salada de ervas

herb-salad.JPG

Neste Thanksgiving, eu usei o guia do NYT Cooking para preparar o meu jantar. Uma das receitas listada lá que eu escolhi fazer foi a dessa salada de ervas. Apesar da manteiga, ela fica bem leve e refrescante. Fiz a receita inteira, que serve 6 pessoas, e comemos tudo, somente eu e o Uriel.

para a salada:
2 xícaras de folhas de coentro fresco
1 xícara de folhas de salsinha
1 xícara de raminhos de endro/dill fresco
1 xícara de folhas de manjericão ou hortelã [*usei hortelã]
1 xícara de folhas de rúcula ou alface [*usei alface]
para o molho:
4 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 xícara de amêndoas fatiadas
Sal e pimenta do reino moída grosseiramente
1/4 colher de chá de pimenta vermelha em flocos
3 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de sopa de azeite

Colocar todas as folhas—ervas e verdura, numa vasilha grande ou saladeira. Misture com as mãos e reserve. Derreta a manteiga em uma frigideira e adicione as amêndoas. Refogue em fogo baixo até que as amêndoas fiquem douradas e manteiga marrom. Retire as amêndoas e escorrer em papel toalha, reserve a manteiga num potinho. Na hora de servir, temperar as folhas com sal, pimenta, flocos de pimenta vermelha, as amêndoas, suco de limão, azeite e a manteiga marrom derretida. Misture delicadamente e sirva imediatamente.

harissa verde

green-harissa.jpg

Nem sempre eu me lembro como cheguei num certo link, mas é sempre certeza que quando vejo algo interessante, copio e envio para um endereço de e-mail só para receitas. E elas ficam lá aguardando uma oportunidade de sairem do mailbox e brilharem no palco iluminado da minha cozinha—acho que já disse algo parecido antes, não? Achei essa receita da harissa verde & sanduíche o fino da bossa. Foi justamente quando andei recebendo muitas ervas na cesta orgânica, coincidentemente muito coentro fresco. Fiz a receita da harissa e do sanduíche, que devoramos alegremente. Então apareceu uma oportunidade de refazer a experiência, quando uma ex-colega de trabalho marcou de vir nos visitar e combinamos um almoço na cozinha. Uma das minhas colegas organizou o esquema delegando tarefas—eu trago duas saladas e você traz sanduíches vegetarianos. Yay! Refiz a harissa e os sanduíches, que foram devorados alegramente pela convidada vegetariana e por quem mais se juntou à nossa mesa. Essa harissa é fantástica. Pode ser feita com todo tipo de erva, o importante é a pimenta e o limão. Pode até ser feita no olhômetro, sem receita, só juntando tudo no processador. E ela acompanha bem qualquer coisa, legumes assados, saladas, recheio de sanduíche, como patê em bolachinhas, eteceterá, eteceterá, eteceterá. Para esse sanduiche é importante cortar tudo na hora que for montar o sanduiche, porque o abacate pode escurecer e o recheio pode deixar o pão muito úmido.

para fazer a harissa verde:
1 dente de alho
1 xícara de coentro
1/2 xícara de folhas de hortelã
1/2 xícara de salsinha
1 pimenta jalapeño fresca
suco de um limão
1/2 colher de chá cada de sementes de cominho e sementes de erva-doce
1/2 xícara de azeite extra virgem
Sal marinho a gosto

Colocar todos os ingredientes num processador de alimentos e pulsar até virar um molho grosso. Colocar num recipiente com tampa e guardar na geladeira até a hora de usar.

para fazer os sanduíches:
Fatias de pão da sua preferência
1 abacate grande e maduro
Folhas de alface
1 bulbo pequeno de erva-doce fatiado bem fino

Corte o abacate em fatias, passe harissa verde nas duas fatias de pão. Recheie com as fatias de abacate, fatias de erva-doce e uma folha de alface. Feche, corte ao meio e sirva.

green-harissa-sand.jpggreen-harissa-sand.jpg

peras assadas com verjuice
açafrão & alecrim

peras assadas

Em todos os livros do Yotam Ottolenghi eu via receitas que mencionavam um ingrediente chamado verjuice, mas nunca tive a curiosidade de procurar e comprar. Até outro dia quando aportei no mercadinho de produtos internacionais onde vou de vez em quando. Vou lá porque gosto de olhar as mercadorias indianas e do oriente médio, mas vou também por que eles vendem uns ingredientes brasileiros e eu às vezes peço pra proprietária indiana encomendar coisas com o fornecedor brazuca dela. Neste dia eu fui lá pedir pra ela trazer bananinha do tachão de ubatuba [podem rir, mas quem tem boca vai à Roma, né?]. Ela não é boba e está trazendo cada vez mais produtos brasileiros, como carne seca, queijo catupiry e goiabada cascão. Bom, nesse dia eu finalmente vi as garrafas de verjuice e a luz verde piscou dizendo—compra, compra, compra! e eu comprei. Essa foi a primeira receita que fiz com esse suco de uvas verdes que é muito usado para substituir sucos cítricos ou vinagre em inúmeras receitas salgadas e doces. As peras usadas aqui precisam estar bem firmes, porque elas vão assar por um período longo e precisam ficar inteiras, não podem desmanchar. O verjuice e o mel formam uma calda muito deliciosa. Essa receita faz uma sobremesa bem delicada, intrigante e sofisticada, muito boa para uma ocasião festiva.

