bem breve da nossa primavera. Temos que aproveitar. Gosto de assá-las inteiras no forno, com um fio de azeite e uma pitada de sal marinho e depois comer abrindo uma por uma com as mãos. Isso com certeza revela a preguiça imensa que tenho de debulhar as vagens, mesmo sabendo que vou me deliciar com as favas tão saborosas. Mas neste dia eu estava disposta. Não só debulhei um pacotão de vagens, como também despelei fava por fava. Cozinhei brevemente em água com sal e usei para fazer uma salada.

A principio queria nomear esse prato como salada com o que tinha na geladeira, mas como as favas verdes são deveras especiais e não apenas ficam na geladeira, mas são guardadas com carinho e antecipação, decidi descartar a idéia. O que realmente estava encalhado na geladeira era metade de um repolho e um rabanete psicodélico. Acho que qualquer prato frio que involva repolho cru e ralado pode ser classificado como coleslaw, então me resignei a nomear essa salada uma coleslaw de favas ou uma fava slaw, como bem quiserem.

Usei:
Meio repolho cortado fininho [com um mandoline]
Um rabanete psicodélico ralado
Duas xícaras de favas verdes descascadas e cozidas

Temperei com:
Suco e casca ralada de um limão
Uma colher de chá de mostarda doce
Sal a gosto [usei o Maldon]
Pimenta do reino moída na hora
Bastante azeite de oliva extra-virgem

Misturar tudo muito bem e servir.

radichio com aliche

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Para usar esses lindos radicchios di Verona, tirei a receita de um outro livro belíssimo da Tessa Kiros, o Venezia — food & dreams. Pra quem gosta do amarguinho dessa verdura, a adição da docura intrigante do molho de aliche faz dessa salada um prato completo e perfeito.

Usei:
2 radicchios pequenos bem lavados e cortados em quatro
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 dente de alho grande amassado
4 filés de aliche [anchova] em azeite [coe o azeite]
1 colher de sopa de alcaparras [coadas]
1 colher de sopa de vinagre de vinho

Coloque os radicchios cortados em quatro numa travessa. Numa panela, coloque o azeite, o dente de alho e os filés de aliche e aqueça em fogo baixo, esmagando o aliche com um garfo, até ele dissolver e formar uma pasta. Remova do fogo, adicione as alcaparras. Deixe esfriar um pouquinho, remova o alho esmagado. Jogue esse azeite sobre as folhas de radicchio. Na panela, adicione o vinagre e com a ajuda de uma colher de pau ou espátula, limpe bem todos os resíduos do azeite com aliche. Jogue esse vinagre sobre os radicchios e sirva, como acompanhamentou ou entrada, junto com pedaços de pão rústico.

coleslaw de aspargos

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Com meio repolho e quatro aspargos magrinhos, fiz um coleslaw que ficou deveras interessante. Usei um punhado de dried currants—aquelas passas super micro, e um vinagrete de limão.

Rale meio repolho e fatie os aspargos usando um mandoline. Junte um punhado de currants, ou passas, ou outra fruta seca da sua preferência. Faça um vinagrete com o suco e a casca ralada de 1 limão, 1 colher de chá de mostarda doce, sal [usei o maldon], pimenta do reino moída a gosto e bastante azeite. Bata bem com um batedor de arame para emulsionar, misture à salada e sirva.

salada de aspargos

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Acho que eu nunca iria arriscar fazer algo com os aspargos crus, se não tivesse visto a idéia na revista da Dona Martha Stewart—a rainha das idéias originais surrupiadas e adaptadas, segundo as bocas de Matildes. Permaneci cética até o momento iluminado em que dei a primeira garfada nessa salada. Benditos aspargos, ficam bom de qualquer jeito!

Pra fazer essa salada só precisa aspargos e paciência. Não sou a pessoa mais jeitosa do mundo com itens que requeiram destreza manual. Então não foi muito tranquilo fazer as tiras dos aspargos, que são fininhos e me deixaram com a cara torcida, tentando não quebrar as fitas, nem ralar o dedo. Usei um descascador de legumes.

Depois é só temperar as tiras de aspargos com suco e raspas da casca de um limão, sal maldon ou flor de sal, bastante azeite extra-virgem e uma pitadinha de pimenta do reino branca moída na hora. Adicione no final um punhado de raspas de queijo parmesão e sirva.

salada para um

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Quando o Uriel viaja acabo sempre batendo o meu próprio record de comer sanduiche de pão com queijo e saladas. Tenho a maior pregui de cozinhar só pra mim. Quando ele volta, já estou seca para comer comida. Nem que seja um simples arroz com feijão. Mas enquanto ele não está, bebo vinho e improviso ranguinhos frescos e fáceis, como esta salada, que comi sozinha acompanhada de fatias de baguette torradas na frigideira.

para a salada:
Folhas de alface
Um pepino libanês cortado em fatias finíssimas
Pimentão piquillo cortado em pedaços
Queijo feta esmigalhado

para o molho:
Suco e raspas da casca de um limão cravo pequeno
2 colheres de sopa de iogurte natural integral
1 colher de chá de mostarda Dijon
Sal [flor de sal ou maldon] e pimenta do reino moída a gosto
3 ou 4 colheres de sopa de azeite
Misturar bem os ingredientes com um batedor de arame até virar um creme bem incorporado, e temperar a salada.

salada de espinafre e abóbora

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Foi uma salada jogo rápido, montada com folhas frescas de espinafre, cubos da abóbora blue ballet assados, nozes tostadas, tudo temperado com este molhozinho que eu tinha feito uma outra vez para acompanhar uma sopa. Um molho deveras versátil.

salada de feijão branco
[com cenoura e coentro]

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Cozinhei os rice beans na minha panela de terracotta com um dentão de alho. Deixei os grãos al dente, pois pretendia fazer uma salada. E fiz essa bem simples, com os feijões cozidos, cenoura ralada e folhinhas frescas de coentro. O tempero foi uma vinagrete feita com limão cravo, azeite aromatizado com tangerina, um pouquinho de pimenta do reino branca moída e sal maldon.

Como cozinhei bastante feijão, no dia seguinte fiz esta versão muito bacana da tortilla catalã que brilhou no palco deste mesmo blog anos atrás. Desta vez não usei o alho verde, mas abusei da cebolinha [usei a parte branca e a verde] e salsinha. Também adicionei um punhado de queijo manchego ralado e tcharãn—tivemos um jantar delicioso pronto em poucos minutos. Como fiz uma tortilla grande, comi as sobras no meu almoço do dia seguinte. Coloquei bastante feijão e como ele estava bem firme, a tortilla ficou realmente bonita e substanciosa.

salada de laranja & azeitona

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Peguei essa receitinha de salada de laranja marroquina no jornal SFGate. Este é o momento para abusar dos citros, que estão no seu pico de fartura e doçura. As laranjas cara-cara têm sido as minhas favoritas nesta temporada. Elas tem a polpa avermelhada, como as blood oranges, mas são dulcíssimas, realmente deliciosas. Foi com elas que coloquei essa salada em prática.

4 laranjas descascadas e cortadas em fatias finas
[remova o máximo da parte branca]
1/4 de xícara de azeitonas pretas secas, ou das verdes, ou uma mistura das duas [*usei somente as secas]
4 colheres de sopa de azeite extra-virgem
1 pouquinho de harissa para dar gosto

Arrange as fatias de laranja numa travessa, espalhe as azeitonas por cima. Separadamente misture o azeite e a harissa com um batedor de arame. Coloque o molho sobre as laranjas, cubra e leve à geladeira por algumas horas. Antes de servir, deixe a salada chegar à temperatura ambiente. A receita não pede sal, mas eu polvilhei um pouquinho de flocos de sal maldon por cima.

salada de salsão com maçã

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Na minha mesa tem salada o ano inteiro, tanto faz a estação. No inverno nos deliciamos com a abundância das folhas verdes— variedades de alface, de repolhos, a rúcula, o espinafre. As folhas são as embaixatrizes das saladas, mas pra mim em salada vale tudo. Neste caso, uma combinação muito comum, que eu já fiz outras vezes e pode ser que até já tenha publicado por aqui. Salsão e maçã, um clássico. Nesta receita o que fez a diferença foi o vinagrete, feito com mostarda Dijon. E a variedade da maçã que usei, a saborosissima norte-americana Spitzenberg, famosa por ter sido a preferida do ilustre Thomas Jefferson. Se for fazer essa receita, escolha uma maçã de textura compacta e com bastante sabor. A receita original usava a maça verde, Granny Smith, que eu gosto muitíssimo. Maçã, na minha opinião, é uma fruta que pode ser bem sem graça, por isso estou sempre testando variedades diferentes, buscando por frutas com mais personalidade e que me impressionem.

A receita saiu do caderno Taste do jornal SacBee e serve 24 porções. diminua de acordo.

1 echalota pequena picadinha
1 colher de sopa de mostarda Dijon
4 colheres de sopa de vinagre de champagne
12 colheres de sopa de azeite extra virgem
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

8 maças raladas [*eu não descasquei]
1 xícara de salsão cortado em fatias finíssimas

Numa saladeira coloque es enchalotas picadas, a mostarda e o vinagre. Misture bem. Junte o azeite e bata bem com um batedor de arame até emulsificar. Junte sal e pimenta a gosto. Acrescente as maçãs raladas, misture bem. Junte o salsão fatiado no final, incorpore bem e sirva.

salada de pera

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Comi essa salada de pera no restaurante Operacaffe em San Diego. Achei legal a montagem, feita com a pera inteira cortada em fatias grossas, acomodada sobre folhas de agrião, salpicada com nozes, queijo gorgonzola e temperada com um vinagrete de limão e mel.

salada de beterraba & iogurte

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Quando li a auto-biografia da Judith Jones—The Tenth Muse, marquei o nome da autora de culinária Claudia Roden, que Jones comenta com bastante entusiasmo. Claudia foi uma das muitas revelações com que Judith nos presenteou, quando publicou seu primeiro livro de receitas do Oriente Médio. Nascida e criada em Cairo, no Egito, Claudia Roden completou sua educação formal em Paris e depois mudou-se para Londres para estudar Artes. Seu primeiro livro foi recebido com muito entusiasmo quando publicado na América do Norte na década de 60 através de Judith Jones e da editora Knopf. Quero mostrar os livros da Claudia aqui, que são absolutamente lindos. Esta receita de salada de beterraba saiu do Arabesque—A Taste of Marocco, Turkey, & Lebanon. É uma receita da Turquia, muito simples e deliciosa.

Pancar Salatasi—Beets with Yogurt

Serve de 6 a 8 pessoas
1 quilo de beterraba
2 dentes de alho amassados [*opcional - não usei]
2 xícaras de iogurte grego drenado
2 colheres de sopa de suco de limão
6 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
Sal a gosto
Um punhado de hortelã fresco ou salsinha picados [*usei hortelã]

Cozinhe as beterrabas na água ou assando no forno ou churrasqueira—eu gosto mais de assar e fiz essa na churrasqueira, embrulhadas em papel alumínio em temperatura alta por uns 30 minutos.

Deixe as beterrabas cozidas ou assadas esfriar, remova a casca e corte em rodelas. Se for usar o alho, misture com o iogurte. Coloque o iogurte espalhado numa travessa e arrume as rodelas de beterraba por cima. Junte o limão, azeite e sal e bata bem com um batedor de arame. Despeje essa mistura sobre as beterrabas e salpique com as folhas de hortelã [ou salsinha] picadas por cima. Sirva.

*para fazer uma variaçao desta salada no estilo libanês, substitua o alho por 1 1/2 colher de sopa de tahini misturado ao iogurte.

salada de lentilha & iogurte

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Tem dias em que eu simplesmente encasqueto que quero comer algo feito com um certo ingrediente. Neste dia foi a lentilha. Gosto imensamente dessa lentilha pretinha chamada beluga que é excelente para fazer salada. Ainda estava matutando sobre os procedimentos, quando vi uma receita de salada impressa no próprio pacote das lentilhas. Perfeito! Achei bem legal a mistura dos ingredientes, principalmente o iogurte. A salada fica com uma aparência estranha, mas o sabor é sensacional. E as sobras resistem bem por uns dias na geladeira.

1 xícara de lentilha beluga cozida na água ou caldo
1/2 xícara de iogurte integral
Suco de 1/2 limão
Raspas da casca de um limão
Cebolinha picada [* usei ciboulette]
1 maça pequena cortada em cubinhos
3/4 xícara de passas brancas [*usei as currants]
3/4 xícara de nozes tostadas [*usei amêndoas]
1 colher de chá de curry em pó

Misture todos os ingredientes e sirva. Eu coloquei ainda uma pitadinha de pimenta cayenne, mas você não precisa. Se não achar a lentilha beluga, use a Puy verde ou a comum, mas não deixe cozinhar muito, para não amolecer demais.

salada de milho & tomate

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Do livrão do Mark Bittman—How to Cook Everything Vegetarian—saiu essa receitinha brejeira, que fiz pra comer sozinha, acompanhada de torradas de pão rústico e uma taça de vinho verde. Ele diz pra usar milho cru ou cozido. Achei que o milho cru não iria ficar bom, sei lá, mil coisas. Mas também não queria apenas cozinhar os grãos. Como eu ainda tinha muitas espigas de milho acumuladas na gaveta da geladeira, decidi ralar todas elas, congelei uma parte para poder relembrar o sabor do verão em outras estações e a outra parte coloquei numa folha de papel alumínio heavy duty, dobrei fazendo um pacote e coloquei na churrasqueira. Assei outros legumes para aproveitar o embalo. Eu gosto de fazer isso, assim fico com ingredientes semi-prontos para outras receitas rápidas. Quando o milho assou, foi só colocar numa saladeira, esperar esfriar e acrescentar tomatinhos orgânicos maduríssimos cortados ao meio, folhinhas de hortelã fresca picadas, temperar com flor de sal, um pingo de vinagre de vinho, bastante azeite e salpicar com queijo feta. Bon appettit!

salada deusa verde com frango

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O green goddess é um molho de salada criado em 1920 no Hotel Palace em San Francisco em homenagem à um ator de teatro que na época estrelava uma peça chamada The Green Goddess. A receita está na edição de setembro de 2009 da revista Food & Wine, que recomenda que se use um frango assado, desses comprados em supermercados. Eu usei um peito de frango caipira, daqueles que ciscaram tralálá, que cozinhei na água com sal e depois fritei rapidamente na manteiga. O molho pode ser feito com antecedência e guardado na geladeira por até dois dias. Se você já tiver o molho pronto, o frango desfiado, é só montar a salada um pouco antes de servir. Nós adoramos essa mistura de ingredientes e a salada brilhou sozinha num dos nossos jantares corridos de um dia de semana de verão.

Serve 6 pessoas
para o molho:
2 filés de aliche/ anchova preservado em azeite e escorridos
1 dente de alho pequeno
1/2 xícara de salsinha fresca
1/4 de xícara de manjericão fresco
1/4 de xícar de dill [endro/aneto] fresco
1 colher de sopa de orégano fresco
2 colheres de sopa de chives/ ciboulettes picadas
3/4 de xícara de maionese
2 1/2 colheres de sopa de suco de limão
Sal kosher [mais grossinho] e pimenta do reino moída na hora

para a salada:
1 pão ciabatta sem casca [ou outro rustico] cortado em cubos
1 frango assado em pedaços — ou 2 peitos de frango cozido e desfiados
8 pimentas piquillo cortadas em quatro [*omiti]
3 talos de salsão, com as folhas, picado bem fino
1/2 xícara de azeitonas pretas kalamata sem caroço cortadas ao meio

No processador pulse o aliche/achova, alho, salsinha, dill, manjericão e orégano até ficar tudo bem picado. Junte a maionese e o suco de limão e misture bem até ficar um creme. Junte as chives/ ciboulettes picadas, tempere com sal e pimenta a gosto.

Numa saladeira junte os cubos de pão, o frango, o salsão, as azeitonas e as pimentas piquillo. Misture bem, adicione o molho e revolva até ficar bem incorporado. Sirva imediatamente. As sobras sobrevivem bem na geladeira e dão um bom almoçinho no dia seguinte.

salada marroquina de berinjela

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Essa receita de Moroccan eggplant salad veio na cartinha que a fazenda orgânica envia para os membros da CSA toda semana. Eles mandam receitas para ajudar o pessoal que recebe a cesta a consumir os produtos mais abundantes de maneiras mais criativas. Essa salada ficou muito boa, eu só substituí a salsinha pelo manjericão. A berinjela eu faço na churrasqueira, mas dá pra fazer no forno. É so cortar em fatias e colocar na grelha. Quando dá eu faço isso com antecedência e na hora é só montar a salada.

1 colher de chá de sementes de cominho tostadas ligeiramente na frigideira e moídas no pilão [ou no mini-processador—só pulse]
1 berinjela grande
1/4 xícara de cebola roxa em fatias
2 colheres de chá de vinagre de vinho
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 colheres de sopa de folhas de salsinha picada [ou manjericão]
1/2 colher de chá de sal

Corte a berinjela em fatias grossas e asse no forno ou grelhe na chapa ou churrasqueira. Deixe esfriar e corte em cubinhos. Coloque as fatias de cebola roxa de molho na água gelada misturada com 1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto por uns minutos. Toste as sementes de cominho numa frigideira e moa num pilão ou mini-processador. Coe a cebola. Numa saladeira misture os cubos de berinjela assada, o vinagre, sal, sementes de cominho, o azeite e as folhas de salsinha [ou manjericão] picadas. Misture bem e sirva.

salada de tomate com sumac

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A primeira reportagem que fisgou a minha atenção na edição de maio/julho da revista do Jamie Oliver foi sobre o restaurante Fadel, no Líbano. O restauranter Mourad Mazouz do Momo de Londres, visita o famoso restaurante mantido pela família Fadel desde a década de 40 no alto de uma montanha, à uma hora de carro de Beirute. O lugar serve pequenas porções de comida caseira e típica. O primeiro prato que me chamou a atenção foi uma salada de tomate temperada com sumac. Como estamos em plena estação, tomates suculentos e maduros é o que não tem faltado na minha cozinha. Fiz essa salada duas vezes, o Uriel adorou. O sumac é um tempero muito interessante e intrigante que eu deveria usar mais na minha cozinha. Bem comum nas cozinhas do oriente médio, ele tem uma cor roxa linda e um sabor cítrico. Só peguei leve o alho, pois detesto ficar com aquele after taste tão peculiar, quando se come alho cru. Mas se você gostar à beça do alho cru e não se importar com o bafão, faça como a receita manda e enjoy it!

