caqui & bresaola

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Ideia da Martha Stewart que eu achei genial e corri fazer. Use o caqui do tipo duro [da variedade fuyu é o melhor] cortado em fatias. Enrolar o caqui em fatias de bresaola, que é um frio feito de carne curada. Pode regar tudo com um fiozinho de azeite se quiser. Eu quis. E servir imediatamente.

snack de rabanete

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Para matar a fome da tarde de um feriado—uma fatia de pão de mil e um grãos torrada na torradeira elétrica, por cima uma camada de iogurte grego, depois fatias de rabanetes cortadas bem finas no mandoline, um fio de azeite, sal Maldon em flocos e folhinhas de salsinha picadinha. Hm!

bircher-benner muesli

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Não consigo me lembrar onde foi que vi a receita original do bircher-benner muesli, mas sei que foi há muitos anos, quase uns trinta, pois quando comecei a fazer esse cereal matinal meu filho ainda era um bebezinho. Lembro da pequena cozinha do meu primeiro apartamento e como eu colocava a aveia de molho na água numa pequena cumbuquinha e de manhã cedo ralava a maçã e preparava o muesli. Pra mim, que sou famosa por não ter apetite matinal, começar a comer esse cereal foi a epitome da mudança de hábitos. Hoje eu faço o muesli regularmente durante os meses em que encontro maçãs locais para comprar. Adoro levar para o meu snack matinal no trabalho. Não deixo mais a aveia de molho, mas costumo preparar o muesli na noite anterior e deixar guardado num potinho de vidro com tampa na geladeira.

Essa é a maneira como eu preparo o meu bircher-benner muesli, mais fiel à receita original possível: numa tigela coloque um pouco de aveia em flocos grossos, junte em camadas uma maçã ralada, suco de limão, leite condensado [prefiro normalmente o mel, ou nectar de agave, ou algum tipo de açucar mascavo], um pouco de iogurte natural e amêndoas tostadas por cima. Consuma imeditamente ou guarde num vidro para comer no dia seguinte.

pasta de chocolate & avelã
[ou nutella pra cabra macho]

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Quando vi esta receita no David Lebovitz dei até um pulinho na cadeira, de tanta animação. Eu tinha todos os ingredientes para fazer essa receita super fácil e deveras intrigante. Seria uma nutella rústica? Precisei provar para tirar minhas conclusões. Pensei na utilidade de publicar a receita aqui, sendo que as cocoa nibs e o óleo de avelãs não são ingredientes ordinários que podem ser encontrados em qualquer mercearia da esquina. Optei por publicar, para assim também poder registrar as minhas impressões. Como explicado pelo Lebovitz na receita original, a pasta realmente endurece depois de um tempo e para reusar precisa dar uma esquentadinha, no microondas ou num banho maria. Nós achamos o resultado EXTREMAMENTE FORTE. Com tudo isso concluí e reafirmo—essa pasta é realmente uma nutella bem rústica, chocolatudíssima, coisa mesmo pra cabra macho. Mas como existem os fracos, existem também os fortes. Enquanto que eu e o Uriel comemos a pasta com aquela relutância natural de gente acostumada a passar apenas mel e manteiga no pão; os amigos pra quem ofereci a nutella caseira, numa tentativa de desovar as sobras, não só adoraram, como devoraram nacos inteiros solidificados, como se fossem pedaços de chocolate comum. Ganharam todo o meu respeito!

chocolate-hazelnut spread
faz 2/3 xícara [150 gr]
1 xícara [120 gr] de cocoa nibs torradas
[* usei as da marca Scharffen]
2 colheres de sopa de açúcar tipo demerara
[mais 1 1/2 colheres de chá extra para finalizar]
2 to 3 colheres de chá de óleo puro de avelãs
Sal marinho grosso ou em flocos

Toste as cocoa nibs numa frigideira, por uns 3 minutos, até elas ficarem bem aromáticas. Coloque as nibs no processador e junte as 2 colheres de sopa de açúcar, o óleo de avelãs e uma pitada de sal. Moa tudo muito bem, parando uma vez ou outra para raspar as bordas com uma espátula para que a mistura fique homogênea. A pasta deverá ficar bem brilhante, mas ainda um pouquinho crocante. Remova a pasta do processador e adicione a mão o restante 1 1/2 colheres de chá de açúcar. Sirva sobre fatias de pão e salpique um pouquinho de sal marinho por cima, se quiser.