250ml de mel
400ml de verjuice
2 pitadas de açafrão
2 ramos de alecrim fresco
8 peras Bosc, firmes

Pré-aqueça o forno a 356ºF/180ºC. Numa panela média coloque todos os ingredientes, menos as peras, e deixe ferver. Remova do fogo e reserve.

Descasque as peras, corte ao meio longitudinalmente e retire o núcleo mas deixe a haste intacta. Coloque as peras em um prato refratário ou dde cerâmica e despeje o líquido por cima. Cubra o prato com papel alumínio. Asse por 40 minutos, vire as peras algumas vezes na calda quente e deixe cozinhar por mais 30 minutos ou até ficar cozido, removendo o papel alumínio nos últimos 10 minutos. Retire do forno deixe esfriar um pouco e sirva com sorvete ou um creme inglês, se quiser. Eu não quis.

lombo de porco assado
com relish de tâmaras & coentro

porco-tamaras-coentro

Essa receita da revista Bon Appetit é muito simples e rápida de fazer e fica diferente e deliciosa. E as sobras podem ser comidas frias ou como recheio de sanduíche.

3 colheres de sopa de azeite de oliva
1 lombo de porco com cerca de 700gr
Sal kosher sal e pimenta do reino moída na hora
2/3 xícara de tâmaras Medjool cortadas em pedaços pequenos
2 colheres de sopa de suco de laranja fresco
3 colheres de sopa de coentro fresco

Preaqueça o forno a 425°F/ 220ºC . Aqueça 1 colher de sopa de azeite em uma panela grande e robusta em fogo médio- alto. Tempere o lombo de porco com sal e pimenta e coloque na panela, frite virando até dourar de todos os lados por uns 6-8 minutos. Transfira a panela para o forno e deixe assar por uns 15-20 minutos. Transfira o lombo para uma tábua e deixe descansar pelo menos 5 minutos antes de fatiar.

Numa vasilha misture as tâmaras, o suco de laranja, o liquido que sobrou da carne na panela e as 3 colheres de sopa de coentro picado. Junte as 2 colheres de sopa de azeite restantes e tempere com sal e pimenta do reino. Coloque essa mistura sobre a carne de porco fatiada e sirva.

bolo de abóbora com manteiga queimada & sálvia

sage-pumpkin-cakes.jpg

Não sei como achei a receita desses bolinhos, mas ela serviu para muitos propósitos—gastar o resto da sálvia fresca que tinha comprado para fazer o porco com leite, gastar uma das abóboras do halloween que decoravam a porta da casa, e fazer um bolinho ultra saboroso para o nosso chazinho de domingo a tarde. Perfeito!

3/4 xícara de manteiga sem sal
1 e 2/3 xícaras de farinha de trigo
1/4 de xícara de sálvia fresca cortada em tiras finas
2 colheres de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de canela em pó
1/4 colher de chá de noz-moscada ralada na hora
1/8 colher de chá de cravo em pó
1 colher de chá de sal
1 xícara de purê de abóbora [*fiz assada]
1 xícara de açúcar mascavo claro
2 ovos caipiras grandes

Pré-aqueça o forno a 350ºF/ 176ºC. Unte forminhas de muffin ou mini-pão com manteiga e polvilhe com farinha. Derreta a manteiga em uma panela em fogo médio-baixo. Adicione as tiras de sálvia e cozinhe até que a manteiga que marrom dourado por uns 5 ou 8 minutos. Transfira a mistura para uma tigela e deixe esfriar um pouco .

Enquanto isso numa tigela misture a farinha, o fermento, a canela, a noz-moscada, o cravo e o sal. Em outra tigela misture a abóbora, açúcar mascavo, ovos e a mistura de manteiga queimada e sálvia. Adicione a mistura de farinha e mexa bem até incorporar.

Divida a massa uniformemente entre as forminhas preparadas e leve ao forno por cerca de 30 minutos. Quando os bolinhos estiverem dourados remova do forno e transfira todos para uma grade para esfriar.

tea-time-pcake.jpgtea-time-pcake.jpg

salada de tomate
[com molho de manjericão]

salada-tomate-basil.jpg

No verão nós comemos tomate o tempo todo e eu gosto muito de fazer um prato com eles cortados em rodelas e regados com azeite e balsâmico pra comermos com pão no nosso lanche da noite do domingo. Desta vez resolvi incrementar e bati no mini processador um punhado de folhas de manjericão fresco, azeite, sal, pimenta do reino e balsâmico de Pedro Ximenez, que é um vinagre sherry um pouquinho mais encorpado. Faz um molhinho para regar os tomates. Muito bom, pode fazer e guardar num vidro fora da geladeira e ir usando, com tomates ou outro tipo de salada.

picolé de limão cravo
[com alecrim]

picole-limaocravo.jpg

Seria um constrangimento admitir que eu sou uma fominha com limões e laranjas, especialmente com o limão cravo que me remete à minha infância. Seria um constrangimento, se eu não realmente aproveitasse bem essas frutinhas que pego nas árvores de ninguém da minha antiga vizinhança em Davis. Não me constranjo mesmo, porque uso TODOS os limões que pego, até a ÚLTIMA GOTA. Desde o inverno que a gaveta da minha geladeira na garagem estava lotada de limões cravos, que fui usando, usando, usando, até que pra fazer estes picolés acabei com os últimos. Valeu cada espremida, cada pingo—adoro esse limão.