1/2 cabeça de alho [*diminuí consideravelmente]
1 colher de sopa de maionese
1 colher de sopa de azeite de oliva, mais extra para servir
2 tomates grandes [ele recomenda a variedade beef, que foi a que usei]
1 colher de sopa de sumac
Folhas de hortelã fresco picadinho
Sal a gosto

No pilão ou no processador, moa bem o alho misturado com a maionese e o azeite. Prepare a salada cortando o tomate em fatias e colocando numa travessa, Pincele cada fatia de tomate com a maionese de alho, salpique com sal e sumac, regue com um fio de azeite e decore com as folhas de hortelã picada.

salada de vagem e bacon

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Colecionei um montão de vagens roxas—purple string beans, que vieram por duas semanas consecutivas na cesta orgânica. O que fazer com elas? O pessoal da fazenda mandou um recado na cartinha dizendo: experimente cozinhar essas vagens pra ver o que acontece. Cozinhei então no vapor e o que acontece é que elas perdem a cor roxa e ficam totalmente verdes! Cozinhei tudo o que tinha, o que resultou em vagem pra três dias, que comi tudo sozinha. Pra acompanhar esse legume, que não acho um dos mais excitantes, preparei um molho com buttermilk, suco de limão, mostarda escura, sal, pimenta e azeite. E fiz umas tirinhas crocantes de bacon daquela maneira secreta e esmigalhei por cima. Ficou muito bom.

heirloom tomato salad

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Adoro as diferentes cores e sabores desses tomates especiais.

salada cremosa de couve rábano

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No dia em que recebi uma couve rábano—kohlrabi gigante na cesta orgânica, cortei ela ao meio, uma parte a Marianne levou embora e com o resto eu fiz essa salada. Sou suspeita para falar bem do kohlrabi, porque simpatizo demais com esse legume, adoro o sabor, a textura, como ele vai bem cru ou cozido. Essa salada foi pura invencionice, mas ficou incrivelmente boa, cremosa, sedosa e super saborosa.

Descasquei e ralei a metade do kohlrabi gigante, juntei uma maçã verde também ralada, um punhado de currants secas, um punhado de azeitonas verdes picadas, bastante ciboulette picadinha e temperei com suco e a casca ralada de um limão, flor de sal, pimenta do reino moída na hora, um fio de azeite e duas colheres de sopa cheias de creme fraiche [pode substituir por sour cream, mas o creme fraiche é muito melhor]. Misturar tudo muito bem e servir. Essa salada sobrevive muito bem até o dia seguinte guardada na geladeira.

Depois fiz a mesma receita, substituindo a couve rábano—kohlrabi por um repolho roxo pequeno raladinho. Essa salada ficou tão boa quanto a outra.

salada de grão-de-bico, limão & parmesão

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Essa receita de chickpea salad with lemon and parmesan da Molly do blog Orangette estava na minha lista de receitas por fazer há não sei quanto tempo. Finalmente e felizmente coloquei ela em prática. É simples de fazer, que é o fator principal para uma receita me interessar, e fica deliciosa e chique. Eu cozinhei o grão-de-bico numa panela de terracotta, mas a própria Molly usa os de lata, que são realmente uma mão na massa. Mas como ela mesmo diz lá no Orangette, é muito importante que os ingredientes sejam da melhor qualidade. E eu repito aqui, melhor qualidade dos ingredientes, melhor resultado na receita.

para duas pessoas:
1 lata ou 1 xícara de grão-de-bico cozido e escorrido
1 colher de sopa de suco de limão
1 1/2 colher de sopa de azeite de oliva
Sal a gosto [*usei a flor de sal]
1/4 xícara de queijo parmesão ralado na hora

Misture todos os ingredientes. Sirva imediatamente ou guarde num recipiente com tampa na geladeira até a hora de servir. Essa salada conserva-se bem por dias na geladeira.

[funky] coleslaw

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Repolhos continuam chegando toda semana. Agora um pouco menores. Eu e a Marianne continuamos empurrando o dito cujo uma para a outra. Mesmo assim acabei com um repolho e meio, que usei pra fazer basicamente saladas, com ele raladinho e acrescentado de um tomate em cubinhos e temperado com vinagrete de limão. E também tem a coleslaw, receita coringa pra transformar repolho em delícia. Nessa usei uma mistura de ingredientes que ficou bem interessante:

Repolho ralado fininho
Rabanetes ralados fininhos
Azeitonas verdes picadinhas
Sementes de girassol tostadas
Sementes de endro /dill

Molho:
Suco e raspas da casca de um limão
Iogurte grego
Azeite
Flor de sal
Pimenta do reino moída

salada de grão-de-bico
[com laranja e azeitona]

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Outro dia eu resolvi que iria cozinhar um saco de grão-de-bico que estava na despensa desde janeiro. Fiz em fogo baixo, na panela de terracota. Os grãos ficaram bem firmes, ótimos pra fazer salada. Procurava então uma idéia pra uma salada de grão-de-bico diferente, folheando o livrão How to Cook Everything Vegetarian do Mark Bittman, quando vi uma receita de sopa. Não fiz a sopa, mas usei os ingredientes que o Bittman indicava para fazer uma salada.

Grão-de-bico cozido e escorrido
Uma laranja — ralar a casca e cortar em cubinhos
Um punhado de azeitonas pretas
Ervas frescas da sua preferência — eu usei o orégano
Sal, pimenta, vinagre de vinho e azeite de oliva.

Misturar todos os ingredientes, deixar marinar por uma meia hora e servir. Eu acompanhei com torradas de pão rústico e uma fatia de queijo feta. Uma refeição completa, para um dia de verão.

a salada básica do verão

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Essa salada é um coringa aqui em casa nos dias em que somos engolfados pelas ondas de bafão típicas do nosso verão seco e tórrido. A base é a famosa niçoise, que já fiz em inúmeras versões. É só cozinhar uns ovos caipiras, abrir uma lata do melhor atum conservado em azeite que você tiver na despensa e a partir daí improvisar com o que mais quiser e gostar. Desta vez usei edamames, feijão branco gigante, burrata cortada em fatias grossas, azeitonas castelvetrano temperadas com pesto de manjericão e sementes de girassol, e uns tomatinhos cerejas cortados ao meio. Eu tempero cada ingrediente separado, por exemplo, o feijão branco com óregano fresco e azeite, os tomatinhos com tomilho e balsâmico, as edamames com limão e flor de sal, o atum com ciboulettes e azeite. Fica uma refeição completa, pra ser servida acompanhada de um vinho branco gelado.

»uma niçoise.
»outra niçoise.

salada de melão & cereja

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Tenho comprado uns melões da fazenda Capay que só de ficarem na cesta de frutas, perfumam a cozinha toda com um cheiro maravilhoso. Adoro fazer salada com eles e espremer um limão por cima dos cubinhos. Não sei por que melão combina tanto com limão. Se você não experimentou essa mistura ainda, faça o favor de tentar logo. Nessa variação coloquei cerejas frescas descaroçadas e, como sempre, umas lascas de amêndoas torradas. A crocância da amêndoa também ajuda a transformar essa simples salada de frutas, numa sobremesa excepcional.

ladies & gentlemen...

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Nossa primeira salada de tomates, estreando na temporada!

salada de salmão & ovo

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Estava procurando desesperadamente por uma receita para usar uma parte do salmão selvagem defumado que tinha sobrado do último picnic. Encontrei alguns quiches e tortas que não me conquistaram. Finalmente aportei nesta receita de salada que fez a minha cabeça. Servi com fatias de pão preto de centeio levemente tostadas.

5 ovos cozidos
Mais ou menos 1 xícara de salmão defumado cortado em pedacinhos
6 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
1 cebola roxa pequena cortada em cubinhos
1/3 xícara de alcaparras
4 batatas pequenas cozidas [*adição minha à receita]
2 colheres de sopa de dill fresco ou seco [*usei seco]
1 colher de sopa de suco de limão
1 colher de chá de raspinhas da casca do limão
Sal kosher ou marinho e pimenta do reino moída a gosto

Misture todos os ingredientes delicadamente e sirva, sobre folhas de alface ou com torradas.

salada de legumes assados

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Essa salada é absolutamente simples, casual e frugal, mas o resultado me surpreendeu deveras. Quando vi a receita na Everyday Food de setembro de 2008 pensei—que legal, vou poder usar muitos ingredientes acumulados na geladeira! Mas eu não poderia imaginar o quanto essa salada de legumes assados ficaria boa. Aliás, você já teve a oportunidade de avaliar como alguns minutos de forno transformam o sabor da couve-flor?

Os ingredientes para a receita original eram cenoura, cebola roxa e abobrinha, mas eu usei os legumes que tinha e a minha mistura, além da cenoura, levou alho-poró, couve-flor e favas. Use os legumes que você quiser e tiver disponível na sua cozinha.

Distribua os legumes numa assadeira forrada com papel alumínio, salpique com sal marinho grosso, pimenta do reino moída na hora e um fio de azeite. Coloque em forno alto [450ºF / 232ºC] por 20 minutos. Deixe os legumes esfriarem um pouco. E descasque as favas. Numa saladeira faça um vinagrete com vinagre de vinho ou sherry [jerez], sal e azeite. Misture bem, junte os legumes assados. Na hora de servir junte folhas de alface rasgadas com as mãos e algumas bolotinhas de queijo de cabra.

Olha, não houve clima para fotos da salada pronta, porque atacamos a dita cuja com uma fúria só comparada à de um bando de coelhos famintos. Ficou deliciosa, deliciosa mesmo e não sobrou nem um molhinho no fundo da tigela.

salada de cenoura indiana

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Do livro Jamie at Home, do Jamie Oliver, pesquei outra variação para a salada de cenoura. Desta vez, com o toque indiano do cominho.

450 gr cenouras
1 colher de chá de sementes de cominho
3 enchalotas/shallots ou 1 cebola roxa pequena
Raspas da casca e suco de 1 limão
1 colher de chá de gengibre fresco ralado
azeite de oliva extra-virgem
Folhas de hortelã fresco para decorar

Corte as cenouras em tiras finissimas com um descascador de legumes ou mandoline. Numa frigideira, toste as sementes de cominho por 30 segundos. Num mini-processador ou pilão, moa as sementes de cominho. Misture os outros ingredientes e o cominho moído e tempere as tiras de cenoura. Decore com folhas de hortelã e sirva.

Eu fiz o molho um pouco diferente, porque a receita do Jaiminho—que inclui também um cozido de carneiro—é um pouco confusa, então me distraí e pulsei todos os ingredientes no processador. Ficou um molho estranho, cor de rosa por causa da cebola e encharcou um pouco as cenouras. Mas o sabor ficou magnífico. Nós adoramos!

»usei as cenouras psicodélicas, por isso essa cor avermelhada das cenouras.

salada [morna] de abóbora
espaguete

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Gastei minha última spaghetti squash fazendo essa salada interessante que saiu na revista Food & Wine do mês de março. Ela é para ser servida morna, o que não impede que você a sirva fria. Eu comi as sobras frias no dia seguinte e não deixou nada a desejar.

Serve 8 pessoas
1 spaghetti squash cozida ou assada [corte ao meio, remova as sementes e cozinhe na água, no vapor ou asse as metades com a casca para cima no forno por 40 minutos]
1 xícara de amêndoas em lascas
1/2 xícara de azeitonas verdes sem caroço e picadas
1/2 xícara de scallion-enchalotas picadas
1/2 colher de chá de raspas de limão
3 colheres de sopa de suco de limão
1/4 xícara mais 2 colheres de sopa de óleo de canola [ * usei azeite]
1/4 xícara de queijo feta
Sal kosher e pimenta branca moída

Raspe a polpa da spaghetti squash cozida com um garfo numa vasilha. Toste as amêndoas na frigideira ou forno. Num mini-processador coloque as azeitonas, a enchalota, raspas e suco de limão, sal, pimenta e óleo [ou azeite] e pulse ate obter um creme. Coloque os fiozinhos da squash numa travessa, tempere com o molho, salpique com o queijo feta, as amêndoas e sirva morno.

[outra] salada de lentilha

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Fiz essa receita num dia em que cheguei em casa decidida que queria comer uma salada de lentilhas. Não tinha nenhuma idéia do que misturar nela, fui pensando conforme fui fazendo. Usei a lentilha francesa verde, a puy lentil, que cozinha rapidíssimo e fica inteira, não desmancha, portanto ótima para fazer salada. A lentilha levou mais tempo esfriando do que cozinhando [uns 15 minutos]. Depois de fria, temperei com suco de limão, óleo de avelã e flor de sal. Misturei às lentilhas um punhado de tomates secos, outro punhado de azeitonas pretas, mais um tanto de folhinhas frescas de manjerona e esfarelei duas rodelas de queijo de cabra por cima. Ficou exatamente a salada que eu queria comer naquele dia!

salada de cenoura ao curry

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Mais uma salada de cenoura, porque elas ainda estão chegando e vão se acumulando na gaveta da geladeira. Essa receita saiu da revista Bon Appétit de maio/09 e não só ficou ótima no dia, como ficou boa também no dia seguinte. Nem toda salada aguenta ser servida num repeteco.

3/4 de iogurte natural
1 cebolinha grande picada *usei chives-ciboulettes
2 colheres de sopa de folhas de hortelã fresco
1 1/2 colher de chá de suco de limão
1 colher de chá de curry
500 gr de cenouras raladas
1/4 xícara de passas currant *a passa micro

Bata bem com um batedor de arame os cinco primeiros ingredientes numa vasilha, adicione as cenouras e as currants, tempere com sal a gosto e misture bem.

celery root rémoulade

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Há duas semanas que uma raiz totalmente funky começou a chegar na cesta orgânica. Eu já conhecia de fotos, receitas e de ouvir falar, mas nunca tinha tido nenhuma experiência culinária com ela. A celery root, também conhecida como celeriac, é a raiz do salsão. Tem uma aparência muito áspera, mas por dentro ela é macia como a seda. E tem um sabor extremamente delicado, como um salsão bem leve e cremoso. Usei uma delas para fazer uma receita de rémoulade que tirei do livro da Alice Waters—Chez Panisse Vegetables.

1 raiz de salsão de tamanho médio
Sal e pimenta moída a gosto
Suco de 1 limão
3 colheres de sopa de mostarda Dijon
1/2 xícara de maionese
2 colheres de sopa de creme de leite fresco
Salsinha picada para enfeitar

Descasque a raiz de salsão e corte em tiras bem finas [use o mandoline ou o processador com a lâmina de fatiar]. Numa vasilha pequena dissolva o sal no suco de limão, moa um pouco de pimenta e junte a maionese, a mostarda e o creme de leite. Bata bem com um batedor de arame. Junte esse creme a raiz já cortada e misture bem. Acerte o sal se precisar e deixe descansar por no mínimo 15 minutos antes de servir. Decore com a salsinha picada e sirva.

vinagre—azeite

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Vinagre e azeite—uma dupla realmente dinâmica, que não se mistura muito bem, mas vale a pena o esforço de juntá-los. Pra mim basta um tanto de vinagre, mais o dobro desse tanto de azeite e umas pitadinhas de sal para temperar qualquer salada. Um bom vinagre e um bom azeite, como esses californianos da O.

Nesse vinagrete usei um vinagre de cassis—feito com wild black currants maceradas num vinho borbulhante de uvas Pinot Noir, misturado com bastante azeite extra virgem ultra premium—feito com as Arbequinas, minha variedade favorita de azeitonas, e uma pitada generosa de flor de sal portuguesa. Outstanding.

trigo e grão de bico com molho de tahini e limão

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Ensaiei vários dias para fazer essa receita da Culinate. Primeiro deixei o trigo de molho, depois cozinhei o trigo e estava com tudo engatilhado para preparar o prato quando vi que meu tahini estava com a validade vencida e eu estava sem carro para ir ao supermercado. No final só consegui fazê-la no final de semana, mas valeu a pena a espera. Fazia muitos anos que eu não preparava um prato com trigo e até tinha me esquecido da doçura incomparável desse grão. Usei um pão de tortilla bem macio para servir os grãos com alface e o molho. Mas dá pra usar o pão pita também.

A salada:
2 xícaras de trigo em grão [wheat berries] cozido
3 xícaras de grão-de-bico cozido
Azeite
Sal a gosto
Raspas da casca e suco de um limão grande
½ xícara de cebolinha verde picada
½ xícara de salsinha picada
Folhas de alface para servir

O molho:
2 colheres de sopa de tahini
2 colheres de sopa de água morna [usei menos]
1 dente de alho amassado [usei 1/3 e ralei]
¼ xícara de suco de limão
¾ xícara de iogurte natural
1 pitada de pimenta cayenne
Sal a gosto.