brown bag popcorn

Me entusiasmei deveras quando vi essa idéia do Mark Bittman para um snack saudável no seu livro Food Matters. Ele argumenta corretamente que a pipoca é um grão integral, custa baratíssimo, fica pronta em minutos e brownbag-popcorn1S.jpgpode ser preparada com inúmeras variações de sabores, doces ou salgados. Todo outono eu recebo muitos pacotinhos de pipoca na cesta orgânica. Elas são de milho indígena, alguns do azul. Vou guardando tudo num pote, pois não tenho o costume de estourar pipoca regularmente, apesar de adorar comê-las. Pra mim estourar pipoca é como fazer brigadeiro: eu não tenho jeito e pronto. Meus poucos brigadeiros sempre ficaram uma joça e com a pipoca é a mesma história. Ponho muito ou pouco óleo, muito ou pouco sal, deixo queimar, faço metade pipoca, metade piruá. Sério, é uma incapacidade. E DETESTO pipoca de microondas, aquelas com manteiga com gosto de plástico e sabores artificiais. DETESTO.

E o Bittman dá exatamente uma receita de pipoca de microondas, pra fazer com milho fresquinho dentro de um pacote de papel—as brown bags que o pessoal aqui usa pra embrulhar lanche. Gostei imensamente da idéia e fui testar. Ele diz pra deixar de 2 a 3 minutos em potência alta. Como eu sou uma pessoa com muito [pouco] bom senso, resolvi preparar a minha com o tempo máximo: 3 minutos. E é claro que não fiquei lá olhando, prestando atenção como deveria. Fui fazer outra coisa e só me toquei que um desastre estava em desenvolvimento quando comecei a sentir o cheiro de queimado. Corri para dar de cara com um pesado fumacê embaçando a visão dentro do microondas. Foi horriveR. A pipoca torrou de uma maneira que eu nunca tinha visto antes. O saquinho de papel já estava em combustão, quando o movi do microondas para a pia. Foi um tal de abrir janela, abanar com o pano de prato, a gataiada toda ouriçada. Tive muita sorte que o fumacê não disparou o alarme de incêndio. Mas e o fedor? A casa ficou três dias impregnada com um cheiro fortíssimo de queimado, mesmo eu tendo tentado de todas as maneiras encobrir o cheiro fazendo comidas aromáticas. Até comprei um spray, desses pra desinfetar futum de cigarro. Não adiantou.

Mas uma receita do Mark Bittman dando em desastre não era possível. O erro só podia ter sido cometido por mim. Resolvi tentar de novo, deixando só dois minutos e vigiando militarmente a janelinha do microondas. Ficou perfeito! Refiz outras vezes mudando o tempero e a perfeição persistiu. Então se você for fazer, comece testando nos dois minutos e fique de olho. Se o seu microondas for mais fraco, dai sim suba pra três minutos. Essa pipoca é realmente um snack legal, pois você pode temperar tudo ali no saquinho de papel, ela fica pronta realmente em dois minutos e não deixa NENHUM piruá!

faz de 2 a 4 porções
1/4 de xícara de milho de pipoca
1/2 de colher de chá de sal ou menos se quiser
2 colheres de chá de óleo ou menos se quiser

Dentro do saco de papel coloque o milho de pipoca, o sal, óleo, chacoalhe bem e dobre a borda umas duas vezes. Coloque no micrrondas em potência alta por 2 [ou 3] minutos. Remova o saco e abra com cuidado, pois vai sair um vapor quente. Você pode adicionar ervinhas secas, sal com ervas, misturinha de temperos com curry ou pimenta, ou mesmo açúcar para fazer pipoca doce.

amêndoas [doces]

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Dei um pulinho no Predrick Produce, um lugar que vou raramente e que vende frutas, legumes, verduras e um milhão de outras gostosuras, a maioria produtos locais. Essa venda é muito popular na região e há mais duas no mesmo estilo do outro lado de Davis, em direção à Sacramento. Essa fica entre Davis e Dixon, em direção à San Francisco e é muito mais conveniente pra mim. Eu não compro lá porque tenho a minha cesta orgânica semanal e faço compras de frutas orgânicas no Farmers Market e no Co-op. O único defeito do Pedrick Produce é que eles não vendem produtos orgânicos, mas em compensação, as frutas, verduras, legumes e as outras mil coisinhas deliciosas são locais, das fazendas e produtores da região e isso é uma grande vantagem.