Para fazer esses picolés encasquetei que queria algo cremoso. No último minuto resolvi acrescentar o alecrim e imagino que teria ficado melhor se eu tivesse batido as folhinhas no liquidificador com o creme. Mas essa ideia ficará para a próxima vez. Desta vez foi assim mesmo, que ficou vistoso de olhar só que na hora de chupar o sorvete os raminhos incomodam um pouquinho. Mas não é nada que impeça qualquer um de devorar esses picolés limãozudos e sofisticados, com o leve toque aromático da erva.

1 xícara de suco de limão cravo
2 xícaras de half and half [metade leite integral/metade creme leite]
Acúcar [ou mel ou nectar de agave] a gosto
Raminhos de alecrim fresco

Coloque o suco de limão cravo numa jarrinha e adoce mais pro doce ou mais pro não doce, conforme o seu gosto pessoal. Junte o half and half e bata com um batedor de arame. Coloque os raminhos de alecrim dentro das forminhas de picolé e despeje o liquido nelas. Leve ao congelador até firmar, remova e bom proveito.

sopa fria de ervilha com favas
[e azeite de hortelã & amêndoas]

sopa-ervilhamenta1.jpg

O Farmers Market de Woodland só reinicia na próxima semana, então minha fonte de ingredientes sazonais tem sido basicamente a minha cesta orgânica e o mercadinho da road 16, onde vou todos os sábados comprar ovos caipiras e frutas da estação. Mas como resistir a um pacote de ervilhas tortas fresquinhas por duas míseras patacas? Por isso tenho comido muita salada com elas, cozidas levemente no vapor. Nesta semana fiquei com um monte acumuladas e juntando com um outro tanto das maravilhosas favas que têm vindo na cesta orgânica, resolvi fazer uma sopa fria inspirada por esta receita que saiu na edição de maio da revista Sunset. Como eu já tinha os legumes cozidos, foi só preparar o azeite e tostar as amêndoas rapidamente na frigideira. Eu cozinho as ervilhas e as favas por alguns minutos em água fervendo, escorro, guardo ou uso a seguir.

2 xícaras de ervilhas tortas cozidas no vapor
1 xícara de favas cozidas e descascadas
3/4 xícara de folhas de hortelã fresco
1/4 xícara de azeite de oliva extra-virgem
1/2 xícara de fatias de amêndoas tostadas
Sal e pimenta do reino a gosto

Coloque as ervilhas e favas cozidas no copo do liquidificador e coloque uma xícara de água. Bata bem até obter um purê. Passe o purê pela peneira e coloque numa jarra, tempere com sal e pimenta do reino moída na hora e leve à geladeira. Prepare o óleo de hortelã colocando as folhas de hortelã lavadas e secas com um pano no mini processador de alimentos. Junte um pouco de sal e o azeite e pulse até as folhinhas ficarem totalmente maceradas. Toste as amêndoas, no forno ou na frigideira [eu prefiro a segunda opção, mais rápida e prática]. Na hora de servir coloque a sopa nos pratos, regue com o azeite de hortelã e salpique com um pouquinho das fatias de amêndoa.

sopa-ervilhamenta2.jpgsopa-ervilhamenta2.jpg

bolo de azeite
[com chocolate & alecrim]

bolo-azeite1.jpg

Qual o melhor procedimento para o caso de se querer fazer um bolo no final da tarde de domingo, não ter nenhuma manteiga na geladeira e não querer de jeito nenhum sair de casa para comprar mais? Procurar por uma receita de bolo feito com azeite, ora pipocas! E uma hora depois servir as fatias desse bolo robusto e perfumado, acompanhadas por chá de hortelã recém colhido, numa mesa arrumada no quintal durante o cair da tarde.

3/4 xícara de farinha de espelta [*substituí pela de centeio]
1 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
3/4 de xícara de açúcar
1 e 1/2 colheres de chá de fermento em pó
3/4 colher de chá de sal kosher
3 ovos caipiras grandes
1 xícara de azeite de oliva
3/4 xícara de leite integral [*substituí por buttermilk]
1 e 1/2 colheres de sopa de alecrim fresco picado
150gr de chocolate amargo [pelo menos 70% de cacau) picado

Pré-aqueça o forno a 350ºF/ 176ºC e posicione a grade no centro. Unte uma forma rasa com fundo removível [tipo para quiche] de 22 cm com azeite de oliva.

Peneire os ingredientes secos juntos numa vasilha e reserve. Numa outra vasilha bata bem os ovos. Adicione o azeite, o leite e o alecrim e continue batendo. Usando uma espátula acrescente os ingredientes secos, misturando suavemente. Adicione o chocolate. Despeje a massa na forma untada, espalhando uniformemente e alisando topo com a espátula.

Asse por cerca de 40 minutos ou até a superfície ficar dourada. Retire do forno, deixe esfriar, desenforme e sirva.

bolo-azeite3.jpgbolo-azeite3.jpg

arroz com pimenta & ervas

arroz-pimenta_1S.jpg

Essa receitinha também veio no jornalzinho mensal do meu Co-op e eu vou dizer que adorei, adorei! Fica bem cremoso, mas o arroz é cozinhado como se fosse macarrão em bastante água e não como normalmente fazemos risoto. Gosto de receitas assim, com poucos ingredientes, mas que juntos fazem um grande efeito.