Misture os ingredientes da salada. Forre uma travessa com folhas de alface, ou outro tipo de folhas verdes e coloque a mistura de grãos por cima. Misture bem os ingredientes do molho e coloque sobre a salada ou numa vasilha em separado, para os comensais se servirem a vontade. Sirva acompanhado de pão pita ou tortilla. O pão de tortilla é gordinho e macio e ficou ótimo com esse prato. Toste na frigideira dos dois lados minutos antes de servir.

salada de erva-doce
com cogumelo & parmesão

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Adorei fazer e comer essa salada. A receita, ligeiramente adaptada, saiu do livro The Greens Cookbook da Deborah Madison. Eu omiti o alho do molho e refoguei os cogumelos. Na receita original eles são apenas marinados no molho. Eu gostei muito do resultado com eles cozidos e recomendo. Um detalhe que considero importante com relação aos cogumelos é que eles absorvem água se forem lavados e não ficam tão sequinhos quando refogados. Eu não acredito em lavar cogumelos, apenas dou uma espanada neles, com um pano ou escovinha. Usei o Shitake fresco e quando foram refogados no azeite, esses cogumelos impregnaram a casa com um cheiro delicioso.

1/2 colher de chá de sementes de erva-doce
1/4 colher chá de sal grosso ou flor de sal
1 dente de alho *omiti
2 colheres de sopa de suco de limão
Raspas da casca de um limão pequeno
5 colheres de sopa de azeite
250 gr de cogumelos frescos - usei o Shitake
1 bulbo de erva-doce
1 colher de sopa de folhas da erva-doce
Raspas finas de queijo parmegianno regianno

Num pilão prepare o molho amassando bem as sementes de erva-doce com o sal grosso até formar uma farofina. Se for usar alho, acrescente ele nessa fase e amasse bem até formar uma pasta. Acrescente as raspas de limão e incorpore bem. Depois junte o suco de limão e o azeite e bata bem com um batedor de arame, até formar um creme. Numa frigideira robusta refogue os cogumelos cortados em fatias num fio de azeite. Não lave os cogumelos senão junta água na hora de refogar. Os cogumelos devem ficar sequinhos, mas não ressecados. Fatie um bulbo de erva-doce usando um mandoline ou uma faca afiada. Quanto mais finas as fatias, melhor. O mandoline é uma ótima ajuda nessa tarefa. Espalhe as fatias da erva-doce numa travessa, salpique os cogumelos refogados e as folhas da erva-doce picadinhas, espalhe o molho e decore com fatias bem finas [use o mandoline outra vez] de queijo parmesão. Sirva imediatamente. Garanto que não haverão sobras.

salada de cenoura
[com azeitonas e passas]

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Outra salada de cenoura, porque elas abundam por aqui neste momento. Desta vez investi num molho diferente, feito com suco de laranja vermelha, suco de limão, sal australiano do rio Murray* e óleo de amêndoa. Juntei umas uvas passas, umas azeitonas calamatas de Sonoma picadinhas e deixei marinar por uns minutos. Depois ralei várias cenouras e juntei ao molho. Misturei bem e servi. Mais fácil e rápido, impossível!

*tenho usado uns sais muito finos da bossa para temperar minhas saladas, que me foram presenteados pela Neide Rigo. ganhei um pacotão cheio de pacotinhos com sais de todos os cantos do mundo, cada um marcado e amarrado com um fiozinho azul.

salada de beterraba com limão

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Outra salada de beterraba, porque elas abundam por aqui neste momento. Desta vez coloquei em prática uma idéia bem simples, porque eu quis mesmo foi testar uma dica dada pela Alice Waters no livro Chez Panisse Vegetables. Ela recomenda que se tempere a beterraba como quiser, com sal, vinagre, limão e pimenta, mas acrescente o azeite só no último minuto. Segundo Alice, o azeite previne que a beterraba absorva bem os outros temperos, se for colocado junto.

Assei as beterrabas embrulhadas em papel alumínio por uns quarenta minutos em forno alto. Eu sempre asso as beterrabas no dia anterior e sempre aproveito o forno quando estou fazendo outras coisas, para assar legumes. No dia seguinte abri os pacote com as beterrabas assadas, removi as cascas com os dedos [fica super molinha] e passei pelo mandoline para fazer fatias finérrimas, como folhas de seda. Temperei com flocos de sal peruano Maras*, raspas e suco de um limão e uns pingos de vinagre balsâmico. Deixei marinar na geladeira e na hora de servir temperei com um fio de azeite prensado com limão.

*tenho usado uns sais muito finos da bossa para temperar minhas saladas, que me foram presenteados pela Neide Rigo. ganhei um pacotão cheio de pacotinhos com sais de todos os cantos do mundo, cada um marcado e amarrado com um fiozinho azul.

outra salada marroquina
de cenoura

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Essa salada saiu do livro Chez Panisse Vegetables da Alice Waters e ficou deliciosamente diferente. Descasque cenourinhas e corte ao meio. Como as minhas eram pequenas porém bolotudas, cortei em quatro. Cozinhe as cenouras numa panela com água e um dente de alho amassado. Quando as cenouras estiverem macias [mas não muito macias], escorrer e deixar esfriar bem. Colocar as cenouras cozidas numa saladeira e salpicar com páprica, cominho em pó, canela e pimenta cayenne. Temperar com sal grosso ou flor de sal, suco de limão e azeite. Jogar um tantinho de salsinha picada, misturar bem [com as mãos mesmo, pra não machucar as cenouras] e deixar marinando por pelo menos uma hora antes de servir.

salada de radicchio, figo seco & batata doce

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O super lindo radicchio em flor teve dois fins—uma salada e um refogado. Eu não sou muito fã dessa verdura, mas o Uriel adora e devora tudo, de qualquer jeito, cru ou cozido. A primeira leva virou salada, montada muito simplesmente num prato. Uma camada de folhas de radicchio, outra camada de cubinhos de batata doce cozidos no vapor e pedacinhos de figo seco cozidos no vinagre balsãmico. Para o vinagrete usei suco de limão, azeite, flor de sal e umas sementinhas de erva-doce.

salada de romanesco, tomate seco & pinoles

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O intergalactico brócolis romanesco chegou realmente para ficar. A Marianne levou outra metade na segunda-feira, mas o restante eu tive que encarar. Na cartinha que a fazenda orgânica nos envia toda semana por e-mail, veio uma sugestão de receita para usar esse legume estrupício. Fiz então.

Corte o romanesco em raminhos e fatie o caule. Cozinhe rapidamente no vapor—mas bem rapidamente, não deixe ele perder a crocância. Separe. Numa saladeira faça uma mistura de vinagre balsâmico, azeite e sal [usei flor de sal]. Pique pedacinhos de tomate seco e coloque no molho. Numa frigideira esquente um pouquinho de azeite e toste um punhadinho de pinoles. Eles ficam com um aroma delicioso. Junte o romanesco e os pinoles ao molho e misture bem. Sirva.

Se não achar o brócolis romanesco por ai—que eu assevero não ser nenhum infortúnio—faça essa salada com brócolis comum.

salada de beterraba e maçã com molho de curry

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No momento eu estou marcando frenéticamente as páginas do livro de receitas da Deborah MadisonThe Greens Cookbook. Essa salada me interessou, porque tenho recebido beterrabas constantes e porque às vezes gosto de arriscar com algo diferente. E o diferente aqui é o molho, preparado com curry, que é um condimento pelo qual eu não tenho grandes simpatias. Mas quis testar os sabores e fui em frente. Pra mim esse é um molho para comer uma vez por ano. Talvez se não tivesse alho eu encarasse mais vezes. Mesmo assim achei interessante e gostoso. Valeu a pena!

Num prato arranje folhas de agrião ou rúcula, fatias finíssimas de maçã verde, fatias de beterraba assada ou cozida e algumas nozes ou pecãs tostadas. Prepare o molho num pilão ou no processador. Esmigalhe um dente de alho com uma colher de chá de sal marinho grosso até formar uma pasta. Acrescente duas colhere de sopa de curry e misture bem. Acrescente uma colher de chá de gengibre fresco descascado e ralado bem fininho. Junte duas colheres de sopa de suco de limão e seis colheres de sopa de azeite. Bata bem para incorporar e formar um creme bem grosso. Tempere a salada e sirva.

salada marroquina de cenoura

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Uma salada simples, refrescante e aromática. Saiu do livro The Greens Cookbook da Deborah Madison. Usei minhas cenouras orgânicas psicodélicas, que deixaram a salada com um visual incrível.

Com um descascador de legumes, descasque umas quatro cenouras grandes e continue ralando tiras até não dar mais—e coma os restinhos como aperitivo saudável, enquanto prepara o jantar. Coloque as fitas da cenoura numa vasilha. Prepare o molho com:

1 colher de sopa de suco de limão
1 colher de chá de azeite [*coloquei um pouquinho mais]
1/2 colher de sopa de açúcar
1/2 colher de chá de sal [*usei flor de sal]
Água de flor de laranjeira a gosto

Misture todos os ingredientes do molho e bata bem com um batedor de arame. Coloque a água de flor de laranjeira até dar gosto. Misture o molho na cenoura, cubra a vasilha e leve à geladeira por uma hora. Sirva sozinha ou acompanhada de azeitonas pretas curtidas no azeite.

salada de beterraba & nozes

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Às vezes recebo na cesta algumas beterrabas douradas [golden beets], mas desta vez chegaram beterrabas brancas e eu estava bem curiosa para prepará-las. Não fiz nada diferente do de sempre. Assei as beterrbas—as brancas e as comuns enroladas em papel alumínio grosso, as brancas separadas, para não manchar. Depois cortei em fatias e temperei com um vinagrete de nozes. As nozes combinam muitíssimo bem com as beterrabas. Numa vasilha coloquei flor de sal, bastante óleo de nozes, um pouco de vinagre balsâmico e outro pouco de vinagre jerez [sherry]. É sempre o dobro de óleo para quantidade de vinagre. Então é só misturar bem com um batedor de arame e temperar as beterrabas arranjadas no prato separadas por cores, para a vermelha não manchar a branca. Antes de servir, salpique com pedacinhos de nozes torradas. Eu usei as pecans. Achei que a beterraba branca tem o mesmo sabor da vermelha, docinha e aromática.

salada de edamame, cogumelo & black currant

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Essa salada foi montada com a mistura inusitada das edamames [soja verde] cozidas rapidamente na água e sal, fatias finíssimas de cogumelos crimini e black currant berries secas. O vinagrete super especial, que envolve os ingredientes com o delicado aroma cítrico e a opulência das frutas oleaginosas, é feito com raspas e suco de um limão cravo, flor de sal e bastante óleo de pistacho fresquíssimo—aquele produzido artesanalmente na minha cidade vizinha, Woodland.

salada de erva-doce & laranja

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Fui correndinho tentar replicar em casa a salada que comi na Pizzeria Delfina. Essa é uma salada típica de inverno, feita com ingredientes que estão na crista da onda agora. Eu tinha laranjas vermelhas Cara Cara. Descaquei uma grande e cortei em fatias. Também tinha um bulbo de erva-doce que cortei ao meio e ralei uma das metades no mandoline. As nozes também estão no pico e foi só tostá-las por uns minutos na frigideira e depois esmigalhar com as mãos. Espalhei por cima da salada montada uma pitada de folhinhas secas de dill e temperei com um vinagrete feito com suco de limão cravo, mostarda honey, óleo de amêndoas e flor de sal.

salada de aipo & maçã

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Fiz essa salada para poder usar um salsão magrelo que comprei no Farmers Market do sábado passado por nenhuma razão aparente. Muitas vezes eu compro legumes ou verduras por um impulso inexplicável. Foi assim então que o salsão de pernas longas e finas acabou na gaveta da minha geladeira. Juntou-se às maçãs, que abundam em variedades nesta época do ano é é quase impossível passar por elas—fresquinhas e cheirosas—sem levar algumas. As cenouras também estão aparecendo, lindas e doces. Juntei um punhado de black currant berries que eu tenho guardada na despensa já faz um tempo, e estava pronta a salada.

Preparei um vinagrete direto na saladeira com raspas e suco de um limão cravo bem pequeno, algumas gotas de vinagre jerez, flor de sal, uma colher de chá de honey mustard e bastante azeite de amêndoa. Misturei bem pra emulsificar e juntei uma maçã descascada e cortada em cubinhos. Depois juntei uma cenoura ralada e vários talos magrelos do salsão cortados em fatias finérrimas no mandoline. Juntei as black berries secas e misturei bem. Deixei marinando por uma meia hora e servi. Eu tinha a intenção de juntar um punhado de salsinha picada à essa salada, mas esqueci. Foi assim mesmo sem salsinha, e ficou deliciosa.

*substitua as black currant berries por passas ou outra fruta seca.
**substitua o azeite de amêndoa por azeite de oliva ou qualquer outro azeite aromático.

salada de brócolis
[com gergelim]

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A receita para essa salada estava no booklet Tastes of The World da revista Bon Appetit. Eu cozinhei um maço de brócolis no vapor, como sempre gosto de fazer para preservar um pouco da crocância desse legume. Eu tenho uma gadget de metal muito útil para cozinhar no vapor, que abre e fecha como uma flor e se encaixa em qualquer diâmetro de panela. Então cozinhe of floretes de brócolis no vapor e tempere ainda quente com um molho feito com:

1 colher de sopa de molho de soja
1 colher de sopa de vinagre de arroz
1 colher de sopa de óleo de gergelim
1 colher de sopa de mel
1/4 xícara de sementes de gergelim torradas

Misture o molho aos florestes cozidos de brócolis e revolva bem. Deixe marinando por 30 minutos e então sirva.

salada de berinjela assada, pinoles & alcaparras

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Outra receita do Everyday Greens da Annie Somerville, que é própria de final de verão quando as berinjelas e o manjericão estão abundantes. Como ainda tenho recebido berinjelas pequenas e tímidas e alguns raminhos de manjericão perfumado na minha cesta orgânica, pude fazer essa salada incrivelmente saborosa que tenho certeza será repetida a beça no próximo ano.

Corte 2 berinjelas pequenas ao meio e depois em fatias diagonais—a receita original usa berinjela japonesa, mas eu usei a comum. Numa vasilha coloque a berinjela e tempere com sal grosso, flocos de pimenta vermelha, um dente de alho picadinho e azeite. Mexa bem para o tempero ficar bem impregnado, distribua as fatias de berinjela numa forma e coloque em forno pré-aquecido em 375ºF/ 190ºC por 20 minutos, girando a forma no meio tempo. Corte 1/4 de uma cebola roxa em fatias finas [eu usei a cebola branca] e mergulhe em água fervendo por 20 segundos. Coe as fatias de cebola e tempere com vinagre de vinho. Reserve. Remova a berinjela do forno, deixe esfriar. Toste um punhado de pinoles na frigideira ou no forno. Dessalgue um punhado de alcaparras, se usar as conservadas no sal. Misture as berinjelas assadas com as cebolas, os pinoles tostados, as alcaparras e folhas de manjericão cortadas em tirinhas. Tempere com vinagre balsâmico e deixe marinando por 30 minutos. Sirva a seguir.

salada de rúcula, alface, caqui & pecan torrada

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Uma salada para gastar ingredientes acumulados. Folhas de rúcula, folhas de alface, um caqui cortado em cubinhos e pecans tostadas. O molho vinagrete dá o toque especial e é receita do livro Everyday Greens da Annie Somerville.

Tangerine-Sherry Vinaigrette
Faz 1/2 xícara e tempera duas saladas médias.
Raspas da casca de uma tangerina
2 colheres de sopa de suco espremido da tangerina
1 colher de sopa de vinagre Sherry [Jerez]
1/4 colher de chá de sal - eu usei flor de sal
1/4 xícara de azeite
Bata bem com um batedor de arame ate emulsificar. Misture na salada e sirva imediatamente. A sobra pode ser guardada na geladeira num pote com tampa.

salada de feijão e atum

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Neste preciso momento da minha vida, meu mantra tem sido um suspiro seguido da frase—que cansaço! Portanto minhas peripécias na cozinha não têm sido muito ousadas. Um jantar foi somente essa salada de feijão Spana [conhecido também por Butter beans] que tinha sido cozido na noite anterior na panela de terracota [onde eu sempre cozinho meus feijões] e temperados um pouco antes de servir com flor de sal, vinagre de vinho branco, bastante [bastante mesmo!] azeite, um punhado generoso de ciboulettes picadinhas, outro punhado generoso de salsinha picadinha, algumas azeitonas pretas descaroçadas e uma lata do melhor atum preservado em azeite que seu dinheiro puder comprar. Misturar bem e servir com fatias de pão francês.

salada de batata doce

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Sobre uma cama de rúcula, rodelas de batata doce cozidas e salpicadas com ciboulettes [chives]. O tempero foi vinagre de vinho, flor de sal e muito azeite.

salada de espinafre e abóbora

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A cesta orgânica já engatou segunda e acelerou, entrando graciosamente no modo outono. Além dos vários tipos de abóbora, agora temos também as folhas verdes. Nesta semana chegaram um mação de espinafre, outro mação de rúcula, três tipos de verduras de cozinhar e um pé número 49 de alface crespa. Essa é a época do ano em que as noites de segunda-feira são desalentadoras, pois eu passo muito tempo em frente da pia lavando, lavando, lavando, lavando...

Para fazer valer todo o trabalho, nada mais natural que tívessemos uma saladona com folhas verdes para o jantar. Sobre uma cama de espinafre salpiquei cubinhos de abóbora [a butternut squash] que foi cozida no vapor. Azeitonas verdes temperadas com laranja vermelha, mais nozes colhidas outro dia na fazenda e pedacinhos de um excelente queijo azul feito em Point Reyes. O tempero foi vinagre de laranja, azeite com laranja vermelha e flor de sal. Ficou uma refeição completa.

uma salada outonal

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Uma salada outonal—folhas de rúcula, cubinhos de abóbora assada [butternut squash], fatias de sweet capocollo, e pedacinhos de queijo de cabra. Pra temperar, uma vinagrete feita com suco de laranja, óleo de nozes e flor de sal.

mini salada grega

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É muito simples, ao invés de picar tudo grandão, pique tudo pequenininho. Tomatinhos, abobrinha, pimentão amarelo, azeitona preta, cebola roxa e hortelã. Um vinagrete de laranja e queijo feta.

um baita pepino

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Meu chefe me apareceu com um pepino, que ele ofereceu e eu aceitei, não pude recusar. Ele disse que era um pepino japonês, mas eu duvidei. E contou que pegou dois deles na horta pública do departamento de Plant Science, fato que eu também duvidei. Que ele pegou os pepinos lá na horta eu tive certeza, mas duvidei que pudesse só passar e ir pegando. Acho que você tem que trabalhar nela pra poder pegar os legumes e verduras. Mas tudo bem, eu aceitei o pepino que me foi ofertado tão gentilmente pelo meu chefe e com ele fiz uma salada.