Parei lá porque estava indo para Vacaville e tive que colocar gasolina no carro. Como só percebi o ponteiro do tanque lá embaixo quando já estava entrando na entrada, parei no primeiro posto que vi, que coincidentemente fica exatamente em frente ao Pedrick Produce. Aproveitei para dar uma geral na venda. O lugar é uma delicia, muito down-to-earth, sem frescuras e lotado de produtos frescos que chegam de todos os cantos dessa região. Me animei com as snow peas e despiroquei na frente dos pacotes baratésimos de frutos secos e nozes, amêndoas. Me controlei e escolhi apenas dois tipos de amêndoas açúcaradas—uma com açúcar, raspas de laranja e óleo de limão e a outra com mel e sementes de gergelim. Elas não têm nenhum ingrediente artificial, nem corantes ou conservantes. E são colhidas aqui ao lado, nos extensos pomares de Winters. A outra vantagem desses produtos são os seus precinhos, pra lá de camaradas. Eles podem ser vendidos a preços baixos, porque provavelmente viajaram apenas alguns quilômetros do produtor até a venda. Não tem discussão neste quesito: produtos sazonais e locais são incrívelmente acessíveis. A única pena, neste caso, é que eles não são orgânicos.

adoro os japoneses

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os snacks

um oxímoro

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cheesitos natureba

cassava chips

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cassava — yuca — mandioca

batata doce caramelizada

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Outro delicioso snack japonês. Eu estou sempre lá no Kim's Market, a lojinha asiática de Davis, procurando por novidades made in japan. Adoro essas coisinhas diferentes, que os japoneses são experts em fazer.

pastinha de edamame

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Encontrei um pacotão de edamames no congelador. Às vezes eu esqueço coisas lá dentro. Não sei como esqueci esse, pois eu adoro as edamames - a soja verde - e as devoro animalisticamente às colheradas, depois de fervê-las na água e sal, ou mesmo só na água. Desta vez tive uma idéia, baseada no pequeno trecho de um programa de culinária que vi na tevê, onde a chef Annie Somerville do restaurante vegetariano Greens em San Francisco preparava uma pastinha de favas verdes. Resolvi me inspirar nessa receita e usar as edamames no lugar das favas verdes.

Coloquei as edamames já cozidas só na água no food processor. Adicionei bastante tomilho - de três variedades diferentes, casca ralada e sumo de um limão meyer pequeno, sal marinho grosso e azeite. Triturei tudo até formar uma pasta. Comi com crackers, mas acredito que essa pasta fique boa como base de sanduíche, ou como acompanhamento para legumes crudités. O céu é o limite para essa delícia verde!

Baba ganoush

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Inspirada pela receita da Lara, resolvi fazer a minha versão do baba ganoush.

Usei uma berinjela roxa grande, que tostei na churrasqueira, aproveitando o fogo, o calor e o espaço, enquanto fazia o almoço de ontem. Deixei esfriar e no processo escorreu bastante liquido. Mais tarde removi a casca tostada e piquei a polpa numa vasilha. Não passei no food processor, pois quis que ficasse pedaçuda.

Acrescentei:
Sal a gosto
Suco de um limão verde pequeno
Duas colheres de sopa de Tahini [pasta de gergelim - usei o tostado]
Bastante salsinha picada
Um punhado de pine nuts [pinoles] tostadas
Misturei tudo muito bem e reguei com um fio de azeite.

Comemos com chips de pita bread tostados. Ficou mais saboroso no dia seguinte. Toda receita de baba ganouch leva alho, mas eu detesto colocar alho cru em pratos que não vão ser cozidos, porque ele deixa um gosto ruim na boca que não tem pastilha de mentol que resolva. Mas eu acho que uns dentes de alho assado [roasted] iriam dar um toque interessante nessa pasta. Fica para a próxima vez.




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