1 e 1/3 de xícara de arroz arborio
1/3 xícara de queijo cheddar branco forte ralado [*eu usei um pouco mais ** pode ser queijo fontina ou um parmesão ou gouda envelhecido]
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de ervas frescas picadas[* usei cebolinha, salsinha e tomilho]
2 colheres de chá de pimenta do reino moída na hora

Coloque uma panela com 5 xícaras de água no fogo e deixe ferver. Coloque então na água ferevendo uma pitada generosa de sal e o arroz arborio. Deixe cozinhar por 15 ou vinte minutos, até o arroz ficar cozido e a água quase totalmente evaporada. Tampe e desligue o fogo. Se precisar escorra o arroz da água, mas pra mim não precisou. Numa outra panela derreta a manteiga e refogue as ervas frescas por um minuto. Junte a pimenta do reino moída e refogue por mais um minuto. Junte esse refogado ao arroz cozido, misture o queijo, acerte o sal se precisar e sirva imediatamente.

sopa de lentilha & abóbora
[com molho de nozes]

lentilha-nozes_1S.jpg

Encontrei a receita dessa sopa no jornalzinho mensal do meu Co-op e achei muito interessante a parte do molhinho de nozes. Acrescentei uns cubos de abóbora na sopa e usei sour cream no creme. Achamos super gostoso misturar o creme frio e com as nozes crocante na sopa quente.

2 xícaras de lentilhas
2 colheres de sopa de manteiga [ou azeite]
1 cebola picadinha
1 folha de louro
1 xícara de abóbora crua cortada em cubinhos
6 xícaras de caldo de legumes ou água
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora a gosto
2 dentes de alho grandes [*omiti]
2/3 xícara de nozes levemente tostadas
1/2 xícara de creme fraiche ou creme de leite fresco [*usei o sour cream]
2 colheres de sopa de salsinha picada

Escorra e lave as lentilhas e deixe de molho em água por meia hora. Escorra. Derreta a manteiga em uma panela grande em fogo baixo. Adicione a cebola e a folha de louro. Refogue em fogo médio-alto até a cebola ficar translúcida, por uns 5 minutos. Junte os cubinhos de abóbora e refogue por mais uns minutos. Adicionar as lentilhas escorridas, o caldo ou água e uma colher de chá de sal. Deixar ferver, reduzir o fogo e cozinhar tampado até que as lentilhas estejam macias bem , aproximadamente 30 minutos. Tempere com sal e pimenta do reino moísa a gosto.

No mini-processador moer o alho com uma pitada de sal. Adicione as nozes e pulse algumas vezes. Adicione aos poucos o creme de leite até forma uma pasta. Junte a salsinha picada e misture. Na hora de servir coloque a sopa no prato e uma colher do creme de nozes por cima. Sirva imediatamente.

pudim de damasco fresco

pudim-damasco_2S.jpg

Tive um surto de excitação quando vi de longe as árvores carregadíssimas de frutas no ponto extremo do pequeno pomar de damascos. Foi como uma daquelas visões oníricas inesquecíveis que imprimem a imagem pra sempre na nossa memória—a copiosa folhagem verde salpicada pelo intenso amarelo-laranja dos damascos. Fomos até lá e constatamos que as frutas estavam realmente abundantes, embora elas fossem um pouco menores que as das outras árvores na frente do pomar. O Uriel disse que com certeza elas não tinham recebido o cuidado necessário, como as podas na época certa. Mesmo assim colhemos um balde delas. Com esse trancetê de ir colher frutas semanalmente na fazendinha orgânica, tenho acumulado mais frutas do que estamos conseguindo consumir. Já congelei uma parte, mas ainda tenho damascos a beça esperando para virar uma sobremesa interessante. Com alguns deles fiz este pudim refrescante e singelo. Usei um sour cream orgânico daqueles tão deliciosos que daria até pra comer puro, de colher, misturado com um fio de mel. Também usei o agar agar, que é na minha opinião um dos ingredientes mais práticos e incríveis que já usei na minha cozinha. Ele solidifica tão rapidamente que, em casos extremos, nem precisaria de geladeira. E não vamos esquecer dos damascos lindos, maduros, orgânicos, docinhos e fresquinhos que colhi com minhas próprias mãos.

6 damascos frescos pequenos
1 xícara de sour cream
1 xícara de leite de amêndoa [pode substituir por qualquer outro]
1 pacotinho [4g] de agar agar
Nectar de agave a gosto [pode substituir por mel]
1 punhadinho de folhas de manjericão fresco

No liquidificador bata os damascos [sem caroço], o sour cream, as folhas de manjericão e o nectar de agave até obter um purê. Reserve. Numa panela pequena coloque o leite de amêndoas e misture o agar agar nele. Leve ao fogo até ferver. Retire do fogo e misture a gelatina quente ao purê de fruta. Mexa bem para incoporar e divida em taças, forminhas ou copos. Leve à geladeira até gelar e sirva.

sherbet de limão meyer
[com manjericão]

lemon-basil-sherbet_4S.jpg

Quantos sorvetes de limão eu já fiz? Foram tantos que até perdi a conta. Essa receita de sherbet apareceu bem na hora em que eu tinha separado os três ultimos limões meyer para fazer algo delicioso com eles. E foi justamente no dia em que comprei um pézinho de manjericão para plantar na minha nova hortinha de vasos, que estou montando num canto do meu quintal. Limão e manjericão fez uma combinação perfeita.

1 xícara de creme de leite fresco ou half-and-half
2/3 xícara açúcar
2 colheres de sopa de mel
1 1/2 colheres de sopa de raspas de limão
8 folhas de manjericão fresco
2 xícaras de leite integral
Suco de 3 limões [deixe gelar]
1 pitada de sal marinho

Numa panela misture o half-and-half [ou creme de leite fresco], o açúcar, o mel e as raspas de limão. Leve ao fogo e deixe cozinhar até o açúcar dissolver completamente. Remova do fogo e adicione 4 folhas de manjericão fresco. Com um pilão ou colher de pau amasse bem as folhas. Tampe a panela e deixe descansar por 15 minutos.