Fatiei o pepino bem fininho no mandoline e temperei com um molho feito com iogurte integral, suco de limão, flor de sal, pimenta branca moída, dill seco e bastante azeite.

salada de tomate [heirloom]

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Pegue dois tomatoes heirloom, corte em fatias grossas e tempere com uma vinagrete feita com vinagre de vinho, flor de sal, pimenta do reino moída e azeite. Antes de servir sapeque queijo de cabra em pedacinhos e folhinhas de manjericão—esses são de um minúsculo e perfumado chamado spicy bush.

salada de melão

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Fiz essa salada outro dia usando um melão verde. Desta vez usei o laranja. É importante que o melão esteja SUPER doce. Esses que ando recebendo na cesta orgânica—graças à benevolência dos perus selvagens, que neste ano não invadiram a fazenda para devorá-los—estão um verdadeiro mel.

Então pra fazer essa salada é só cortar um melão em cubinhos, cortar outra fruta qualquer em cubinhos também. No meu caso cortei dois pêssegos e duas nectarinas do meu quintal. Regar as frutas com o suco de um limão [amarelo] e salpicar com lascas de amêndoas tostadas. Não vai uma pitada de açúcar, nem mel, nem nenhum outro adoçante, mas fica uma salada de frutas dulcíssima, com um toque azedinho do limão e a crocância simpática das amêndoas.

Faça, que você não vai se arrepender. E as sobras, se houverem, mantém-se muito bem na geladeira, para voltarem deliciosas à mesa no dia seguinte.

salada de batata e ovo

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Foi a minha amiga carioca-norueguesa Eli quem colocou a batata sob uma nova perspectiva, quando me contou anos atrás sobre a importância, as mil e uma variedades e maneiras de prepará-las. As batatas que eu recebo na cesta orgânica são como as batatas dos noruegueses—não se pode desperdiçar um naco, uma casca, nada! São preciosas, deliciosas e chegam em diferentes variedades e cores. Eu sempre cozinho com casca, às vezes preparo também com casca, que são bem lavadas e, se precisar, levemente escovadas. Nessas batatas não é necessário usar muitos ingredientes ou temperos, pois elas já são saborosas o suficiente. Para essa salada foi só cozinhar as batatinhas em água, depois remover a casca que sai facilmente, picar e juntar uns ovos cozidos, depois um punhado de chives, essas colhidas no meu quintal. Temperei com um vinagrete feito com vinagre de champagne e laranja, azeite, sal marinho, pimenta do reino moída e mostarda amarela preparada. Bati tudo muito bem com um batedor de arame, derramei e envolvi nas batatas.

salada de pepino

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Salada tirada do capítulo do verão do The Taste of Country Cooking da Edna Lewis. Bem fácil de fazer, refrescante e diferente apesar de não ter nada de especial. Use pepinos orgânicos para poder fatiar com a casca.

Rale dois pepinos médios com casca e tudo no mandoline. Salpique com 1 colher de chá de sal marinho grosso e revolva bem com as mãos. Coloque uma vasilha pesada em cima dos pepinos e coloque na geladeira por uma hora, para soltar bastante água. Remova da geladeira depois de uma hora, coe bem todo o líquido que o pepino vai soltar. Reserve. Numa saladeira bata com o batedor de arame 1/3 xícara de vinagre de vinho branco [eu usei de maçã] com 1/4 de xícara de açúcar, até o açúcar dissolver. Junte o pepino escorrido, misture bem para incorporar e salpique com bastante chives/ciboulette picadinha. Sirva imediatamente ou leve à geladeira até a hora de servir.

Israeli couscous com tomate

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O Israeli couscous, também conhecido por maftoul ou pearl couscous, é bem diferente do couscous marroquino. O Israeli é feito de bolotas largas e precisa ser cozido, não apenas reidratado como o marroquino. Ele fica ótimo em saladas, como esta com lentilha e hortelã que eu fiz um tempo atrás. Desta vez me baseei numa receita da revista Martha Stewart Living.

Toste 1 xícara de Israeli couscous numa panela até os grãozinhos ficarem dourados. Enquanto isso tenha uma chaleira preparada com água fervendo. Quando o cuscous estiver douradinho despeje bastante água fervendo até cobrir todo os grãos, acrescente sal a gosto e deixe cozinhar até os grãos ficarem bem macios. Escorra bem e reserve. Você pode fazer com tomates crus, como a MS ensina, mas eu estava usando a churrasqueira pra fazer outras coisas e resolvi aproveitar o calor e assei os tomates pequenos cortados ao meio e embrulhados numa folha de papel alumínio. Você pode também fazer no forno. Quando eles estiverem cozidos, remova da churrasqueira, abra o pacote e deixe esfriar um pouco. Misture os tomates assados—com o caldinho que soltou e tudo, no couscous cozido. Tempere com molhinho feito com vinagre balsâmico, suco de limão, azeite, óleo de nozes e flor de sal. Misture bem, jogue bastante folhinhas de manjericão frescas rasgadas com as mãos, e então sirva.

43 graus

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Pedalando minha bicicleta pelo campus da UC Davis às cinco da tarde me senti dentro de um forno natural. O ar estava seco e amarelado e os meus olhos ardiam com o calor que estava no pico, marcando 43ºC / 109ºF. Nesses dias extremamente quentes, o departamento de saúde pede para as pessoas evitarem ficar na rua, fazer exercícios, levar crianças à piscina, pois o ar fica insalubre. Felizmente, essas ondas de calor duram no máximo três dias, embora elas aconteçam várias vezes durante o verão. Felizmente também temos uma excelente infra-estrutura e só se sente o calor na rua. Minha casa tem ar condicionado central, como a maioria das casas e locais públicos ou de trabalho. Eu fecho as janelas pela manhã para não deixar o bafão entrar e quando chego em casa, o a/c já ligou automaticamente para manter a temperatura da casa nos agradáveis 25ºC / 77ºF. Por isso eu não uso o fogão nesses dias tórridos, porque não faz sentido ter uma temperatura controlada e esquentar deliberadamente uma parte da casa. E como esquenta! Em dias secos e quentes como esse, até a chama do fogão produz calor demais. Então o jeito é cozinhar na churrasqueira, onde eu já adquiri maestria, ou fazer receitas que não precisam cozimento. Nesse dia baforento optei mais uma vez pela panzanella. Essa salada é uma refeição completa e não precisa usar o fogão para prepará-la. Nessa variação usei abobrinha. Mas já fiz várias vezes a receita clássica e a versão com aspargos.

Assim jantamos no primeiro dia da ondaça, que ainda vai nos castigar por mais dois dias. E a previsão pra hoje—lord have mercy—é de 44ºC / 112ºF.

purple coleslaw

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Se a vida [via fazenda orgânica] lhe oferecer um repolho, faça com ele um coleslaw. Se o repolho for roxo, faça então um purple coleslaw. Para realizar essa façanha você vai precisar de:

um repolho roxo ralado fininho no mandoline
uma maçã ralada fininha da mesma maneira
uma abobrinha amarela pequena idem
figos secos picados em cubinhos
um pouquinho de folhas de orégano fresco picadinhas
misture tudo e tempere com um molho feito com:
suco de um limão amarelo, flor de sal, azeite extra-virgem, mostarda dijon e creme fraiche

* esse coleslaw não ficou muito fotografável, mas passou pelo meu crivo de blogável, então aqui está!

uma [bela] saladona

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Já virou praxe fazer uma saladona assim quando está quente e não se pode nem pensar em usar o fogão. Eu faço tantas dessas que já nem é mais novidade. Mas elas sempre saem diferentes, pois nunca uso os mesmos ingredientes. Uso uma travessa bem larga e rasa e vou colocando o que vier na minha telha. Às vezes eu tempero cada coisinha separadamente. Outras vezes coloco tudo na travessa e depois tempero como quero. Dessa vez fiz mais ou menos. Temperei o feijão fava separado e o resto na travessa mesmo, mas variei os azeites e os vinagres. Já fiz essa salada em noites de inverno também. Portanto, nada com respeito dessa saladona é rigidamente delimitado.

Nessa usei—tomates vermelhos e amarelos, feijão fava, figos secos, azeitonas pretas, brócolis levemente cozidos no vapor, ovos cozidos, atum conservado no azeite, abobrinha ralada em tirinhas bem finas, pepino japonês em cubos e bastante folhas de manjericão fresco picadas e salpicadas por cima de tudo. Tempero a gosto.

bean thread noodle salad

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Aprendi a fazer essa salada com o macarrão de feijão—bean thread noodle—há muitos anos. Só não lembro onde, nem quando. Nessas horas é que se vê a importância de se manter um blog, com tudo registrado e arquivado.

Esse é um prato ótimo para dias quentes, mas nada impede que se faça também em dias frios. Eu prefiro saborear essa salada bem fria, então gosto de fazer com antecedência.

Colocar o macarrão de feijão na água fervente, para amolecê-lo. Esse macarrãozinho não precisa ser cozido, só amolecido. Ele é branco e fica bem transparente, como o macarrão de arroz. Quando o macarrão já estiver molinho, junte à água quente onde ele está imerso, um punhado de brotos de feijão—moyashi. Isso é para o moyashi ficar levemente cozido, sem perder a crocância. Escorra o macarrão e o moyashi, coloque numa saladeira, junte bastante deep fried tofu picado em cubinhos e bastante coentro fresco. Tempere com molho de soja—shoyo, azeite e pingos de óleo de gergelim. Misturar bem, o molho de soja vai fazer o macarrão ficar mais escuro. Deixe esfriar ou coloque para gelar, e sirva.

squash & lemon verbena

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Começou a temporada das abobrinhas e essa época é sempre um desafio pra mim, que preciso bolar mil maneiras diferentes de usar as inúmeras variedades que recebo. Para essa salada, usei a patty pan squash, que parece um mini-disco voador chegado de Marte. Fiz fatias bem finas no mandoline e depois temperei com um óleo de avelãs, vinagre de champagne, flor de sal, pimenta do reino e folhinhas frescas de lemon verbena. Essa erva é muito interessante, aveludada e com um perfume de limão, deu um toque especial à essa salada.

mini caprese

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Uma mini salada, para usar os mini tomates e as mini mussarelas. Ficou uma mini caprese, adornada com mini folhas de manjericão fresco. Foi nosso almoço no feriado, acompanhado de uma focaccia com pesto e alcachofra, que compramos na padaria de Pescadero.

salada de lentilha verde com cenoura e batata-doce

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Recomeçamos nossos picnics das quartas-feiras no Farmers Market. Até o final do verão teremos o parque disponível, com música ao vivo e toda a animação que essa atividade traz. Eu adoro fazer picnics. Tenho uma variedade de equipamento, com cestas bacanas, toalhas e mil e um utensílios. Gosto de planejar e por em prática um mini-menu, que geralmente envolve uma salada, um pão, vinho e água. Para esse picnic inaugural, levei uma salada de lentilha verde de Puy com cenoura e batata-doce—yam, a batata-doce cor de laranja. Cozinhei a lentilha no dia anterior, escorri e reservei. Uma hora antes do picnic cozinhei as cenouras e as batata-doces cortadas em cubinhos no vapor. Deixei esfriar e misturei à lentilha. Temperei com orégano fresco picado, que está abundante na minha horta, vinagre de figo, que trouxe de Portugal, flor de sal com oréganos, que ganhei da Carlota, e bastante, bastante azeite extra-virgem. Levei um vinho branco da Rosenblum que não gostei muito. É o primeiro vinho dessa vinícola que me desagrada. Mas isso não interferiu na minha animação, nem na do pessoal, que comeu, bebeu e conversou muito. Ficamos na grama do parque até às 9 da noite e voltamos para casa no escuro.

panzanella de aspargos

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O casalzinho veio dirigindo de Chico até Davis para nos conhecer e olhar a guest house por dentro. Chegaram às 6:30 pm, que teoricamente seria a hora do jantar do casal ancião que gosta de jantar com o recolher das galinhas. Quando eles chegaram eu estava na cozinha, terminando de preparar uma saladeira enorme de panzanella de primavera. Enxuguei as mãos no pano de prato e fui cumprimentá-los—nice to meet you, nice to meet you. Eu já tinha conversado com ela pelo telefone, tinha pedido pra ela ligar pro Uriel, que por outro lado disse que teria que falar primeiro comigo. O Uriel adora fazer esses ping-pongs, quando ele bem sabe que eu sou librianamente impossibilitada de tomar decisões. Mas não tínhamos dado muitas esperanças ao casalzinho, porque baseados nas nossas péssimas experências do passado, colocamos "casais" e "pessoas com animais de estimação" na nossa lista negra de inquilinos não desejados.

Mas o Uriel é um cara de coração puro e singelo, que não tem muito jeito pra dar uma de durão. Enquanto eu terminava de preparar a panzanella, ele levou o casal pra uma visita à propriedade e quando voltaram parecia que estava tudo certo para alugarmos a casinha para eles.

?????

Ainda não sabemos como vai ficar, porque eles querem mudar somente em junho, pois ainda estão terminando classes na universidade lá em Chico. Mas eles são tão fofinhos, estão tão encantados pela casinha e aceitando todos os nossos poréns, que acho que vamos acabar nos dobrando à inconveniência deles serem um casal.

Estava tão empacada com a idéia de fazer uma panzanella para o jantar, que até fui ao Co-op comprar um belo pain au levain da padaria Acme de Berkeley, depois cozinhei no vapor um maço de aspargos magrelos que veio na cesta orgânica e preparei a receita clássica da panzanella, com os aspargos substituindo os tomates. Jantamos a salada crocante discutindo os detalhes dos talvez futuros inquilinos.

* essa salada fica melhor ainda depois de descansar algumas horas na geladeira, ou mesmo no dia seguinte.
* * sim, a cidade chama-se Chico—welcome to California, folks!

ontem eu fiz...

...uma salada Niçoise, pela milhonésima vez.

Eu adoro a versatilidade dessa salada. Também adoro como ela quebra o galho e substitui uma refeição completa, em qualquer estação do ano. Ontem ela foi a primeira coisa que pensei em fazer quando cheguei em casa às sete da noite, com fome, cansada, sem idéia, sem paciência. Tenho duas versões relatadas e fotografadas de Niçoises, uma AQUI e a outra AQUI.

E a de ontem saiu bem diferente, o que é justamente o segredo dessa salada. Nunca fica exatamente a mesma coisa. O segredo é ser criativo usando os ingredientes disponíveis e se usar atum—que é o que eu sempre uso—nunca economizar, usar sempre o melhor que suas patacas puderem pagar, do tipo preservado em azeite.

Na Niçoise de ontem usei:
Erva-doce ralada fininha
Azeitonas pretas
Figos caramelizados no vinagre balsâmico
Ovos da galinha hillbilly, a Florisbela, cozidos e cortados em fatias
Feijão branco cozido e temperado com salsinha picadinha * usei os butter beans, uns feijões gigantes e carnudos, simplesmente deliciosos
Folhas de alface
Uma lata do melhor atum preservado em azeite
Regue tudo com azeite extra-virgem e salpique flor de sal e pimenta branca moída. Sirva com fatias de pão rústico tostadas na frigideira

salada de edamame com cranberries e queijo

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Ferva os edamames por cinco minutos, coe e deixe esfriar. Numa vasilha misture as edamames com cranberries secas, salpique com manjericão fresco picado [*não tinha, usei coentro fresco] e tempere com sal, pimenta moída e azeite. Misture bem e acrescente queijo feta esmigalhado [*não tinha, usei queijo de cabra]. Sirva gelado ou em temperatura ambiente. Eu coloquei as edamames sobre uma cama de alface crespa.

pastina salad

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Pastina é um micro-macarrãozinho em forma de estrelinha, que é normalmente usado em sopas, mas eu usei para fazer uma salada. Achei uma receita bem interesante, mas como eu não tinha alguns ingredientes importantes, resolvi simplificar. Ficou muito boa. Com todos os ingredientes deve ficar melhor ainda. A pastina de longe pode enganar os desavisados, que podem pensar que você está servindo couscous. Mas a textura e o sabor são bem diferentes e se você olhar de pertinho, vai ver que os grãozinhos são na verdade estrelinhas.

Cozinhe a pastina al dente, como faria com qualquer massa, na água salgada. Coe, coloque numa vasilha e reserve. Toste algumas amêndoas em lascas. A receita original pedia pinoles, mas eu não tinha. As amêndoas foram ótimas substitutas. Misture um punhado de currants, aquelas passas minúsculas, na pastina cozida. Junte as amêndoas. Faça um tempero com sal, suco de laranja, água de flor de laranjeira, cominho em pó, curcuma [tumeric] em pó, noz moscada ralada, e azeite. Tempere a pasta com essa mistura e acrescente bastante coentro picadinho. Misture e sirva.

salada de beterraba e laranja vermelha

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Outra salada usando os ingredientes da estação, que saiu publicada no jornalzinho do nosso Co-op. Ficou muito boa e bem diferente dessa outra salada de beterraba e laranja que preparei outro dia. Só achei que as quantidades davam para fazer salada pra um batalhão, então diminuí consideravelmente.

beets, blood oranges, and mint

12 beterrabas
6 laranjas vermelhas
2 colheres de sopa de shallots [echalotas] picadas
1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto
1 colher de sopa de suco de limão
2 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta a gosto
Folhas de hortelã picadas

Asse as beterrabas embrulhadas em papel alumínio em forno alto. Isso pode ser feito com antecedência. Descasque e corte as beterrabas em cubinhos. Descasque as laranjas e corte em fatias ou em gomos. Retire toda a parte branca. Faça um vinagrete com os outros ingredientes e tempere os cubos de beterraba e fatias de laranja. Misture bem para incorporar o tempero e salpique o hortelã picadinho. Sirva.

salada de inverno com salsão e nozes

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No jornalzinho deste mês do nosso Co-op saiu publicada essa salada bem interessante, usando todos os ingredientes que estão na crista da onda.

winter salad with celery and walnuts

3 tangerinas descascadas, sem sementes e picadas
10 kumquats sem sementes e cortados em fatias finas
4 talos de salsão ralado bem fino
1 xícara de nozes tostadas [no forno ou no fogo]
2 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de sopa de azeite
Pimenta do reino moída
Queijo pecorino romano ou parmesão ralado na hora *opcional

Misture todos os ingredientes, tempere com o molho, salpique com o queijo ralado, se quiser e sirva.

salada de cenoura e nozes

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Gastando as muitas cenouras que acumulam na geladeira. Ralar várias delas, acrescentar salsinha ou coentro fresco picado, salpicar com sementes de dill e nozes tostadas na frigideira de ferro [ou no forno] esmigalhadas com as mãos. Tempere com sal, vinagre, azeite.

no inverno, salada

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Essa salada é uma daquelas que podemos classificar de refrescante e que poderia certamente figurar num menu de verão. O mais incrível é que ela é uma salada típica de inverno, com ingredientes abundantes nessa época fria. Sempre me intrigou o fato das frutas cítricas, tão boas para fazer aquele suco para matar uma sede de calor, sejam frutas de tempo frio. A natureza deve saber das coisas, então vamos usar o que ela nos oferece em cada estação.

Usei uma erva-doce ralada, duas cenouras em pedacinhos, algumas folhas de alface e uma laranja valenciana cortada em cubinhos. Acrescentei algumas azeitonas secas. Ralei a casca da laranja na salada, depois temperei com suco de laranja, vinagre de champagne [pode ser de vinho branco ou de maçã], flor de sal e bastante azeite. Refrescante... mesmo para comer nesse frio demente que está fazendo aqui na não mais tão ensolarada Califórnia.

salada de rúcula, abóbora e feta

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A outra parte da abóbora do Halooween que eu assei já virou sopa simples e salada simples. A salada foi montada com o que eu tinha na geladeira. Rúcula muito verde e apimentada, que eu compro de uns agricultores japoneses no Farmers Market. Adoro a reverência com que eles tratam os produtos e o cliente, compro somente deles, também porque as folhas que eles vendem são as mais bonitas. Daí usei os cubos de abóbora já assados e um bom pedaço de queijo feta esmigalhado. O tempero foi gotas de sumo de limão, pimenta branca moída, flor de sal e um azeite com sabor de limão, que é simplesmente o fino da bossa.

salada de legumes

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Uma das vantagens de não escolher os produtos que eu recebo semanalmente na cesta orgânica é o fato disso me forçar a comer coisas que normalmente eu nunca compraria e também exercitar a criatividade. Eu olho para o lote de legumes e verduras da semana e TENHO que criar algo legal. No inverno o desafio é ainda maior, porque chegam muitos legumes de raizes, muitas folhas verdes. Nem sempre saem receitas maravilhosas, mas o trivial também é bom. Para essa salada, usei um kohlrabi, cenouras e brócolis—tudo cru. Cozinhei quatro ovos gigantes da galinha feliz. As claras eu piquei e coloquei junto com os legumes. As gemas foram pra maionese básica, onde também acrescentei mostarda dijon e folhas de manjericão fresco.

salada de rúcula com cogumelos

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A inspiração para essa salada veio na revista Gourmet, mas acabei transformando a receita original e criando uma diferente. Usei cogumelos crimini e shitake, que refoguei rapidamente no azeite. Fiz isso no dia anterior, mas o melhor é fazer na hora. Numa saladeira coloquei folhas de rúcula e radichio picadas com as mãos, acrescentei cubinhos de beterraba assada, que também preparei um dia antes, e por último coloquei os cogumelos mornos. Temperei com a salsa verde.

salada de frutas [outono-inverno]

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Use o que tiver à sua disposição. Salada de frutas não é sinônimo de verão e pode ser feita em qualquer época do ano, com qualquer tipo de fruta. Essas de outono-inverno se combinaram maravilhosamente bem nessa salada, que ficou vigorosa, refrescante, doce, azedinha e crocante. Eu usei: caqui fuyu, sementes de romã, laranja, figos secos e nozes tostadas. Temperei com pingos de limão meyer e um fio de maple syrup.

apple & carrot slaw II

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Refiz esta receita de anos atrás, desta vez tirei foto. E não usei repolho, mas usei a cebola roxa e troquei o coentro por salsinha. O resto ficou igual—só que da primeira vez cortei as cenouras e as maçãs no mandolin, depois cortei em fios. Desta vez cortei grosso e ficou uma salada para exercitar bem os molares e o maxilar. As cranberries podem ser substituidas por passas ou qualquer outra fruta seca.

the making of a [lovely] salad

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A salada de sempre, com folhas de rúcula e alface, das quais tenho tido abundância. Um pequeno pedaço de blue cheese do Point Reyes Farmstead Cheese Co. que é uma produtora local que faz um queijo simplesmente divino. No vinagrete básico coloquei micro-pedaços de um tomate seco—seco mesmo, tenho que cortar com a tesoura, que compro de uns produtores japoneses gentilíssimos no Farmers Market. E fiz os croutons, na frigideira de ferro. Cortei as fatias de pão em quadradinhos, ou pelo menos tentei, coloquei um pouco de manteiga na frigideira, adicionei um dente de alho bem picadinho, deixei a manteiga impregnar com o sabor do alho e joguei os cubinhos de pão. Tostei, mexendo sempre com uma colher de pau, até eles ficarei crocantes. Montei a salada na hora de servir.

salada de alface com queijo de cabra assado

Duas horas ou até um dia antes, corte um tubo do melhor e mais fresco queijo de cabra que voce puder encontrar em rodelas de uns 2 ou 3 cm, coloque num recipiente com tampa, tempere com sal, pimenta, ervinhas frescas ou secas a gosto e cubra com um bom azeite. Guarde na geladeira. Prepare uma farinha de pão, moendo o pão torrado ou bolachas salgadas. Eu uso uns crackers salgados noruegueses feitos de centeio. Empane as rodelas de queijo de cabra temperado com a farinha de pão, coloque numa forma e asse em forno pré-aquecido em 400ºF/205ºC até que o queijo fique molinho por dentro e dourado por fora—de 5 a 10 minutos, é rápido, por isso é recomendável ficar de olho.

Escolha as melhores folhas de alface fresquinha, lave, seque bem e pique em pequenos pedaços com as mãos. Coloque numa saladeira e separe. Prepare um vinagrete simples, com 1 colher de sopa de vinagre de vinho, sal a gosto e 3 colheres de sopa de azeite. Eu coloquei uma colherzinha de mostarda dijon. Pode substituir o vinagre de vinho por suco de limão. Bata vigorosamente com o batedor de arame até ficar um creme grossinho. Tempere as folhas de alface com esse vinagrete. Vá colocando aos poucos, só o suficiente para deixar as folhas de alface brilhante. Não encharque. Sirva com as rodelas de queijo de cabra assadas.

* essa salada é receita clássica da Alice Waters. sem foto, porque assim que o queijo saiu do forno , nos servimos e devoramos prontamente tudinhooo...

salada de beterraba & laranja

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Uma salada simples cujo segredo é o molho. A beterraba eu assei embrulhada no papel alumínio sem descascar—fiz num outro dia quando assei outras coisas e aproveitei o forno, guardei na geladeira embrulhada no papel alumínio que assou. A laranja foi descascada e despelada da parte branca. Ajeitei tudo numa travessa e preparei o molho. Uma colher de sopa de suco de laranja, 1/2 colher de sopa de vinagre de champagne ou vinho branco, sal e três colheres e sopa de óleo de avelãs. Qualquer óleo de nozes ajuda a intensificar o sabor da beterraba. Bata bem o molho com um batedor de arame até ele ficar bem emulsificado e cremoso. Tempere a salada. Eu também salpiquei raspas de casca da laranja sobre as beterrabas.

salada verde picante com queijo manchego e pêras

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Receita da Gourmet de novembro 2007 que foi um total sucesso de público e crítica no nosso almoço de sábado. Ela faz parte do menu vegetariano de Thanksgiving publicado nessa edição da revista. Serve oito pessoas.

1/3 xícara de sementes cruas e verdes de abóbora - pepitas
1/3 xícara, mais 2 colheres de sopa de azeite
3 colheres de sopa de vinagre de sherry - jerez
1 colher de chá de mel
1 colher de chá de mostarda granulada
4 xícaras de verdes picantes como agrião e rúcula
4 xícaras de frisée - French curly endives
* eu usei rúcula, alface e mâche
250 gr de queijo manchego cortado em fatias bem finas
8 pêras pequenas - Bartlett verde ou vermelha

Frite as sementes cruas da abóbora numa colher de sopa de azeite numa frigideira pesada sobre fogo médio, até elas começarem a ficar amarronzadas. Retire, coloque em folhas de papel para enxugar o óleo—se quiser pode somente tostar as sementes, sem o azeite, que deve ficar também muito bom.

Prepare o molho, misturando a mostarda, mel, sal a gosto, o vinagre e o azeite. Bata bem com um batedor dev arame até ficar bem emulsificado.

Prepare os pratos, colocando a mistura de verdes, coloque as fatias de queijo manchego e fatias de pêra. Tempere com o molho e salpique com as sementes de abóboras tostadas.

salada crocante

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Saladas são geralmente uma tela em branco, abrindo espaço para o exercício da criatividade. Eu acredito que poucas saladas precisam de receita. Todo mundo pode criar saladas inéditas ou recriar algumas das clássicas. Quase tudo pode virar salada e eu geralmente brinco com os ingredientes que tenho, usando o bom senso, misturando as cores e sabores e coroando a mistura com um molho que ajude a realçar os ingredientes. Minha regra número um é quanto mais simples melhor. Nenhum ingrediente deve oprimir o outro, todos devem combinar harmoniosamente e o resultado final deve ser um prazer!

Nessa salada crocante eu usei as cores e sabores que me estavam disponíveis. Ainda estão chegando pepinos e pimentões na cesta. Usei rúcula fresquinha picada, uma laranja cortada em cubinhos, um pepino, um pimentão amarelo. No molho usei as raspas da casca da laranja, vinagre de laranja, sal grosso e bastante azeite. Salpiquei umas lascas de amêndoas tostadas. Esse tipo de salada com ingredientes delicados [rúcula] e que soltam água [pepino] eu tempero imediatamente antes de servir.

salada quente de abóbora, radichio e figo

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Corte a abóbora em cubinhos, espalhe numa forma forrada de papel alumínio e asse em forno pré-aquecidoo em 400ºF/205ºC até ficar mole. Retire do forno. Corte um radichio grande ao meio, lave, escorra bem, coloque numa forma forrada com papel alumínio e asse até os radichios murcharem um pouco. É bem rápido, portanto não distraia. Numa panela, jogue alguns figos secos—eu usei a variedade black mission, e cubra com vinagre balsâmico. Reduza no fogo médio. Monte a salada numa travessa, a abóbora de um lado, as metades de radichio do outro. Salpique a abóbora com folhas de tomilho fresco. Jogue os figos cozidos e o balsâmico reduzido sobre a abóbora e radichio. Regue com azeite, salpique com flor de sal e sirva imediatamente.

salada primeiros ares de outono

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Ela chegou na cesta da primeira semana de outono e virou salada, primeiro cortada em cubos, temperada com azeite, sal, pimenta e ervas provençais e depois assada em forno alto. A abóbora virou uma bonita salada com cores outonais depois que foi mistutada à duas pequenas abobrinhas redondas picadas em cubinhos, algumas vagens verdes cozidas no vapor e cortadas em pedacinhos pequenos, queijo feta esmigalhado e bastante ciboulete picada. O tempero foi bem simples, sal marinho, azeite espanhol e vinagre de laranja.

a onda da salada da alice

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Pelo jeito não fui a única inspirada pelo video da Alice Water no NYT. Na mesma semana tive que fazer uma saladona de legumes com o molho de maionese que aparece no final da video-reportagem, com uma inspiradora trilha sonora de "hmmms" e "ooowws" no background.

A minha salada, que devorei sozinha assistindo filme e sorvendo um vinho espanhol que ganhei de presente, fiz assim:

Num prato grande ajeitei separadamente folhas verdes de salada, um talo de salsão ralado bem fininho, dois tomates cortados em quatro, batatas e cenouras cortadas em cubos e cozidas no vapor, algumas azeitonas pretas, uma latinha de atum espanol preservado no azeite [o melhor que você puder achar–nada desse atum horrorpilântico de 0,99 cents], três ovos cozidos que eu só como a clara, e usei as gemas cozidas para fazer a maionese.

A maionese foi inspirada no aioli da Alice Waters, então abri uma exceção para o alho, mas usei um dente minúsculo, porque não quis arriscar os efeitos colaterais. Num pilão amassei bem o alho com sal marinho grosso e um pouquinho de pimenta do reino moída na hora. Numa vasilha pequena coloquei as gemas, que amassei muito bem com um garfo, suco de limão, uma colherzinha de mostarda dijon, adicionei o alho moído com o sal e pimenta, misturei muito bem com o batedor de arame e fui adicionando um azeite espanol orgânico, batendo vigorosamente, até os elementos se incorporarem e o molho virar um creme. Joguei sobre a salada e devorei, acompanhado por uma fatia de pão fresquinho, que ajuda a coletar e não desperdiçar nenhum pingo do molho. Outstanding!

The Cobb Salad

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A Cobb salad é uma salada tradicional americana que tem toda uma história sobre como e por quem ela foi criada. A versão mais divulgada é a que ela teria sido inventada em 1926 por Bob Cobb, gerente do restaurante The Brown Derby em Los Angeles. Ele abriu a geladeira do restaurante e foi montando a salada com ingredientes e sobras. A mistura agradou tanto que entrou para o menu e para a história. É uma salada que substitui uma refeição e que eu acho que deve funcionar muito bem em picnics, levando molho numa vasilha separada e temperando uns minutos antes. Também é uma salada que permite muitas variações. Na receita original vai agrião, mas como eu não encontrei pra comprar usei somente a alface romana. O peito de frango pode ser substituido por peru.

3 ovos cozidos e picados
2 abacates pequenos cortados em cubos
8 fatias de bacon fritas até ficarem quebradiças e crocantes * eu faço no microondas, que dá o mesmo resultado e não faz aquela sujeirada
1 pé de alface romana cortada em pedacinhos
2 xícaras de agrião picado
3 xicaras de peito de frango cozido cortado em cubinhos * cozinhei com vinho branco, alho, sal, louro e água
Queijo Roquefort em pedaços * não tinha Roquefort, usei Port Salut
Chives/ciblolettes picadinha para decorar

Arrume os ingredientes em fileiras numa saladeira larga. Um pouco antes de servir despeje por cima o seguinte molho:

1/4 xícara de vinagre de vinho tinto
1 colher de chá de molho inglês, Worcestershire
1/2 colher de chá de mostarda Dijon
1 dente de alho amassado *omiti
1/4 colher de chá de sal
1/2 tcolher de chá de pimenta do reino moída
1/3 xícara de azeite

Bata bem todos os ingredientes com um batedor de arame e derrame sobre a salada.

**bacon frito no microondas: forre um prato largo com bastante papel absorvente. coloque as fatias de bacon sobre o papel, uma ao lado da outra, sem sobrepor. cubra com mais papel absorvente, umas quatro camadas. coloque no microondas. eu vou colocando três minutos, mais três minutos, sempre checando. pro bacon ficar bem crocante vai levar umas cinco ou seis vezes os três minutos. fazendo assim e checando não tem perigo de errar e o bacon virar carvão. o bom dessa técnica é que não suja nada. você joga o papel fora e pronto. mas assim não se coleta a gordura do bacon, que muita gente gosta de usar para outras receitas. o processo não é inodoro, mas deixa a cozinha muito menos empestiada que a fritura na frigideira.

minha salada grega

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Como não dava pra jantar sorvete de banana, fiz uma salada que chamei de minha salada grega. Folhas verdes, pepino, pimentão vermelho, tomate, abobrinha, berinjela grelhada, cebola roxa e queijo feta.

A cebola eu cortei em fatias finíssimas e deixei uns minutos de molho na água gelada com vinagre. Esse processo alivia um pouco o gosto ríspido da cebola crua. Poderia ter colocado umas azeitonas pretas, mas esqueci. Eu coloco azeitona em tudo, preciso mesmo dar um tempo. O tempero foi o mais básico possível: sal marinho, pimenta do reino moi'ida na hora, vinagre de vinho branco e muito azeite.