Remova as folhas de manjericão e misture o leite. Leve à geladeira até a mistura ficar bem gelada. Incorpore as 4 folhas restantes de manjericão fresco cortadas em fatias bem finas, suco dos limões e o sal marinho. Coloque a mistura na sorveteira, depois leve ao congelador por algumas horas antes de servir.

lemon-basil-sherbet_2S.jpg

bolo de laranja & tomilho

Ainda estou terminando de gastar aquelas laranjas que ganhei da minha vizinha. Elas são um pouco ácidas para serem consumidas al natural. Mas tenho colocado elas bolo-laranja-tomilho_1S.jpgem sucos e saladas e também usado como ingrediente principal, como neste bolo. Essa é a onipresente receita de bolo de liquidificador, que abunda pela internet com pouquíssimas variações. Para essa versão decidi colocar um punhado de tomilho fresco na massa e achei que combinou muito bem. Meus tomilhos estão vibrantes nos vasos que mantenho num cantinho do quintal. Essa primavera chuvosa está deixanto as ervinhas bem garbosas. Preparei esse bolo numa piscada para o nosso lanche de uma noite de domingo.

2 laranjas médias [*usei 4 pequenas]
3/4 xícara de óleo vegetal
3 ovos caipiras
1 e 1/2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher sopa de fermento em pó
1 maço pequeno de tomilho fresco

Unte uma forma grande com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Pré-aqueça o forno em 365ºF/ 185ºC. Corte as laranjas em quatro e retire as sementes, se tiver alguma. Coloque as laranjas, o óleo, os ovos, o açúcar e o tomilho no liquidificador e transforme num purê. Despeje o liquido numa vasilha e acrescente a farinha de trigo mexendo bem com uma espátula. Por último coloque o fermento, misturando levemente. Despeje a massa na forma untada e leve ao forno. Asse até o bolo ficar dourado e bem firme no centro.

bolo-laranja-tomilho_2S.jpg

mini bolinho de limão e tomilho

mini-bolinho-limao_2S.jpg
mini-bolinho-limao_3S.jpg
mini-bolinho-limao_4S.jpg

Na mesma revistinha Delicious Living de onde tirei a torta de marmelo [maçã] estava também essa receita. Fiquei curiosa para testar a farinha de coco. Hoje em dia são tantas farinhas diferentes na seção de farinhas do supermercado—de arroz branco ou integral, grão de bico, feijão preto e feijão branco, batata, quinoa, fava, aveia, ervilha, teff, millet, amaranto, sorghum, soja, amêndoa, avelãs, tapioca, eteceterá. Comprei a farinha de coco orgânica da marca Bob’s Red Mill. As farinhas dessa marca são excelentes. Pra fazer esses bolinhos vai uma quantidade minima de farinha, então sobrou bastante farinha de coco para testar com outras receitas. Dicas serão bem-vindas. E esses mini bolinhos ficaram super gostosinhos.

1/4 xícara de farinha de coco
1/4 colher de chá de sal marinho
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/4 xícara de óleo [*a receita indica o de sementes de uva, mas pode ser qualquer outro]
1/4 xícara de nectar de agave [ou mel]
2 ovos
1 colher de sopa de folhinhas de tomilho fresco
1 colher de sopa de raspas da casca de um limão

Pré-aqueça o forno em 350º F/ 176ºC. Numa vasilha média misture a farinha de coco, o sal e o bicarbonato de sódio. Numa outra vasilha pequena bata os ovos, o óleo e o agave. Misture os ingredientes molhados com os secos. Junte o tomilho e as raspas de limão. Misture.

Coloque a massa, uma colher de sopa em cada forminha de mini muffin. Asse por 8-9 minutos, ou até os bolinhos ficarem bem dourados e cozidos. Deixe esfriar antes de servir.

ervas no vaso [ou jarra]

Não é a maior novidade na praça nem a mais nova descoberta no planeta. Essa prática é bem comum, mas não era comum na minha cozinha. Eu tenho uma técnica muito eficiente de embrulhar as vaso-salsa_1S.jpgervas já lavadas e ainda úmidas numa folha bem larga de papel toalha e depois colocar num saquinho plástico bem fechado e sem ar dentro da geladeira. E funciona incrivelmente bem com todas as ervas, menos com o manjericão. E porque durante o verão chegam maços gigantes de manjericão na cesta orgânica, estava ficando muito chato ver parte dele se estragar. Eu nem sempre sou muito rápida no consumo dos ingredientes, especialmente se eles são em quande quantidade. Então comecei a testar colocar o maço de manjericão em vasos e jarras com água e deixar na bancada da cozinha. Os verdinhos se deram super bem nessa situação. O manjericão não só se mantém fresco e bonito, como até florece e cresce! Estou expandindo a idéia para outras ervas—como a salsinha italiana desta foto. E esses vasos e jarras até dão uma enfeitada bonita na cozinha. Gostei!

gelado de melissa & hortelã

lemonbalm-icecream_1S.jpg

Depois das chuvaradas do final de inverno e inicio de primavera, fui inspecionar a minha horta pra ver como estava a situação e encontrei o lemon balm [melissa] e o chocolate mint [hortelã chocolate] num estado de absoluta abundância. Comecei a usar a mistura das duas ervas para fazer o chá que bebo no final do dia, mas me animei bastante para empregá-las em algumas receitas. O lemon balm tem um aroma de limão realmente delicioso. E a chocolate mint não fica atrás em personalidade. A primeira coisa que pensei em fazer foi um sorvete. Fiz este nos moldes do sorvete de estragão e do sorvete de lavanda que são muito bons para acompanhar frutas frescas, pois ficam bem leves, apenas com um delicado sabor das ervas.

1 xícara de creme de leite fresco
1 xícara de leite integral
Um punhado de folhas de lemon balm e de chocolate mint lavadas
Mel a gosto
1 colher de chá de vodka [*opcional]

Misture o leite e o creme de leite numa panela. Leve ao fogo e deixe esquentar bem, mas não deixe ferver. Deixe esfriar e coloque na geladeira. Quando o liquido estiver bem gelado, coe as folhas, junte mel ou outro adoçante da sua preferência, 1 colher de chá de vodka e leve à sorveteira. Guarde num recipiente de vidro com tampa no congelador. Sirva com frutas frescas, neste caso eu servi com morangos salpicados com um pouquinho de açúcar baunilhado [feito em casa].

»com o hortelã chocolate também já fiz um sorvete fino da bossa.

pilaf de arroz integral e ervas

pilaf_ervas_2S.jpg

Outra receita do chef belga Alain Coumont, que eu modifiquei um pouco e saiu bem diferente. Coloquei menos água no arroz, o que resultou num pilaf mais seco e não coloquei azeitonas verdes, porque não tinha. Também troquei o arroz de grão curto pelo basmati integral. E omiti o alho. Se você seguir a receita, vai ter um pilaf mais cremoso, como um risoto. Mas eu gostei da minha versão, mais seca, cujas sobras acabaram virando salada no dia seguinte, com a adição de tomatinhos cerejas cortados ao meio. Segue a receita original do chef, numa quantidade para servir um jantar com convidados.

Serve 12 pessoas
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 cebolas médias picadas finamente
6 dentes de alho picados [*wow! omiti os 6 dentes]
10 xícaras de água
3 xícaras de arroz integral de grão curto
1 galho de tomilho fresco
1 folha de louro
Sal kosher
1 1/2 xícaras de azeitonas verdes picadas [*omiti]
1/2 xícara de folhas de salsinha picadas
1/4 xícara de folhas de manjericão picados
3 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de sopa da casca ralada do limão
Pimenta do reino moída na hora
200 gr de queijo de cabra envelhecido cortado em fatias [*usei o Manchego]

Numa panela grande, aqueça o azeite, junte a cebola e alho e refogue, mexendo por uns minutos. Adicione a água, o arroz, o galho de tomilho e a folha de louro. Deixe ferver, desligue o fogo, cubra a panela e deixe descansar por 30 minutos. *Eu pulei essa parte de deixar descansar. Adicione sal a gosto no arroz, volte ao fogo e cozinhe em fogo baixo, mexendo de vez em quando, até que o arroz tenha absorvido toda a água. Remova do fogo, retire a folha de louro e o ramo de tomilho, acrescente as azeitonas, a salsinha, o manjericão, o suco e raspas do limão, a pimenta e acerte o sal, se precisar. Na hora de servir, regue com mais azeite e enfeite com as fatias de queijo e mais manjericão fresco. Sirva imediatamente.

já plantei

vouplantar_1S.jpg

» sálvia, menta marroquina, alecrim, orégano e tomilho.

pesto pedaçudo

pesto_pedacudo_2S.jpg
pesto_pedacudo_1S.jpg

Há noites em que não se cozinha nada em especial, apesar de que se cozinha muito para tentar usar ingredientes acumulados. Ontem foi uma dessas noites em que não fiz nada, mas fiz muita coisa. Primeiro o frogurt de nectarina, para usar parte das frutas que colhi e que já estão bem maduras. Depois tive que dar um jeito numa grande quantidade de tomates já virando a esquina da madureira, caminhando rapidamente para o precipício da podridão. Fiz um molho, pra guardar e usar em outros dias. E aquele super maço de manjericão—no verão é uma abundância exagerada dessa erva, os maços que eu recebo semanalmente na cesta parecem vindos diretamente da Terra dos Gigantes. Nem sempre eu consigo usar tudo. Meu truque para mantê-los frescos o mais longo possível aprendi com a Martha Helena: embrulha as folhas lavadas e ainda molhadas em papel toalha e coloca num plástico bem fechado na geladeira. Às vezes eu seco as folhas, mas se eu contar o tanto de manjericão seco que eu tenho guardado ainda de outros anos.

Fiz então um pesto, que é uma ótima maneira de usar o manjericão fresco. A idéia desse pesto pedaçudo eu peguei na revista Country Living. Achei bem legal, pois não fica aquele pesto de sempre.

No processador bata um dente de alho [mais, se gostar mais alhudo], sal grosso e queijo parmesão. Acrescente azeite a gosto, jogue as folhas de manjericão e pulse, não deixe moer. No final acrescente os pinoles torrados e dê mais uma pulsada. Não deixe moer, os pinoles devem ficar quase inteiros. Adicione mais azeite a gosto e use.

a menta chocolate

menta_chocolate_2S.jpg
menta_chocolate_1S.jpg

Essa é a menta chocolate, que eu plantei na minha horta há uns cinco anos e renasce todo ano na primavera, tomando conta praticamente de todo o canteiro quando chega o verão. Ela é uma menta com um sabor bem forte e picante, mas não tem gosto nenhum de chocolate.

torta de pêssego, polenta e tomilho

tortadepessego.jpg

Adorei a idéia dessa torta, que me conquistou por causa dessa mistura bem interessante de ingredientes—polenta, tomilho, limão e pessêgo. Resolvi fazer para um almoço que tivemos em casa no domingo. Ficou bem diferente e não decepcionou. Foi a primeira vez que usei tomilho numa receita doce e agora fiquei realmente entusiasmada.