[ainda] outra versão da Niçoise

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A presença de um maço de chinese long beans [vagens] na cesta orgânica e a temperatura de 37ºC no final da tarde me fizeram optar por preparar uma salada que eu considero uma das receitas mais versáteis e robustas que habitam o reino das comidas frias. A salada Niçoise pode ser preparada de inúmeras maneiras, variando os ingredientes conforme a criatividade e a disponibilidade. Ela é um prato que vira e mexe acaba na minha mesa, dominando solitária, pois a Niçoise nem precisa de acompanhamentos. Para dias quentes ela é perfeita, pois alimenta sem pesar. Uma das suas variações já esteve por aqui. Nesta, já mudei alguns ingredientes. Usei:

Batatas cozidas;
Ovos cozidos,
Vagens chinesas cozidas no vapor;
Atum da melhor qualidade temperado com azeite, limão e ervas provençais;
Tomate cortado ao meio, sem semente, frito ligeiramente em azeite;
Pimentão vermelho cortado em tirinhas bem finas e temperado com azeite e vinagre xerez—jerez ou sherry vinegar;
Azeitonas pretas;
Figos secos cortados ao meio;

Salpiquei ervas provençais no tomate frito e reguei a salada com uma vinagrete de limão verde. Salpiquei flor de sal. Fiz duas fatias de pão tostado pra acompanhar, mas nem precisava. Só a salada seria suficiente.

salada antepasto

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Que tal uma salada cujas sobras podem virar um antepasto? Corte uma berinjela em fatias grossas, tempere com azeite e sal grosso e asse na churrasqueira, forno ou na grelha. Essa parte pode ser feita um dia antes, como eu fiz, aproveitando o espaço na churrasqueira enquanto fazia uma carne para o jantar. No dia seguinte, ou depois que esfriar, corte as fatias da berinjela assada em tiras e coloque numa saladeira. Corte fatias finas de uma abobrinha amarela pequena e meio pimentão vermelho. Misture bem, jogue umas azeitonas pretas, tempere com sal grosso, pimenta do reino, azeite e vinagre de cidra ou de vinho. Jogue um punhado de salsinha fresca picada e misture. Sirva. As sobras vão pra geladeira e no dia seguinte, você já sabe.

salada de feijão & tomate

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Vi essa receira na MSLiving de junho de 2007. Ela é uma versão simplificada desta salada que eu peguei na Elise no ano passado e que foi um estouro, primero lugar absoluto na parada dos sucessos culinários. Essa tem menos ingredientes, mas mantém o básico feijão-tomate-azeite aromatizado com alho. Também ficou muito boa e foi o meu almoço, acompanhada de torradas de pão francês feitas na frigideira de ferro.

Duas latas de feijão branco cannellini
*usei uma lata de butter beans ou fagioli bianchi de spagna
250 gr de tomate roma cortados em cubinhos
*usei os cerejas, pois estou com uma colheita abundante na minha horta
1/2 xícara de folhas frescas de manjericão
Sal grosso e pimenta moída na hora a gosto
1/4 xícara de azeite
3 dentes de alho pequenos amassados

Frite o alho no azeite, deixe esfriar um pouco e jogue sobre a salada que já deve estar misturada numa vasilha. Mexa bem e deixe descansar por 30 minutos, para os sabores se incorporarem bem.

salada de trigo bulgur
[com queijo feta e pinoles]

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bulgur salad with feta and pine nuts
da revista Everyday Food de agosto, 2007

1/2 xícara de bulgur [trigo de quibe]
sal grosso e pimenta do reino
2 colheres de sopa de pine nuts [pinoles] tostados
4 colheres de chá de suco de limão
2 colheres de chá de azeite
1/2 xícara de feta cheese esmigalhado
1/4 cebola roxa picadinha
1/2 xícara de salsinha picada
1 pepino pequeno descascado e picado
Folhas de alface - não usei.

Deixe o bulgur de molho em 1 xícara de água fervendo com uma pitada de sal por meia hora. Coe pra retirar toda água. Faça um molho com o suco do limão, azeite, sal e pimenta. Acrescente o bulgur, o pepino, cebola e salsinha. Misture bem. Adicione o queijo feta e os pinoles. Misture bem e sirva sobre as alfaces, se quiser.

outra vez, mais uma vez

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A mesma saladinha de atum de sempre. Uma receita básica, que permite inúmeras variações. Nesta, atum, pickles, maçã e bastante salsinha picada.

salada de batata e salmão

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O calor chegou. Já teremos temperaturas em torno dos 40ºC no meio da semana. Entrei no mood verão e só de cozinhar umas batatas no fogão ja me deu um suadouro e achei que esquentou a cozinha. Vou ter que começar a planejar os cozimentos ultra-rápidos e agilizar o uso da churrasqueira no quintal. Mas quis cozinhar as batatas que chegaram na cesta orgânica, pois elas são divinas e achei que combinariam numa salada com as sobras de salmão do domingo. Busquei na geladeira por ingredientes que valorizassem essa mistura básica. Ralei fininho meia cebola branca e deixei de molho na água e vinagre. Cortei dois pepinos japoneses pequenos em cubinhos e um bulbo bem pequeno de erva-doce em fatias finas. Misturei as batatas cozidas, o salmão em pedaços, a cebola escorrida, o pepino, a erva-doce, joguei umas folhas frescas de manjericão e um punhado de azeitonas verdes cortadas em rodelas. Temperei com um molho de mostarda e dill—maionese, creme fraiche [iogurte ou sour cream], suco de limão, vinagre de maçã, mostarda escura, sal, pimenta, dill seco.

salada de lentilha com rúcula, alcachofra e abobrinha

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Tive a idéia para essa salada no meio da tarde. Usei lentilha verde, a puy lentils. Cozinhe até elas ficarem macias, mas ainda bem firmes. A lentilha verde é ótima para saladas, pois ela não desmancha fácil. Mas use qualquer lentillha, nada aqui é regra. Coe e deixe esfriar completamente. Corte corações de alcachofra em padacinhos. Corte uma abobrinha amarela em fatias finas e depois em quadradinhos. Pique uma quantidade de rúcula. Misture tudo às lentilhas, tempere com sal, pimenta do reino moída, vinagre de vinho tinto e bastante azeite. Sirva com torradas de pão rústico.

dias assim são assim mesmo

Não é que a comida ficou ruim ou incomível. Ela só não ficou maravilhosa, e nem deve ter sido erro de receita ou má escolha dos ingredientes, mas sim efeito moral de final de segunda-feira agitada e cansativa, regada com um pinguinho de mau humor. Fui fazer o jantar usando uma estratégia impraticável para uma pessoa sozinha—usar o forno na cozinha e a churrasqueira lá no fundo do quintal ao mesmo tempo. E fui falar ao telefone, fui lavar os legumes e verduras da cesta orgânica, além de organizar os ingredientes pras receitas. Assim é querer demais, não? No interim o garbage disposer entupiu com alguma coisa e uma das bacias da pia ficou inusável, com aquela água suja boiando. Mesmo assim consegui terminar tudo, sem queimar nada e servi o jantar na mesa do quintal, como sempre—com tudo arrumado, pratos, copos bonitinhos, guarnanapos de pano. Mas não rolou aquele excitamento de receita nova feita com ingredientes frescos. O clima do jantar foi de vamos apenas forrar o bucho. Nem as fotos que tirei prestaram. Dias assim acontecem e são assim mesmo, fazer o quê?

Salada de abobrinha grelhada
Cortei duas abobrinhas amarelas grandes em fatias grossas e temperei com sal marinho grosso, pimenta do reino, sálvia seca e azeite. Coloquei na churrasqueira em fogo baixo—pode ser feita na grelha. Grelhei dos dois lados, coloquei numa vasilha, deixei esfriar e salpiquei com cebouletes picadinha e cubinhos de queijo feta. Servi com um molhinho feito com duas partes de iogurte natural, uma parte de maionese, azeite, suco de limão e sal, tudo muito bem emulsificado pelo batedor de arame.

Tabuli de tomate assado
Ponha o trigo de quibe de molho na água—uma xícara de trigo, uma xícara de água. Deixe absorver toda a água. Mexa com um garfo. Acrescente bastante hortelã, manjericão e salsinha picados. Asse uns tomates no forno, temperados com sal, pimenta, azeite. Deixe esfriar e misture no trigo com as ervas. Tempere com sal, pimenta, azeite e suco de limão a gosto. Sirva.

italian panzanella

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Fiz essa salada robusta e refrescante para levar a um churrasco na casa da minha amiga Leila. Outra receita tirada da edição de junho da revista Everyday Food. Essa panzanella tem o plus do queijo provolone e do feijão cannellini. Ficou ótima!

Numa saladeira misture com o batedor de arame:
1/4 xícara de vinagre de vinho tinto
1/4 xícara de azeite
Sal marinho e pimenta do reino moída

Acrescente:
2 latas [30 ounces/800 gr] de feijão branco cannellini
3 xícaras de pão rústico, tipo italiano ou sourdough cortado em cubos
400 gr de tomates cortados em cubos
1 pepino grande cortado em cubos
1/4 de cebola roxa fatiada bem fina
4 ounces/ 150 gr de queijo provolone cortado em cubos

Misture bem para incorporar o tempero nos ingredientes, cubra e leve à geladeira por no mínimo 2 horas, máximo de 8 horas. Na hora de servir acrescente 1/4 xícara de folhas frescas de manjericão. * É muito importante fazer essa salada com bastante antecedência e deixar ns geladeira, pois o pão precisa ficar mole, absorver bem os temperos.

salada de pepino com molho de sour cream e dill

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Essa salada refrescante e delicada saiu da edição de junho da revista Everyday Food. Fiz com pepino japonês, mas pode ser feita com qualquer variedade.

Corte os pepinos em fatias bem finas e tempere com um molho feito com: suco de um limão, 1/2 xícara de sour cream, dill fresco [eu usei o seco], sal marinho e pimenta do reino moída na hora. Eu adicionei um fio de azeite, porque sou uma metida que precisa sempre mudar alguma coisa. Não me arrependi.

quantas saladas poderei fazer!

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Verdes são a alma das saladas. Eu cresci comendo alface, agrião e rúcula. Mas também comia o espinafre, o repolho, a acelga, entre outras folhas não tão populares. Esses verdes são entidades batutas, que podem virar um bela salada em solo, misturados entre si ou com outros ingredientes, abrindo um leque de possibilidades quase infinito. Minhas piscadelas amorosas se inclinam na direção da rúcula, que é o meu verde favorito—e vamos ser sinceros: que VERDE, hein? Adoro o sabor pungente e picante dessa folha. Acho que ela acompanha bem quase tudo e mistura-se bem à quase tudo, além de ser deliciosa sozinha, temperada levemente com um salzinho, azeite e um pingo de vinagre de vinho tinto.

Por três anos eu plantei rúcula na minha horta. Um ano deu bem, no outro ano não deu nada e no último ano eu simplesmente esqueci das folhas lá no quintal, por falta de tempo, porque me embananei nas minhas funções domésticas, porque às vezes essas coisas acontecem mesmo, conformemo-nos. No final do inverno finalmente deitei abaixo os resquíscitos da horta do verão passado, que se cobrira de pés de tomates ressecados e mato. Revirei a terra cheia de minhocas, arranquei o mato, plantei ervas e perdi metade para bichos invisíveis que todo ano atacam meus canteiros de devoram as coisas gostosas. Um pé de cebolinha sumiu inteiro, certamente obra de algum mamífero patudo e não de seres repelentes rastejantes. Mas aos poucos a horta foi tomando caras de horta novamente. O hortelã chocolate se espalhou rapidinho, renascido da tumba de Lázaro. O orégano e o tomilho rebrotaram, as novas ervinhas foram criando raizes ou sucumbindo aos bichos. Plantei vários pés de tomates intercalados por alguns de manjericão. E assim foi indo até quando numa das minhas inspeções notei um matagal verde se espandindo num dos cantos de um dos canteiros. Como era volumoso e uniforme, logo vi que não podia ser mato. Peguei uma folha e cheirei—hm, não pode ser—mordi e mastiguei outra folha—nhoccrunchnhoc—será?? ohdearlord, é RÚCULA!

Segundo a minha amiga Alison, o fato de eu ter esquecido a rúcula na horta no verão passado, permitiu que ela florecesse e polinasse. Sem ter plantado nada, vou ter com certeza salada abundante o verão inteiro. A melhor salada, a minha favorita, e assim, sem mais nem menos, fruto da minha total desorganização.

os tomates que viraram salada

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Eu não acho os tomates amarelos tão saborosos quanto os vermelhos. Mas que eles são bonitos, isso são. Dão um show na travessa, quando são cortados em fatias e dispostos à apreciação pública—temperados com sal, pimenta, azeite e vinagre de vinho branco ou de champagne, e salpicados com alguma erva fresca.

Corn Chowder Salad

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Cansada, cheia de achaques hormônicos, de mau humor, me preparando pra jantar sozinha, procurei por uma receitinha fácil, prática e que me ajudasse a sair daquele estado desalentador que ainda insistia em relembrar—It's only Tuesday!

A primeira receita que vi e que me animou muito foi a de um Corn Chowder, uma sopa típica do sul dos EUA. Sopa, sopa... Tudo na receita me interessou, menos o fato de ser uma sopa. Não estou mais no embalo dos caldos aquecidos. Tive então a idéia de transformar a sopa numa salada, muito mais apropriada para essa época e o meu humor resultante de um dia descabelante de primavera. Usei quase os mesmos ingredientes e mandei bala. O resultado foi de comer com colher, que é como a gente come comida confortante, pra curar todos os achaques e reativar os ânimos para continuar firme até o fim da semana.

1 lata de milho verde - pode usar o congelado ou melhor ainda, se tiver, o fresco
1 cenoura ralada
1 cebolinha picada
Bastante salsinha picada
Pimentão vermelho picado - eu usei o assado e desidratado
Pimenta cayenne em flocos - da vermelha, qualquer uma, seca ou fresca

Misturar tudo numa saladeira e temperar com um molho feito com suco de limão verde, um pingo de maionese, buttermilk, azeite, sal marinho. Bata bem para emulsificar e adicione aos outros ingredientes. Misture bem e sirva.

salad with mint and peas

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Da Everyday Food de maio 2007. Essa salada mistura três ingredientes que combinam muito bem, um ajudando a destacar o sabor do outro. Como a minha horta está abarrotada de hortelã chocolate, achei que essa era uma ótima oportunidade de usar a erva fresca.

Faça uma vinagrete com suco de limão, mostarda dijon, azeite, sal marinho. Descongele as ervilhas. Pique o hortelã. Coloque a alface numa vasilha grande, jogue as ervilhas, salpique com o hortelã e misture a vinagrete somente na hora de servir. Moa pimenta fresca e pronto: suuper refreeeescantee!

salada de couve-flor assada

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Me inspirei pra fazer essa salada numa revista Gourmet antiga que folheei no consultório do meu médico, quando fui ver as sequelas do tombaço. Adorei a mistura, que na original ainda levava radicchio. Fez sucesso no meu jantar de ontem, que acabou super tarde, mas teve a presença do Gabe e da Marianne. Todos elogiaram o sabor da couve-flor assada.

Corte a couve em floretes, espalhe numa forma forrada com papel alumínio e regue com azeite, salpique com sal e pimenta do reino fresca. Asse em forno médio até os floretes ficarem tostadinhos por fora. Tire do forno, separe e deixe esfriar. Monte a salada com bastante alface, os floretes assados e amêndoas tostadas [eu usei as tostadas e defumadas]. Tempere com azeite, vinagre de vinho, sal, pimenta do reino fresca. Misture bem e salpique com bastante salsinha picada. Sirva.

*Fiz arroz e porpetinhas bem simples, pras crianças comerem e uma salada de beterraba crua ralada e pecans tostadas, temperada com vinagre balsâmico, que também agradou a todos.

o salmão que virou salada

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Uma das minhas maiores felicidades culinárias é conseguir reaproveitar sobras. Fico num pesar profundo quando jogo comida fora. Como sobrou muito salmão do almoço de sábado, já fiquei naquela angustia de—será que vou conseguir reaproveitar esse peixe?

Chegamos cansados do Napa Valley, eu sem ânimo pra inventar nada e todos sem apetite pra comer coisas pesadas. Lembrei de um tantão de alface que tinha na geladeira. Estão vindo alfaces gigantes na cesta orgânica e não estamos dando conta de tanta folha verde. Também tinha um bulbo de erva-doce. E azeitonas. E o salmão, salmão!

O molho pra temperar essa saladinha foi feito com mostarda amarela preparada, suco de limão, vinagre de maçã, azeite, sal, pimenta do reino, maionese e dill fresco e seco.

salada de pepino com gengibre

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Repliquei a receita da Verena, pela qual eu tinha me encantado. Ficou saborosa e uuuuuuuwwwwuuuu refrescante! O gengibre acrescenta um picante vaporoso ao já levíssimo pepino. Usei pepinos pequenos, japoneses, que cortei em cubos. Ralei gengibre por cima - talvez um pouquinho demais, mas não importa! Temperei com shoyo, mesmo não curtindo muito o sabor desse molho. Deixei marinar e crockcracknhack, comi o prato inteiro!

Crispy Chickpea Pita

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Mais grão-de-bico! Não resisti à essa receita que vi no website da Real Simple e resolvi gastar um estoque de latas do grão orgânico que comprei outro dia no Co-op. Faz um tipo de salada, mas o interessante dela é que o grão-de-bico é tostado antes no azeite.

Aqueça 2 colheres de sopa de azeite numa panela ou frigideira e adicione o grão-de-bico - usei duas latas. Vá mexendo sempre, até os grãos ficarem bem tostados. Retire do fogo. Coloque numa tigela, acrescente suco de limão, sal, pimenta e misture bem.

Numa outra tigela misture uns 2 tomates cortados em cubinhos, tempere com sal, pimenta e bastante salsinha picada. Eu misturei o grão-de-bico nessa salada de tomate. Sirva em cima do pão árabe - pita bread - levemente tostado na frigideira de ferro, ou no forno, com hummus e iogurte grego. Pode adicionar umas gotas de Tabasco na salada, mas eu infelizmente esqueci de fazer isso.