Peach and Thyme Polenta Tart
massa:
1 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara de polenta/cornmeal
1/4 xícara de açúcar
1/4 colher chá de sal
2/3 xícara de manteiga (11 colheres de sopa), gelada e cortada em cubinhos
1 ovo batido

recheio:
1 xícara de creme de leite fresco
10 raminhos de tomilho fresco [usei o tomilho limão]
1 limão amarelo
3 gemas de ovos
1/4 xícara de açúcar
Uma pitada de sal
5 pêssegos bem firmes cortados em fatias bem finas

farofa:
5 framos de tomilho fresco
2 colheres de sopa de polenta/cornmeal
1 colher de sopa de açúcar

Misture a farinha, polenta, sal e açúcar. Usandoi os dedos ou um processador, vá acrescentando a manteiga à mistura, até conseguir uma mistura grossa. Misture o ovo e forme uma bola. Embrulhe em plástico e deixe na geladeira por pelo menos 45 minutos.

Com um descascador de legumes, remova a casca amarela do limão, tomando cuidado para não descascar a parte branca. Coloque o creme de leite numa panela e leve ao fogo. Deixe chegar ao ponto de fervura e desligue o fogo. Acrescente as cascas do limão e os dez ramos de tomilho. Tampe e deixe em infusão por pelo menos 30 minutos.

Pré-aqueça o forno em 400ºF/205ºC. Quando a massa estiver bem gelada, abra e forre uma forma redonda de fundo removível com ela. Deixe descansar por uns minutos e então leve ao forno por uns 8 minutos, até que ela fique levemente dourada. Retire do forno e deixe esfriar. Abaixe a temperatura do forno para 325ºF/162ºC.

Passe o creme de leite por uma peneira para remover as cascas do limão e os ramos de tomilho. Numa vasilha bata bem as gemas, o açúcar e a pitada de sal. Acrescente o creme de leite e bata bem.

Prepare a farofa, misturando as folhinhas de tomilho [remova dos galhos delicadamente com os dedos], a polenta e o açúcar. Misture bem e acrescente pingos de água com cuidado, vá mexendo com os dedos ou um garfo, até formar uma farofa.

Arrange os pessêgos na forma sobre a massa, começando pelo centro e formando uma flor, as fatias se sobrepondo. Coloque o molho por cima dos pessêgos, salpique com a farofa e lewve ao forno por mais ou menos 40 minutos, até os pessêgos ficarewm macios e o creme ficar firme. Retire do forno, deixe esfriar e desenforme. Espere mais ou menos uma hora para servir. Eu servi no dia seguinte.

então o tomilho secou

saladacomtomilhoseco.jpg

Colhi o tomilho pra colocar em alguma receita. O que sobrou deixei numa pequena vasilha de vidro, em cima da bancada da cozinha. Dois dias depois ele estava completamente seco. É assim que secamos ervas aqui no deserto—é só deixar em algum canto. A secura do ar é tanta, não precisa fazer nada especial. Aproveitei o tomilho seco e coloquei na salada de folhas verdes com rodelas de abobrinha.

lemon thyme - tomilho limão

lemonthyme.jpg

salad with mint and peas

saladaervilhamenta.jpg

Da Everyday Food de maio 2007. Essa salada mistura três ingredientes que combinam muito bem, um ajudando a destacar o sabor do outro. Como a minha horta está abarrotada de hortelã chocolate, achei que essa era uma ótima oportunidade de usar a erva fresca.

Faça uma vinagrete com suco de limão, mostarda dijon, azeite, sal marinho. Descongele as ervilhas. Pique o hortelã. Coloque a alface numa vasilha grande, jogue as ervilhas, salpique com o hortelã e misture a vinagrete somente na hora de servir. Moa pimenta fresca e pronto: suuper refreeeescantee!

plantei, muitas

plantinhasindors.JPG

Tive um momento descontrol plantando ervinhas, e acabei plantando muitas, na horta e em vasos. Resolvi até plantar umas indoors, que é sempre um desafio. Já tive muitos vasos de ervas dentro da cozinha, mas todas as vezes as plantinhas não vingaram. Desta vez estou colocando os vasos num cantinho onde bate bastante sol direto e consequentemente tem muita luz. Mudei a Erica pro outro lado, coloquei esses vasinhos com lavanda, sálvia e salsinha. Vamos ver se desta vez vai!

comprei pra plantar

oreganotomilhosalvia.JPG
orégano, tomilho & sálvia

Salada de lentilha, couscous e hortelã

O forte da revista Country Living não são as receitas, mas na edição nova de março veio uma receita que me interessou, numa matéria sobre um "get together outdoors". Era uma salada de lentilha verde com couscous de Israel [bem diferente do couscous marroquino] e hortelã. Com a lentilha eu já tinha feito uma sopa e queria fazer uma salada. E tinha um bocado de israeli couscous na despensa - ele é uma bolota bem redonda, maior e mais duro que o couscous marroquino que é mais comum. O couscous de Israel tem que cozinhar, não basta usar a água quente. Ele tem a textura semelhante á um macarrãozinho em forma de bola - então se não houver o israeli couscous, um macarrão pode substuir. E a lentilha francesa verde pode ser substituída por qualquer lentilha. Essa salada fica "pedaçuda", "bolotuda" e é perfeita para ser levada em containers fechados, para qualquer evento outdoors ——ai, que saudades de um bom picnic!!

saladalentilha4.JPG

Lentil and Couscous Salad with Mint
6 colheres de sopa de vinagre de maçã
4 colheres de sopa de mostarda Dijon
1/4 xícara de azeite de oliva
3/4 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de pimenta do reino moída
Bata bem esses ingredientes com o batedor de arame.

1 1/3 de lentilha francesa verde cozida, escorrida e fria
1 xícara de couscous de Israel cozido, escorrido e frio
3/3 xícara de hortelã picado
4 scallions [a cebolinha verde grossa], só a parte branca, picadinha
3 tomates picadinhos
Misture todos os ingredientes e incorpore o molho. Misture bem e sirva.

spicy mix

spicygreenmix.JPG

Cestinha de ervas que ganhei da Heloísa - sálvia, orégano, tomilho e cebolinha.

os verdinhos vão secar

willdrybasil.JPG

Eu uso as ervas frescas o quanto posso. Mas não é possível consumir tanto, então todo final de verão começo a secá-las. Seco o basilicão, o orégano, o tomilho, o hortelã, o alecrim, a sálvia e o que mais aparecer. O bom é que, vivendo num clima seco, eu não preciso fazer nada para secar as verdinhas. É só abandoná-las por uns dias em cima de um prato, num canto qualquer. Depois moer as folhas com as mãos mesmo e ensacar ou envidrar o produto que será usado nos meses de inverno.

Bolo rápido de polenta com limão e tomilho

Estava com essa receita engatilhada desde que recebi a edição de setembro da revista Martha Stewart Living. De hoje não podia passar, então me meti a assar um bolo, mesmo estando meio cansada e pensando em ir logo pra cama ver filmes e [tentar] ler um pouquinho da minha pilha de livros. O título da receita em inglês diz pão, mas o resultado é um bolo bem compacto com uma textura bem leve e úmida. O sabor dominante é de limão e o cornmeal contribui com a crocância. Está difícil parar de comer!

bolopolentalimao.JPG


Polenta quick bread with lemon and thyme
3/4 xícara [1 1/2 tabletes] de manteiga sem sal amolecida
1/3 xícara de farinha de trigo
3/4 xícara de açúcar
1 colher de sopa de raspas de limão [amarelo]
2 colheres de sopa do suco de um limão [amarelo]
3 ovos grandes
1 colher de sopa da tomilho fresco
1 xícara de cornmeal [um fubá um pouco mais grosso - mas acho que fubá funciona bem]
1 colher de chá de fermento em pó
3/4 colher de chá de sal grosso
1/4 xícara de pine nuts [pinoles] tostados

Pré-aqueça o forno em 325ºF/165ºC. Unte buma forma de pão com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Na batedeira coloque a manteiga e o açücar e bata em velocidade média por 3 minutos, até formar um creme bem claro. Acrescente as raspas do limão e misture por mais um minuto. Vá adicionando os ovos um a um e batendo. Adicione o suco de limão e o tomilho. Adicione a farinha, o cornmeal, o fermento e o sal e misture bem. Coloque 2/3 das pine nuts. Coloque a massa na forma untada, salpique com o resto das pine nuts e asse por 50 minutos. Deixe esfriar numa grade.

Scones de damasco seco com sálvia

Essa receita veio numa edição da revista Martha Stewart Living. Quando eu vi, achei super interessante a mistura da fruta com a erva. Sálvia, para mim, é uma erva bem difícil de usar por ela ter um cheiro e sabor muito forte e enjoativo. Eu costumo colocar no frango de vez em quando, mas não ouso inovar muito com ela. Essa receita me deu a chance de usar essa erva, que misturada com o ácido/doce do damasco ficou perfeita.

Sage & Dried Apricot Scones

2 xícaras de farinha de trigo
1/4 xícara de açúcar
1 colher de sopa de fermento em pó
3/4 colher de chá de sal
5 colheres de sopa de manteiga sem sal gelada cortada em pedacinhos
1 xícara de damascos secos picados
2 colheres de sopa, mais 1 colher de chá de folhas de sálvia fresca picadinhas
1 xícara de creme de leite fresco [heavy cream], mais um pouco para pincelar
Açúcar demerara - opcional

Pré-aqueça o forno em 375ºF [190ºC].
Numa vasilha grande, misture a farinha, o açúcar, o fermento e o sal. Vá colocando a manteiga aos poucos e amassando com os dedos ou faça no food processor, com a lâmina para massas. Misture bem até a massa ficar com uma consistência grossamente granulada. Misture os damascos e a sálvia. Adicione o creme de leite e amasse com as mãos até a massa ficar compacta. Coloque a massa numa superficie enfarinhada e molde num círculo de uns 20 cm e não muito grossa [3 cm]. Corte o círculo em triangulos sem destacá-los. Coloque o círculo cortado em triângulos numa assadeira forrada com papel manteiga. Pincele toda a massa com o creme de leite e salpique com o açúcar demerara. Asse por 30 minutos, até a massa começar a ficar dourada. Deixe esfriar numa grade por 10 minutos.




[VOLTAR]