Hummus. Como eu não tinha pronto, fiz rapidinho no liquidificador: grão-de-bico, suco de limão, sal, flocos de pimenta vermelha, uns dentes de alho assado e bastante azeite, até dar ponto. Normalmente eu coloco um pouquinho de Tahini no meu hummus, mas nesse dia também esqueci de adicionar esse ingrediente.

duas saladinhas faceiras

Durante a semana eu fico deveras cansada à noite, então os rangos precisam ser fáceis, rápidos, saborosos e nutritivos. Como já não está aquele frio de tiritar ossos, as saladas entram em cena, substituindo as sopas.

Salada de grão de bico com feta cheese e coentro

Essa salada linda e deliciosa, tirei do livro Falling Cloudberries da Tessa Kiros, presente da Valentina, e que já estava esperando um dia especial pra acontecer. Não tem como ser mais simples, e apesar de ser bem leve, é um prato substancioso por causa do grão de bico. Eu simplesmente adoro esse ingrediente, que comeria todos os dias, em pratos quentes ou frios.

Fiz uma quantidade para duas pessoas. Cozinhe o grão de bico em bastante água, ou use um de lata de boa qualidade. Numa panelinha refogue meia cebola roxa numa colher de sopa de azeite. Quando a cebola estiver bem macia, acrescente um dente de alho picado e pimenta verde picada [eu usei pimenta vermelha em flocos]. Refogue mais um pouquinho, desligue o fogo e deixe esfriar. Separadamente tempere o grão-de-bico com bastante coentro picado, salsinha, ceboulette, raspinhas e suco de meio limão. Acrescente o molhinho de azeite, cebola e alho. Misture bem. Acrescente mais azeite a gosto e misture bastante feta cheese picadinho. Eu coloquei um pouquinho de sal, porque gosto de tudo mais salgado, mas não é realmente necessário, pois o sal do queijo se incumbe do serviço. Sirva com pita bread ou com fatias de pão italiano tostadas na frigideira de ferro, como eu fiz.

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Salada Niçoise - uma variação

A famosa salada de Nice, numa variação bem interessante, que eu vi na revista Everyday Food. Fica uma refeição completa, pois tem um pouquinho de tudo. Nessa receita não ia ovo cozido, mas eu acrescentei, porque o Uriel adora.

Pique umas batatas em cubinhos, ponha numa forma coberta com papel alumínio, regue com azeite e ponha no forno alto por uns 15 minutos, até elas ficarem crocantes por fora, macias por dentro. No meio tempo das batatas acrescente tomates cerejas na forma, regue com azeite e deixe assar, ate eles ficarem molinhos - eu não tinha tomates frescos, usei uns secos bem macios que tinha, comprados no Farmers Market. Cozinhe os ovos, descasque e corte. Monte a salada com: atum de boa qualidade escorrido - eu temperei o atum com suco de limão e azeite aromatizado, folhas de rúcula, azeitonas pretas, os ovos cozidos, as batatas assadas e os tomates. Regue tudo com um molho vinagrete de limão e sirva.

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*vinagrete de limão: suco de um limão amarelo, raspas do mesmo limão, vinagre de vinho branco, azeite, sal marinho, pimenta do reino e uma ervinha fresca - usei orégano. Misture bem com um batedor de arame e use. Guarde as sobras, se houver, na geladeira.

salada de erva-doce e salsão

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Uma saladinha bem refrescante que eu tirei do Chow e adaptei um pouquinho.

Rale um bulbo de erva-doce e dois talos de salsão em fatias bem finas. Pique bastante salsinha e misture. Corte um limão em conserva, polpa e casca, em pedacinhos. Misture. Tempere com sementes de salsão - eu usei caraway seeds, pimenta do reino e sal. Finalize com um fio de vinagre de laranja ou de maçã e bastante azeite. Na receita original vai azeitona preta, que eu recomendo, mas omiti da minha desta vez. Por causa do limão em conserva, a salada fica meio amarguinha, bem refrescante para acompanhar qualquer prato.

* se não encontrar o limão pronto, dá uma olhada na receita do limão em conserva que me foi dada pela querida Gisa.

salada de erva-doce grelhada

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Uma maneira muito simpática de preparar a erva doce [fennel]. Essa receita estava originalmente num cardápio com carne, mas ficou ótima também acompanhando um peixe. Faz uma salada bem crocante, apesar de ser cozida.

4 bulbos pequenos de erva doce cortados em fatias
Azeite extra virgem
Sal kosher
1 limão
1/2 xícara de azeitonas verdes picadas
1/4 ramo de basilicão fresco - eu usei orégano e salsinha misturados
1 pitada de pimenta vermelha em flocos

Coloque a erva doce num refratário e tempere com azeite e limão. Coloque no forno ou grill - usei o broiler do meu forno - e asse por 5 minutos, retire, vire as fatias e recoloque no forno por mais 5 minutos. Retire, tempere com sal, pimenta, ervas, azeitonas, mais azeite e mais suco de limão. Sirva ainda morna.

Waldorf Salad

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A famosa salada criada em 1896 por Oscar Tschirky, maître do hotel Waldorf-Astoria em New York, não tem segredo. Corte quatro talos de salsão [aipo/celery] em cubinhos. Descasque e pique em pedacinhos duas maçãs pequenas. Eu usei a gala e reguei com suco de limão. Misture tudo numa saladeira, crescente um punhdo de nozes torradas ou cruas. Eu usei as caramelizadas. Envolva tudo numa excelente maionese. Eu fiz a minha com duas gemas de ovo COZIDAS [vá de retro, salmonela!!], que bati no mini-processador com 1 colher de chá de mostarda dijon, 1/2 colher de chá de suco de limão, uma pitada de sal, uma pitada de pimenta do reino moída e azeite o quanto baste. Se não tiver um processador ou mini-processador, pode usar liquidificador, batedor de arame, o importante é misturar bem, emulsificar. A minha maionese ficou com uma cor bem amarela, porque eu uso ovo caipira.

sweet onion salad with avocado and garlic dressing

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Tirei a receita dessa salada da revista Organic Life de setembro de 2005. Omiti o alho, por razões ululantes. Mas se eu tivesse alho assado, teria usado. O molho dessa salada vai chocar os que acham inconcebível o abacate em receitas salgadas. Oh well, depois de provar essa delícia o choque irá passar...

Um cebola de sabor suave cortada em fatias finas- eu usei a roxa
Deixe de molho na água por uns minutos
Folhas de alface - eu usei uma mistura de vários tipos de alface
Um pepino cortado em fatias finas

Misture os ingredientes da salada numa vasilha. Prepare o molho:

1 abacate pequeno
Um punhado de folhas frescas de manjericão - eu usei salsinha
Um dente de alho picadnho - eu omiti
1/4 xícara de iogurte natural ou buttermilk - eu usei iogurte grago
1 colher de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de vinagre de vinho branco
Azeite o quanto baste
Sal kosher [grosso] e pimenta do reino a gosto

Bata os ingredientes no processador, até ficar um creme. Sirva sobre a salada ou num potinho separado para cada um se servir. Esse molho deve ficar excelente para acompanhar um crudité de legumes.

salada de inverno

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Essa é uma salada de inverno porque foi feita e consumida no inverno, mas se for feita e consumida no verão, pode ser chamada de salada de verão - isso é que é um prato versátil!

A verdade é que no inverno eu consumo muito menos salada, pois meu corpo pede, implora, suplica por uma comida substanciosa, encorpada e quente. Parece mentira, mas qualquer coisa quente - uma fatia de pizza, um bife com batatas, uma sopa cremosa, um pratinho de macarrão - qualquer coisa, desde que seja quente, faz milagres quando se está tiritando de frioooooooo....

Essa salada não é quente, mas é bem substanciosa, apesar de ser de folhas. Pra acompanhar e encorpar o verdinho da rúcula, cubinhos de double cream brie, nozes carameladas e figos cozidos no vinagre balsâmico. O tempero é um básico limão, laranja, vinagre de vinho branco, sal, pimenta e muito azeite.

fondue para um

Saí do trabalho na sexta-feira passada, peguei o carro e voei até a Target em Woodland para comprar um apetrecho que eu tinha visto no flyer e PRECISAVA comprar. Por vinte e quatro patacas, adquiri uma fonduzeira elétrica! Achei a idéia genial, primeiro porque o Gabriel emprestou minha fonduzeira e nunca mais devolveu. Segundo que o Uriel detesta fondue, então é muita trabalheira acender o foguinho - que precisa do tal óleo especial azul, e fazer toda aquele ritual para derreter um queijinho só pra mim. Com a panela elétrica tudo fica facílimo, como com a churrasqueira à gás, e ainda evito acidentes, como aquele business de por fogo em toalhas.

Ontem estreei minha fonduzeira elétrica, já que o Uriel não veio jantar, e ela funcionou muito bem. Derreti um fondue suiço de caixinha mesmo e comi com um pão bem rústico, mais figos secos, salada de grão de bico e brócolis intergalacticos cozidos levemente no vapor com um molhinho de mostarda, iogurte e dill.

A salada de grão de bico é simples e deliciosa:
Tempere os grãos cozidos com casca ralada e suco de um limão, azeite, sal, pimenta e um pouquinho de algum queijo ralado. Eu usei o asiago.

um menu verde-amarelo

A proposta original para o feijão branco de ontem, antes do cortão no dedo, era essa Salada Toscana. Hoje cozinhei mais feijão e fiz. É a coisa mais fácil. Temperar o feijão já cozido no alho, sálvia e azeite e escorrido, com sal, pimenta do reino moída fresquinha, mais azeite - muito azeite - e um tantinho de vinagre balsâmico. Misturar bem, ralar bastante queijo parmesão, no ralo grosso. Colocar esse feijão branco temperado por cima de folhas de rúcula. Só isso!

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Estava com tanta cenoura da cesta orgânica acumulada na geladeira e comecei a ver um monte de receitinhas de sopa de cenoura com gengibre pelos food blogs. Me inspirei e fiz a minha. Muito simples, muito boa.

Refogue scallions e gengibre picado num pouco de azeite. Acrescente as cenouras em cubos. Refogue mais um pouco. Acrescente caldo de legumes o suficiente para cobrir as cenouras. Eu usei a água em que cozinhei o feijão, acrescida do alho cozido e um copo pequeno de vinho branco. Rale a casca e esprema o suco de uma laranja pequena. Deixe cozinhar, cozinhar, até a cenoura ficar molinha. Bata com o mixer manual ou no liquidificador até ficar um purê. Acrescente sal, um pouquinho de pimenta vermelha seca. Deixe ferver um minutinho e desligue o fogo. Sirva com uma bolota de sour cream e um raminho de coentro. Ficou uma sopa suave e picante ao mesmo tempo, com o doce da cenoura e da laranja sendo quebrado pela pungência do gengibre.

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As torradinhas foram feitas com tortilla bread cortadas em quatro, mas pode fazer com pita ou mesmo pão de forma. No mixer coloque salsinha e queijo parmesão ralado e misture bem, formando uma farofa. Misture essa farofa numa quantidade de manteiga em temperatura ambiente. Tranforme tudo numa pasta e passe nos pãezinhos. Asse em forno baixo até eles ficarem crocantes.

Salada de lentilha, couscous e hortelã

O forte da revista Country Living não são as receitas, mas na edição nova de março veio uma receita que me interessou, numa matéria sobre um "get together outdoors". Era uma salada de lentilha verde com couscous de Israel [bem diferente do couscous marroquino] e hortelã. Com a lentilha eu já tinha feito uma sopa e queria fazer uma salada. E tinha um bocado de israeli couscous na despensa - ele é uma bolota bem redonda, maior e mais duro que o couscous marroquino que é mais comum. O couscous de Israel tem que cozinhar, não basta usar a água quente. Ele tem a textura semelhante á um macarrãozinho em forma de bola - então se não houver o israeli couscous, um macarrão pode substuir. E a lentilha francesa verde pode ser substituída por qualquer lentilha. Essa salada fica "pedaçuda", "bolotuda" e é perfeita para ser levada em containers fechados, para qualquer evento outdoors ——ai, que saudades de um bom picnic!!

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Lentil and Couscous Salad with Mint
6 colheres de sopa de vinagre de maçã
4 colheres de sopa de mostarda Dijon
1/4 xícara de azeite de oliva
3/4 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de pimenta do reino moída
Bata bem esses ingredientes com o batedor de arame.

1 1/3 de lentilha francesa verde cozida, escorrida e fria
1 xícara de couscous de Israel cozido, escorrido e frio
3/3 xícara de hortelã picado
4 scallions [a cebolinha verde grossa], só a parte branca, picadinha
3 tomates picadinhos
Misture todos os ingredientes e incorpore o molho. Misture bem e sirva.

Salada marroquina

Do livro Moosewood Restaurant Celebrates, uma salada para o Ramadan. Fiquei encantada à primeira olhada e fiz. Ficou muito boa e vou fazê-la, muitas outras vezes, com certeza, no verão.

Molho:
1 colher de sopa de azeite
1 colher de sopa de orégano fresco picado
1 colher de sopa de tomilho fresco picado [*omiti]
1 colher de sopa de Sumac em pó
2 ou 3 colheres de chá de suco de limão fresco
Bater bem os ingredientes do molho com um batedor de arame.

Numa vasilha grande misturar:
1 xicara de pepino picado
1 xícara de tomate picado
1 xícara de pimentão vermelho ou amarelo [*omiti]
2 colheres de sopa de scallions picados [*usei cebola roxa]
1/2 colher de chá de sal [*usei o Flor de Sal, of course!]
2 colheres de sopa da casca picada de conserva de limão
Acrescentar o molho bem batido, misturar bem e servir.

Salada de quinoa com limão e tomate

Finalmente arrumei ânimo para sair do 'feijão-com-arroz' de sempre e tentei uma receita nova. Usei esta receita do blog 101 Cookbooks como base e a partir dela fui modificando uma coisa aqui, outra ali. Eu queria fazer algo com quinoa. Fiz uma pesquisazinha e aprendi algumas coisas úteis: primeiro deixar a quinoa de molho por uma meia hora, depois lavá-la bem pra tirar qualquer resquícito da cobertura de saponin dos grãos que dá à quinoa um sabor amargo, e por último uma dica que eu achei muito importante, que é guardar a quinoa sempre na geladeira, pois ela se deteriora facilmente mesmo não estando cozida - bem diferente de outros grãos que dá pra guardar por anos no armário.

Fiz então a minha salada de quinoa. Deixei 1 xícara de molho por meia hora. Lavei bem, enxaguei, enxaguei, peneirei. Coloquei a quinoa numa panela de ferro com 2 xíicaras de água. Quando ferveu, abaixei o fogo e deixei cozinhar com a panela tampada por uns 15 minutos. Mexi com o garfo pra misturar, coloquei numa vasilha e deixei esfriar.

Numa vasilha maior preparei o molho. Misturei 1 colher de chá de tahini com raspas e suco de um limão verde. Coloquei bastante azeite, sal e pimenta do reino moída a gosto e um punhado de coentro picadinho. Misturei bem com o batedor de arame. Piquei três tomates sem sementes em cubinhos pequenos. Misturei ao molho. Na hora de servir, adicionei a quinoa cozida e deixei macerar por uns minutos.

salada de tomate com limão em conserva

Ainda estou colhendo muitos tomates, então resolvi fazer uma receita que vi num livro bonito que eu tenho de culinária do Marrocos. Gostei da idéia de misturar o tomate com o limão em conserva. É uma salada simples e fácil de fazer, mas tem um sabor bem especial. Foi aprovada!

Tire as sementes e corte uns quatro tomates grandes em fatias finas. Corte um limão em conserva no meio, tire a polpa e jogue fora, corte a casca em fatias finas. Misture com os tomates e acrescente um punhado de salsinha e outro de coentro picadinhos. Prepare o molho com o suco de meio limão, uma pitada de sal, uma colherzinha de chá de páprica doce e azeite. Misture bem e tempere a salada.

O limão em conserva é um ingrediente típico da cozinha marroquina e pode ser encontrado pronto em vidros. Mas pra quem não conseguir achar, há a opção de fazer em casa numa receita facílima que me foi passada pela Gisa:

confit de citron - preserved lemon - limão em conserva - Coloque o limão lavado e cortado em quatro no sentido longitudinal sem separar (fica como uma flor de 4 pétalas). Coloque num pote de conserva com tampa hermética e coloque um colher de chá de sal pra cada limão que couber no pote. Preencha com água fervente e feche. Leve o pote para uma panela grande cheia de água e deixe ferver 5 minutos. Depois de frio guarde o pote em local fresco e escuro. Depois de aberto deve ser conservado em geladeira.

uma boa e honesta salada

Eu gosto de ir à um restaurante grego aqui em Davis, o Symposium quase que somente por causa das saladas que eles servem. Não é nada especial, não tem ingredientes sofisticados, são saladas super simples, mas com um tempero honesto, que eu valorizo muito.

Pra mim o que estraga as saladas servidas na maioria dos restaurantes aqui nos EUA é o molho. Eu DETESTO molho pronto, molho de vidro, desses cheios de coisas dentro e preservativos. Sou adepta da simples e eficiente mistura de azeite, vinagre e sal. Gosto de usar vinagres diferentes, ervas, detalhes interessantes para deixar o molho mais caprichado. Uso muito mostarda em pó ou preparada nos meus molhos. Ou iogurte. Ou sour cream. Mas eu gosto de misturar, não gosto de usar molhos preparados.

Então você vai a um restaurante mediano e pede uma salada. Ela vem encharcada, inundada, afogada num molho pronto. Eles listam pra você - italian, ranch, balsamic, honey mustard, thousand island, vinagrette... Muito raro um desses molhos enriquecerem a salada. Normalmente eles destroem tudo... Eu aprendi a pedir sem molho ou com o molho separado, assim uso só um pouquinho.

Mas no Symposium, não tenho problemas com salada. Geralmente peço uma com alface picadinha, batata cozinda, ovos cozidos, tomates, azeitonas kalamata, alcaparras, cebolinha verde. E o molho - só pode ser vinagre de vinho, azeite, sal e pimenta. Tudo na medida certa - 1/3 de vinagre ou suco de limão, ou os dois misturados e 2/3 de azeite.

Meus molhos são os mais variados. Mas aprendi a fazer um molho coringa com uma amiga suiça - uma perfeccionista, que também me ensinou um truque que eu uso até hoje para levar saladas em potluck parties: colocar os ingredientes para o molho no fundo de uma saladeira. Bater bem com o batedor manual. Colocar os ingredientes da salada por cima do molho. Não misturar. Cobrir com filme plástico e guardar. Na hora de servir, misturar bem o molho com a salada. É uma técnica perfeita, especialmente se você quiser levar uma salada de folhas, que certamente vai murchar se for misturada com o molho com antecedência. Isso evita que você tenha que levar o molho numa vasilha separada e que faça sujeirada na hora de misturar.

Este é o molho clássico para saladas da Annemarie:

Misture bem:
Vinagre de maçã
Azeite de oliva extra-virgem
sal/pimenta moída na hora
mostarda preparada
ervas frescas ou desidratadas [* eu uso muito o dill e as chives]
Esse molho dura muitos dias guardado na geladeira.

salada de berinjela assada

Mais uma receita com tomate. Essa época do ano é assim mesmo... Estou tendo que me virar pra gastar a tomatada e agora a colheita dos cerejas está a todo vapor. Entao vi essa receitinha numa Everyday Food do ano passado e mandei bala.

Corte uma berinjela grade em cubos. Coloque de molho na água salgada ou avinagrada por uns minutos. Coe, seque, coloque os cubos espalhados numa forma, regue com azeite, coloque em forno médio até elas assarem. Pode fazer na churrasqueira também. Eu fiz um dia antes e guardei na geladeira.

Na hora de montar salada, coloque os cubos de berinjela numa vasilha, acrescente tomates cereja cortados ao meio e folhas de basilicão cortadas em tiras finas. Numa vasilha separada faça o molho com vinagre de vinho tinto, azeite, sal, pimenta do reino. Bata bem e jogue na berinjela. Misture e sirva.

Pode jogar pedaços de feta cheese também. Mas isso é idéia da minha cabeça, não estava na receita.

salada de feijão branco com tomate cereja

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Eu adoro as receitas da Elise, assim, como as suas dicas de compras, das quais já segui algumas. Ela bloga de Sacramento e tem sempre receitas facílimas. Quando eu vi essa salada de feijão branco com tomate cereja, não fiquei muito entusiasmada, pois não vi ali nada de especial. Mas quando li a maneira de preparar o molho, fui fisgada. Fiz tudo "from scratch", cozinhando os feijões secos especialmente para a receita.

Eu não usei o aliche, e fiz sem medida. Ficou simplesmente uma delícia. O azeite infuso com alho frito o e alecrim deu um troque especialíssimo, e a mistura do feijão com o tomate foi bem surpreendente.

Para a salada:
1 xícara de feijão branco de grão pequeno, canelli ou similar, já cozidos
1 xícara de tomates cerejas cortados ao meio
Bastante salsinha picada

Para o molho:
Azeite extra-virgem
1 dente de alho descascado e amassado com a lâmina da faca
1 galhinho de alecrim fresco
3 filés de aliche [eu não usei]
1/4 xícara de queijo parmesão ralado na hora
Sal kosher
Pimenta do reino moída na hora
Raspas de 1 limão amarelo
Suco de 1 limão amarelo

Coloque o alho e o alecrim numa panelinha com o azeite e leve ao fogo até começar a fritar. Tire a panela do fogo e deixe esfriar e pegar gosto por 20 minutos.

Remova o alho e o alecrim do azeite. Jogue fora o alecrim. Coloque o alho num processador ou pilão, adicione o aliche, o queijo, sal, pimenta, raspas e suco de limão e misture bem.

Numa saladeira coloque os feijões cozidos e tempere com o molho. Deixe absorver por alguns minutos, então acrescente os tomates, a salsinha e o azeite.

salada com Dianne Reeves

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Fiz uma saladona para levar no show da Dianne Reeves no Quad da UC Davis. Esse faz parte dos concertos de verão na universidade, onde além de ouvir música ao vivo, os atendentes podem picnicar. Hoje o show está imperdível, pois essa cantora de jazz é o fino da bossa. Já trabalhei num show dela no teatro da universidade, onde eu sou voluntária, e posso afirmar que ela é classuda! Quem viu o filme do George Clooney - Good Night, and Good Luck, viu e ouviu a Dianne. Ela é a que canta em várias cenas do filme.

Eu adoro montar saladas, porque dá pra usar a criatividade bem a vontade e as chances de errar são mínimas. Claro que tem que ter um pouquinho de bom senso e misturar somente ingredientes que vão combinar entre si e não ficar tentado a ir jogando na saladeira tudo o que tiver na geladeira.

Pra essa salada eu usei:

Uma lata de grão de bico
Um pimentão vermelho
Meia abobrinha amarela
Um punhado de tomates cereja
Uma cenoura pequena cortada em pedacinhos
Uma maçã em cubinhos
Um punhado de azeitonas kalamata
Um punhado de basilicão
Um pedaço de queijo Blue [queria mesmo era usar o Feta, mas como só tinha o Blue, foi o Blue mesmo!]

Temperei com o suco de um limão amarelo [e raspei a casca e joguei no tempero], uma colher de sopa de vinagre balsâmico branco, bastante azeite de oliva, sal grosso e uma pitadinha de pimenta do reino.

Carpaccio de abobrinha

Esta receita está na edição de agosto de 2006 da revista Martha Stewart Living. Eu dei umas modificadas, porque o procedimento era escaldar a abobrinha inteira em água quente, e resfriar rapidamente numa bacia de àgua com gelo [a técnica de blanching ou branqueamento] antes de fatiar. Eu não fiz isso, simplesmente cortei a abobrinha crua mesmo.

Zucchini Carpaccio

Uma abobrinha de tamanho médio
Um punhado de rúcula ou agrião
Queijo parmesão em bloco
Limão, sal grosso [Kosher], azeite extra-virgem

Rale a abobrinha num mandolin, em fatias mais finas possível. Tempere com bastante suco de limão espremido na hora e azeite de oliva. Salpique com sal. Numa bonita travessa rasa, coloque as fatias de abobrinha temperada, salpique com folhas de agrião ou rúcula, misture. Por cima acrescente fatias finezérrimas de queijo parmesão. Sirva!

* Eu usei uma abobrinha branca, diferente, que recebi na cesta orgânica, bem firme e sem sementes. Usei rúcula e queijo asiago no lugar do parmesão.

salada de batatas ao iogurte

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Quando eu começo a receber batatas na cesta orgânica, fico entusiasmadissíma, pois essas são as batatas mais saborosas que existem. Colhidas de manhã cedo, preparadas e devoradas à noite, não tem igual! Eu normalmente faço receitas simples com elas, porque se encher muito de coisarada e tempero acaba escondendo o sabor natural. Geralmente eu corto elas ao meio e refogo no fogo alto, em bastante azeite, até ficarem crocantes. Ou faço uma salada, cozinhando as batatas cortadas e depois temperando com uma mistura de maionese, limão e mostarda. Ontem resolvi inovar e fiz a salada de uma maneira diferente.

Cozinhei as batatas com casca em água por uns 20 minutos. Escorri e deixei esfriar. Com o cozimento, a casca racha e abre, o que facilita o despelamento. Enquanto a batata esfriava preparei um molho. Numa vasilha coloquei três colheres de sopa de iogurte natural, uma colher de sopa da maionese, uma colher de chá de mostarda picante, sal, um fiozinho de azeite. Misturei bem com o batedor e acrescentei uma colher de sobremesa de queijo parmesão ralado e bastante garlic chives [*alguém sabe a tradução para o português desse cebolinha bem fininha?]. Misturei bem e deixei separado. Descasquei as batatinhas com as mãos. Não me preocupo muito se ficar uma casquinha ali, outra aqui. Coloquei as batatinhas descascadas no molho e misturei bem para incorporar. Servi acompanhando umas salsichas recheadas com maçã, que eu cozinhei na água e depois fritei ligeiramente no azeite.

roasted red pepper salad

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A minha amiga Bia está tentando montar um cardápio de comidinhas simples e saudáveis para a semana corrida dela. Quando conversamos sobre isso eu estava assando uns pimentões vermelhos na churrasqueira, pra fazer salada. Ela adorou a idéia! Eu faço muito essa salada no verão, para aproveitar os pimentões vermelhos e amarelos que recebo na cesta orgânica. É bem simples e fica muito bom.

Toste os pimentões na churrasqueira ou na chama do fogão até eles ficarem com a pele bem queimada. Enrole um a um numa folha de papel toalha, ou coloque todos num saco de papel e deixe esfriar. Esfriando, abra o papel, despele a casca preta, retire as sementes, corte em fatias ou dexe em pedaços grandes. Tempere com sal, pimenta do reino, azeite e vinagre balsâmico. Salpique com alguma erva fresca. Eu usei tomilho desta vez, pois estou com uma super produção dessa erva na minha horta. Deixe marinar por algumas horas e sirva. Fica melhor de um dia para o outro. Gostamos de comer essa salada com pão tostado com um fio de azeite. Se quiser o pimentão mais durinho, toste no fogo por menos tempo.

salada vietnamita

Este é o prato que eu peço sempre no meu restaurante vietnamita favorito. É basicamente uma salada e vem acompanhada de rolinhos primavera fritos. O charme de tudo está no molho - picante e doce ao mesmo tempo. A receita está hoje na Paradoxo.

Bun Thit Nuong - Salada Vietnamita de Macarrão de Arroz
2 xícaras de macarrão de arroz [rice noodles ou vermicelli]
1 pepino descascado e cortado em cubinhos ou tiras
1/4 xícara de broto de feijão
1/4 xícara de alface americana picada fininha
6 camarões grandes
1/4 xícara de amendoim torrado
Folhas de hortelã fresco
1 xícara de molho Nuoc cham*

Para a salada, amoleça o macarrão, deixando ele de molho em água fervendo por 3 minutos. O macarrão de arroz não precisa ser cozido, como outros.

Cozinhe o camarão da maneira que preferir, fervendo por um minuto, fritando ou, como é feito no restaurante da esquina de casa, abertos ao meio, como uma borboleta e grelhados.

Monte a salada em camadas em pratos individuais:
Ponha o pepino no fundo, em seguida a alface picada, depois os brotos de feijão. Coloque o macarrão de arroz amolecido por cima, e no topo os camarões. Regue com o molho nouc cham e salpique com o amendoim e as folhas de hortelã.

*Nuoc cham é um molhinho tradicional que é servido com quase todos os pratos vietnamitas. Serve para temperar as saladas, pra molhar os rolinhos fritos, parece uma sopinha rala e é uma delícia!

1 parte de suco de limão
1 parte de vinagre de arroz
1/2 parte de molho de peixe [fish sauce – contém muito sal e é muito forte, então use com moderação]
1 parte de açúcar
2 partes de água

Misture tudo, acrescente fatias bem finas de pimenta verde [serrano peppers] e fatias bem finas de cenoura. Deixe descansar na geladeira por pelo menos uma hora antes de usar.

salada de beterraba com rúcula

Fomos ao restaurante Il Fornaio em Sacramento, para comemorar o aniversário do Gabriel. Éramos uma party of six! Eu adoro a atmosfera desse lugar, sem falar no rango italiano, que é realmente excelente. Pedi um ravioli e dividi com o Gabriel uma salada de entrada que realmente me surpreendeu. Como ainda estou um pouco cheia da inundação de beterrabas desse inverno passado - ainda tenho algumas na geladeira, pensei que uma salada com as vermelhocas não seria a melhor pedida. Mas como tinha rúcula, minha verdura favorita, fui em frente. E não me arrependi.

Insalata di Bietole

* Red and gold beets, arugula, toasted walnuts and Asiago cheese; lemon-olive oil dressing.

Beterraba vermelha e branca cozida e cortada em fatias
Rúcula [nessa salada eles usaram mini-rúcula - baby arrugula]
Nozes levemente tostadas
Fatias finíssimas de queijo asiago

O tempero era bem ácido, pra contrastar com o doce das beterrabas. Com certeza um vinagrete com o azeite perfumado de limão, sal, e gotas de suco de limão. A pimenta do reino moída na hora era opção do freguês. Uma salada bem simples, mas muito boa!

apple & carrot slaw

Na minha atual situação de falta de tempo e cansaço, se eu consigo fazer uma salada criativa já está bom. Nesta semana inovei com uma receita que tirei de uma dessas revistas naturebas que pegamos de graça na porta dos supermercados.

Apple & Carrot slaw

uma maçã pequena cortada em fios
uma cenoura cortada em fios
meio repolho pequeno ralado fino
[este item não fazia parte da receita, mas tenho que usar a repolhada]
uma cebola roxa em fatias finésimas [não coloquei porque não tinha]
um punhadinho de coentro fresco picado
um punhado de cranberries secas
meio copo de suco de laranja
meia xícara de sementes de abóbora torradas

Deixe as cranberries de molho no suco de laranja.
Corte a maçã, cenoura, cebola [e repolho, se quiser me imitar]
Misture tudo. Coe as cranberries. Misture na salada. Adicione o coentro e as sementes de abóbora. Use o suco de laranja pra fazer o molho: bata bem com azeite, sal e pimenta do reino. Tempere a salada e sirva.

Queijo Duro com Vinho & Pão

Li na revista...

"Camponeses suiços criaram o fondue séculos atrás e transformaram numa refeição o queijo que ficou duro, misturado com o vinho de mesa. Já o fondue de chocolate foi uma invenção americana, que ficou muito popular nos anos sessenta."

Essa é a prova de que nem todo prato servido hoje em restaurante caro ou que a plebe pensa que é chique teve suas origem em sofisticados salões das cortês reais. Muita coisa era comida de camponês, de gente pobre, pra aproveitar restos, usar os ingredientes da estação ou da ocasião - que nem sempre era de fartura.

Eu quase não faço fondue porque o Uriel detesta, mas de vez em quando no inverno até que me dá vontade. Nunca me esqueço de um fondue que fiz uma vez pra um casal de amigos, quando aconteceu um forrobodó inexplicável na hora de sentarmos, acho que alguém esbarrou na fonduzeira sem querer e ficamos olhando petrificados a toalha de mesa [novinha!!] PEGAR FOGO!! Eu acordei do transe letárgico de incredulidade à tempo de correr pra cozinha, encher uma vasilha com água e CHUÁÁÁ! Não consegui salvar a toalha, que foi pro lixo.

Eu acho fondue uma comida meio cafonona, apesar de ser inegávelmente gostosa. Acho que é porque aqui, onde ele virou moda nos anos sessenta, vemos e revemos ad nauseaum os resquíscitos dessa moda em centenas de fonduzeiras cor de abóbora e verde oliva à venda nas garage sales e thrift stores. Parece que todo mundo quer se livrar dessas aberrações, mas ninguém consegue, então elas permanecem firmes e onipresentes na sua feiura e insistência. Eu já tive uma dessas quando éramos estudantes e pobres no reino canadense. Mas hoje tenho uma normal - preta, com cumbuquinhas de cerâmica. Mesmo assim continuo achando o business do fondue uma coisa um pouco over the top, quando todo mundo come demais, se lambuza, queima os beiços e põe fogo na toalha.

Eu tinha uma receita de salada que eu servia com o fondue, pra contrabalançar as zil calorias do queijo e todo aquele pão. Não tenho mais a receita, mas acho que consigo lembrar.....

Salada Alice

Um pé de Alface cortado em pedaços
Um bulbo de erva doce picadinho em fatias
Uma laranja em gomos cortados em quatro
Cenoura ralada em fitas
Fatias finas de maçã

Misture tudo e tempere com o seguinte molho:

Sal/pimenta do reino
Azeite
Suco de limão/suco de laranja
semente de erva doce
iogurte natural
Bater bem e temperar a salada.

salada de rabanete e alface

rabanete2.JPG
rabanete1.JPG

abobrinhada

Quando eu pego minha cesta orgânica nas segundas-feiras, a visão das inúmeras abobrinhas me faz tremer. E agora? O que eu vou fazer com elas? Refogar? Pôr na sopa? Cortar em rodela e fritar? Incluir no molho de macarrão? Abobrinha não é o meu legume favorido.... Mas eu tento usá-la como posso, cavo a polpa [com o quase inútil cavador de bolinhas de melão!] e recheio com a própria polpa, mais ervinhas, mais queijo ralado, mais restinhos de frango... Mas a primeira vez que recebi elogios com uma receita usando abobrinha foi com uma salada. A receita eu peguei num blog culinário em inglês, não lembro qual infelizmente, então vai ficar sem crédito. Fiz nos picnics que organizei no verão e recebi comentários animados. Mas o melhor deles veio da minha nora, que num almoço aqui em casa disse, enquanto se servia de mais salada de abobrinha: "como você consegue fazer abobrinha ficar saborosa?" Ganhei o dia! E aqui está a receita:

Salada de Abobrinha

A receita original pedia pedacinhos de frango desfiado. Eu fiz com frango e sem frango e ficou melhor sem. Corte as abobrinhas num cortador de legumes em fatias extremamente finas na diagonal. Corte as fatias em duas partes e depois em tiras finas. Tempere com sal, pimenta do reino, vinagre de framboesa [raspberry vinegar] e óleo de nozes [walnut oil]. Deixe na geladeira por pelo menos uma hora antes de servir. Essa salada fica melhor no dia seguinde e dá pra guardar refrigerada por vários dias. Super simples e consegue fazer a abobrinha ficar deliciosa!




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